Iporá
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Município de Iporá | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Iporá é um município brasileiro do estado de Goiás.
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[editar] História
1.2 HISTÓRICO
Iporá teve sua origem, oficialmente, na fundação do arraial de Pilões, na margem direita do Arraial de Pilões, na margem direita do Rio Claro, em 1748. Nessa ocasião, não passava de uma guarnição militar dos dragões (política real portuguesa), que sediava a empresa de exploração de diamantes, locada pelos irmãos Felisberto e Joaquim Caldeira Brant, empresários paulistas que já mineravam em Goiás desde 1735, nas lavras de ouro. Começou com a construção de uma bela igreja em estilo colonial, sede da Paróquia do Senhor Jesus do Bom Fim, do Quartel da Guarda Real e de alguns casarões, além de um monte de ranchos de garimpeiros.
Nessa época, Pilões teve seus dias de glória. Seu nome a Atlântico e foi conhecido até pela Corte em Lisboa, onde ainda hoje estão guardados muitos de seus documentos nos Arquivos Históricos de Torre do Tombo. Pilões foi também sede do governo itinerante do Governador da Capitania de São Paulo, Gomes Freire de Andrade, durante o final de 1748 e início de 1749, quando veio demarcar as frentes de serviços para os Brant e desmembrar Goiás de São Paulo, elevando-o a Capitania autônoma. Por isso, ocorre ainda hoje a tradição popular de que Pilões fora capital de Goiás antes de Vila Boa de Goiás (Goiás Velha) ter sido a capital a partir de 1749.
Depois desse primeiro momento das explorações dos diamantes, Pilões passou a ser um entreposto comercial entre Vila Boa de Goiás e Cuiabá. Já no Império, por Decreto provincial de 05 de julho de 1833, foi elevado a Distrito de Vila Boa, com nome de Rio Claro, e a igreja teve o nome mudado para Paróquia de N. S. do Rosário (e continua até hoje em Iporá). O povoado permaneceu como Rio Claro até ser transferido para as margens do córrego Tamanduá, pelo Decreto-lei 557, de 30 de março de 1938, com o novo nome de Itajubá, oficializado pelo Decreto-lei 1.233, de 31 de outubro do mesmo ano, e posteriormente rebatizado por Iporá (“Águas Claras”, em linguagem indígena), pelo Decreto-lei 8.305, de 31 de dezembro de 1943. Impulsionado pela agricultura e a pecuária, Iporá desenvolveu rapidamente. Dez anos após a mudança, o povoado foi elevado de Distrito de “Goiás Velha” a Município, pelo Decreto-lei estadual de nº 249, de 19 novembro de 1948, sendo a Prefeitura instalada em 01 de janeiro de 1949, quando, então, tomou posse, como Prefeito nomeado, o Ten. Luiz Alves de Carvalho, e que administrou a cidade até o dia 16 de março do mesmo ano, data em que foi empossado o primeiro Prefeito eleito, Israel de Amorim e ainda os sete Vereadores da primeira legislatura municipal, Antônio Mendes da Silva. Elpídio de Souza Santos, Daniel Tomás de Aquino, Itamar da Silva Melo, Antônio José da Costa, Joaquim Lopes Pedra (todos do PR), e Esmerindo Pereira (UDN).
