História de Curitiba
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Aspectos históricos da cidade de Curitiba, capital do Paraná, na região sul do Brasil.
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[editar] Períodos
[editar] Século XVII
- Os indigenas que habitavam a região do primeiro planalto paranaense pertenciam a tribo Tingüi, da nação Tupi-Guarani.
- Os primeiros contatos dos não indígenas com a região de Curitiba teria ocorrido neste século por núcleos de garimpeiros, os "faiscadores de ouro".
- Eleodoro Ébano Pereira era o administrador das minas de ouro dos distritos do sul. Era o responsável pela coordenação das atividades dos mineradores que atuavam na região.
- Soares do Valle fundou uma povoação denominada de Vilinha ás margens do Rio Atuba, afluente da margem direita do Rio Iguaçu.
- Mudança de sede. A sede do vilarejo foi mudada para o chamado marco zero de Curitiba, na atual Praça Tiradentes. O motivo seria a umidade excessiva do primeiro vilarejo. A lenda de Nossa Senhora da Luz é a explicação popular para a necessidade da mudança.
- A nova localização ficava em uma colina situada entre os vales de dois rios, o Rio Ivo e o Rio Belém.
[editar] Regularização da vila
- Em 4 de novembro de 1668 reuniram-se trinta Homens bons e solicitaram a Gabriel de Lara, Capitão-Mor de Paranaguá a elevação do pelourinho. Este simbolizava a implantação da categoria de vila e a submissão ao Rei. O pedido foi deferido e o pelourinho levantado, mas não foram eleitas autoridades.
- Não havendo a eleição de autoridades, a implantação da vila não se efetivou. Gabriel Lara indicou um Capitão Povoador, que era seu representante, responsável pela manutenção da ordem pública. Este representante foi Mateus Leme.
- Esta situação peculiar, irregular, se manteve até que o envelhecimento do Capitão Povoador foi acompanhado por um grande aumento da violência.
- Em 1693, os curitibanos fizeram um requerimento a Mateus Leme exigindo a eleição das autoridades. O Capitão Povoador, que até então exercia autoridade quase absoluta, aceitou o pedido.
- As eleições ocorreram em 29 de março de 1693, sendo eleitos os componentes da câmara municipal, os juízes, o procurador da câmara e o escrivão.
- O ato foi oficializado pelo então Capitão-mor de Paranaguá, Francisco da Silva Magalhães, concluindo a organização política da vila de Curitiba.
fonte:Wachowicz, Ruy in: História do Paraná. Imprensa Oficial do Paraná, 2002
[editar] Século XVIII
Segundo o ouvidor Rafael Pires Pardinho, a cidade apresentava em 1721 cerca de 1400 habitantes. Nesta fase a dificuldade de comunicação com o litoral era muito grande, vivendo os curitibanos em certo isolamento.
- Afonso Botelho de Sampaio e Souza, na segunda metade do século, melhorou a comunicação de Curitiba com o litoral, implementando melhorias em um trilha conhecida como Caminho do Itupava. Através desta via, a viagem durava dois dias. Uma estrada alternativa, mas cuja implantação definitiva só se deu no século XIX, foi a Estrada da Graciosa.
- O valor dos imóveis era baixo. Uma fechadura de porta tinha mais valor que o terreno e o resto da casa, por ser importada. Nos inventários citavam-se as ferramentas, como enxadas, como sendo de maior valor que as sesmarias.
- Neste século, a região dos Campos gerais, no segundo planalto paranaense, foi progressivamente povoada por homens vindos deSão Paulo. A influência de Curitiba nesta região era pequena.
- Mesmo assim, com o aumento de quilombolas, escravos fugidos morando em quilombos, e galafreses, foragidos da lei, a Câmara de Curitiba tomou algumas providências.
- Foram designados Capitães do Mato, homens com a função de captura dos fugitivos, com a autorização para matá-los se resistissem a prisão.
- Foi criado um ferro com a letra F (de fugido), para marcação dos capturados.
- Em 1756, a Câmara de Curitiba criou o primeiro cargo oficial da região, o de Juiz vintenário. O nome advém da área de atuação deste magistrado ser sobre comunidades com menos de vinte fogões (moradias).
fonte:Wachowicz, Ruy in: História do Paraná. Imprensa Oficial do Paraná, 2002