Igreja de São Pedro de Rates
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Igreja de São Pedro de Rates é uma igreja criada no século IX em São Pedro de Rates, concelho da Póvoa de Varzim, foi reconstruída pelo Conde D. Henrique em 1100 e está classificada como monumento nacional. Constitui um dos importantes monumentos românicos medievais no então emergente reino de Portugal, dada a relevância das formas arquitectónicas e escultóricas.
As origens do templo antecedem a nacionalidade, tendo sido identificados vestígios materiais que remontam à época romana.
A Igreja de São Pedro de Rates situa-se junto á bacia do Ave e é um dos mais importantes mosteiros beneditinos clunicenses e está ligado à lenda de São Pedro de Rates, mítico primeiro bispo de Braga, primaz das Espanhas (Península Ibérica), hipótese que remonta essencialmente ao século XVI.
[editar] História
Dados arqueológicos indicam que a Igreja de São Pedro de Rates assenta no local de uma edificação que data do período romano. A igreja foi reconstruída durante o período condal, século XI, restam deste período poucos vestígios, salientando-se as bases das colunas junto à entrada principal e alguns capitéis. O edifício actual é resultado da refundação cluniacense do século XIII, devida a doação de D. Henrique e D. Teresa à Ordem de Cluny.
Até 1552, guardava o Corpo de São Pedro de Rates antes de ter sido transferido para Braga. São Pedro de Rates seria um bispo ordenado por Santiago Mata-Mouros e decapitado quando celebrava uma missa. Um ermita chamado Félix deu sepultura ao corpo mutilado e decomposto do bispo.
[editar] Caracterização Arquitectónica
É uma Igreja de três naves e quatro tramos, de falso transepto, que revela várias hesitações e irregularidades na sua estrutura - como a diferente larguras das naves, o ritmo irregular dos pilares ou a existência de colunas adossadas - que reflectem o longo período de hesitações construtivas a que esteve sujeita. No restauro foi destruída aquela que talvez possa ser considerada a primeira experiência de abóbada ogival em Portugal, no tramo que cobria o portal lateral sul.
Toda a cobertura das naves é feita por tecto de madeira, sendo a cabeceira, formada pela ousia e dois absidíolos, abobadada. Esta foi a zona mais restaurada, destacando-se a sua forma semicirculare as arcarias que decoram o exterior da capela-mor, mais alta que os absidíolos.
O acesso ao templo faz-se pelo imponente portal axial de cinso arquivoltas e arcos de volta eprfeita, inserido na fachada ligeiramente assimétrica e contrafortada, em que se destaca a decoração escultórica dos capitéis, e sobretudo do tímpano. O conjunto da escultura deste templo é dos mais significativos do românico português.