Desde então, Iporá continua com sua vida de cidade emancipada, sempre progredindo, a cada dia se firmando como pólo econômico, sociocultural e político do oeste goiano. Pela Lei Estadual de nº 700, de 14 de novembro de 1952, foi elevada a Comarca, passando a ter o seu próprio Foro. Desde 1949, Iporá teve quinze Prefeitos, incluindo um nomeado, onze eleitos, três substitutos, num total de doze mandatos já concluídos, além do atual, na seguinte ordem cronológica: Israel de Amorim, 1949 a 1953, Antônio Mendes da Silva, 1953 a 1957, Manoel Antônio da Silva, 1957 a 1961, Aristom Gomes da Silva, 1961 a 1966, João Paulo Rodrigues, 31 de janeiro de 1966 a 24 de fevereiro de 1968, Joaquim Barros de Souza, de 24 de Fevereiro de 1968 a 31 de janeiro de 1970, Pedro Gonçalves Filho, de 1970 a 1973 (mandato tampão). Édio Barbosa de Queiroz, 1973 a 1977, Pedro Gonçalves Filho, de 31 de janeiro de 1077 a 10 de julho de 1980, de julho de 1980 à 18 de maio de 1982, Manoel Gonçalves Miranda, de 18l de maio de 1982 a 31 janeiro de 1983, José Antônio da Silva Sobrinho, 1983 a 1989, Sebastião Pereira Coutinho, 1989 a 1993, Mac Mahoen Távora Diniz, 1993 a 1997. E, finalmente, o mandato em vigência, de Sebastião Pereira Coutinho pela segunda vez, que iniciou em 01 de janeiro de 1997 e terminará em 01 de janeiro do ano 2001.
1.3 – ASPECTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS
1.3.1 – LOCALIZAÇÃO
O município de Iporá está situado na mesma região denominada Centro-Goiano e na micro região de Iporá, no Estado de Goiás, está localizado a 16º 28’ Latitude Sul e 31º 06’ Longitude Oeste, banhado pelos rios Claro e Caiapó, os ribeirões Santa Marta e Santo Antônio e vários córregos, com destaque para o Córrego Tamanduá, que corta a área urbana ao meio.
Administrativamente não conta com nenhum distrito, entretanto abriga os povoados de Jacinópolis, Cruzeirinho, Jacuba, Cocolândia, Cedro e Bugre, além de diversas comunidades rurais. O perímetro urbano ocupa 14,09 km², representando 1,37% da área total do município, que é de 1.045 km². Dista 216 km da capital do Estado, Goiânia, ligada pela GO-060, toda asfaltada, e está a 400 km da capital federal, Brasília.
O município de Iporá faz divisas com os seguintes municípios:
Ao Norte: Diorama, Jaupaci e Israelândia;
Ao Sul: Amorinópolis e Ivolândia;
A Leste: Moiporá e Ivolândia;
A Oeste: Arenópolis.
1.3.2 – RELEVO, HIDROGRAFIA E VEGETAÇÃO
A área do Município de Iporá é de 1.045 km2 com 450m de altitude acima do nível do mar. O ponto mais alto é de 780m. predomina no município um relevo plano, representando 60% da extensão total, 35% é ondulado e 5% montanhoso: Serra do Caiapó, dos Pilões, do Rio Claro e o Morro do Macaco (reserva de nível), que em1997, através de um Decreto-lei municipal, tornou-se reserva ecológica.
A rede hidrográfica é comandada pela bacia do Araguaia, tendo como destaque os rios Claro e Caiapó, os ribeirões Santa Marta, e Santo Antônio, todos com bom número de afluentes. Os principais córregos são o Lajeado e, cortando a cidade de Iporá ao meio, o Tamanduá.
As margens do Rio Claro e do Rio Caiapó estão em parte desmatadas e seus leitos assoreados pelo garimpo que hoje não é mais praticado, e na sua maior extensão permanecem conservadas as matas ciliares.
O Ribeirão Santo Antônio, onde é feita a captação para o abastecimento da cidade, encontra-se em situação crítica, assoreado, desmatado a ponto de comprometer o manancial. Existe projeto de reflorestamento para o qual é pretendido buscar parcerias com diversas instituições e envolvimento da comunidade para a recuperação de aproximadamente 23 km de extensão.
O Ribeirão Santa Marta sofre também com problemas de assoreamento e desmatamento causado pela implantação de pastagens.
Vale ressaltar a presença de inúmeras minas d’água estimada em 80% das propriedades rurais.
O Cerrado é a vegetação predominante, com a variação para o campo de postagens. As plantas mais comuns são: pequizeiro, baru, aroeira, peroba, jatobá, cedro, sucupira, vinhático, bacuri, babaçu, murici, caju, etc.
1.3.2.1 – PROTEÇÃO AMBIENTAL.
São consideradas áreas de proteção ambiental, o Morro do Macaco e Cachoeirinha.
O Morro do Macaco, vítima de desmatamento e constantes queimadas, foi alvo da atenção de um grupo de estudantes que, à vista da degradação daquela área, organizou uma equipe, que aos poucos foi cooptando novas adesões de cidadãos, empresários, políticos e estudantes, delimitou uma área de aproximadamente 1000 hectares e a adotou para proteção contra os ataques dos exploradores locais, levantou um movimento em defesa do Morro, conscientizando a população e, principalmente, os fazendeiros vizinhos, trazendo a filosofia do, hoje, Amigos do Verde, ONG registrada, despertando o interesse pela preservação da natureza sobrepondo outros de valores questionáveis face ao custo da destruição possivelmente irrecuperável.
A Cachoeirinha, próxima do perímetro urbano, no Ribeirão Santo Antônio, muito assediada e vulnerável, também estimulou a sensibilidade de pessoas amantes da natureza, imbuídas de refazer a cobertura vegetal de suas margens para impedir o progresso do processo de assoreamento, reduzir os níveis de poluição urbana, a frequência das queimadas e a condução de um movimento de conscientização da população e moradores das regiões vizinhas.
Os principais fatores de degradação ambiental são a erosão, o desmatamento e a ocupação de encostas, mananciais e áreas ribeirinhas por pastagens.
O órgão responsável pelo controle ambiental em Iporá é o IBAMA, cuja atuação está voltada para a fiscalização e controle, contando para tanto com 6 funcionários e 2 viaturas. Mantém convênio com o Grupamento da Polícia Florestal, com um, com um efetivo de 8 policiais, 1 viatura, 1 canoa motorizada exercendo a fiscalização e buscando o cumprimento do previsto no Código do Meio Ambiente.
Nota-se que há um controle eficaz do desmatamento através de ações que visam garantir a preservação das matas. Nenhum proprietário rural promove a derrubada da vegetação sem um projeto elaborado e avaliado pelos engenheiros agrônomos credenciados pelo IBAMA, atestando a reserva mínima de 20% de mata e área de preservação obrigatória dos mananciais, aprovado pelo mesmo órgão ou pela FEMAGO. Os cartórios de registro de imóveis não efetivam a transferência da propriedade sem o documento do órgão do Meio Ambiente.
1.3.2.2 – MEIO AMBIENTE – AÇÕES EDUCATIVAS.
São desenvolvidas, atualmente, algumas ações de Educação Sanitária e Ambiental pelo IBAMA e pela Secretaria de Saúde (SNF), através de palestras nas escolas e associações, cartazes e visitas. Segundo informações obtidas no IBAMA, este órgão está apto a realizar projetos educativos e de recuperação ambiental mais efetivos, junto à comunidade de todos os municípios abrangidos pela sua região de atuação, bastando para tanto ser acionados pelas Prefeituras que são suas maiores parceiras, a exemplo do trabalho iniciado em cidades próximas como Fazenda Nova, Jaupaci, Piranhas e Israelândia.
1.3.3 – CLIMA.
A região apresenta como característica o clima tropical, quente e semi-úmido, com duas estações definidas:
a) Úmida, de outubro a março, com chuvas torrenciais, correspondente à primavera e verão – “Tempo das águas ou inverno”.
b) Seca, de abril a setembro, relativa a outono e inverno – “Tempo da seca ou verão”.
1.4 – DEMOGRAFIA.
Iporá é, hoje, uma cidade essencialmente urbana, abrigando uma população rural em torno de 11,84% do seu total. A cidade passa por problemas de ordem sócio-econômica, como a carência de infra-estrutura, de moradia e com índice bastante elevado de desemprego apesar de não ter passado por um crescimento populacional nos últimos 10 anos. O IBGE contou uma população de 29.689 habitantes em 1991 e estimou 32.144 habitantes para 1998.
POPULAÇÃO RESIDENTE.
Em 1960, a residência rural era maioria absoluta, com uma cifra de 12.492 habitantes rurais, frente a apenas 1.621 da zona urbana.
A partir de 1996 podemos notar um controle sobre o êxodo rural, o que leva a crer que esse tipo de migração já não é prática no município.
Faixa Etária da População de Iporá – 1996.
Em 1996, a densidade demográfica era de 29,94 hab/km2. Com a estimativa do IBGE para uma população de 32. 144 habitantes, essa densidade sobe para 30,76 hab/ km2.
2. – DIMENSÃO INSTITUCIONAL.
2.1 – GESTÃO LOCAL.
2.1.1 – GESTÃO PÚBLICA LOCAL.
A gestão publica de Iporá é representada pelo seu poder executivo, a Prefeitura Municipal, localizada na Praça do Trabalhador, 01, Centro, CEP 76200-000. Inscrita no CNPJ/MF sob o nº 01.157.536/0001-88, tem à sua frente o Prefeito Municipal, Sebastião Pereira Coutinho, e o Vice-Prefeito, Danilo Alvin de Paiva Gonçalves, eleitos para a gestão 1997/2001.
A Câmara Municipal é o órgão deliberativo, formada por 11 vereadores que representam o Poder Legislativo, está situado no mesmo endereço da Prefeitura Municipal, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.303.512/0001-86, tendo como presidente Suélio Gomes da Silva(PSL) e vice-presidente, Francisco de Paula Rodrigues (PMDB), com a seguinte composição partidária:
Os órgãos públicos municipais estão assim organizados:
- Secretaria da Administração e Planejamento
- Secretaria de Finanças
- Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Lazer
- Secretaria de Transportes, Obras e Serviços Urbanos
- Secretaria de Agricultura e Abastecimento
- Secretaria da Saúde
- Secretaria da Promoção Social
População: 31.283 habitantes.
Altitude: 584 metros.
Dist./Goiânia: 216 km.
Dist./ Brasília: 400 km.
Vias de Acesso: GO-060, GO-174, GO-221 e GO-320.
Área Territorial: 1.030 km2.
Data de Emancipação: 19/11/1948.
Município: Rico em granito, que é exportado para Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.
Comércio: Forte e um moderado distrito industrial.
Atrações Turísticas: Lago Pôr do Sol, Morro do Macaco, Cachoeirinha, Cachoeira do Sr. Abel, Cachoeira do Mochiba.
Vegetação: Típicas do cerrado.
Fauna: Animais Silvestres.
Principais eventos: Maio - Folia dos Reis e Festa de Maio (tradicional), Junho - Festas Juninas, Junho - Exposição Agropecuária, Dezembro - Festas Natalinas.
Fonte Bibliográfica
Guia Turístico, Histórico e Cultural do Estado de Goiás- Goiás e seus encantos: Ano 1, Primeira Edição.
[editar] Geografia
Sua população foi estimada em 2005 pelo IBGE em 32.425 habitantes, um dos seus pontos turísticos é o Morro do Macaco, que é usado para saltos de parapente.
Na divisa dos municipios de Iporá e Arenópolis, foi construida a primeira PCH do Brasil, a Usina Hidrelétrica Mosquitão, no Rio Caiapó.
[editar] Turismo
Possui um lago artificial urbano (Pôr do Sol), que é atrativo turístico do Município. O lago tem pista de areia, pista de caminhada, quiosques padronizados e pista para eventos. No município de Iporá temos ainda o morro do macaco, que tem se tornado um importante sítio de vôo livre em toda a região. O morro possui 4 rampas de decolagem para parapente, todas naturais, nos quadrantes N, L, S e O. Possui vasta rotas de resgate, contando com estradas asfaltadas e estradas vicinais.
[editar] Educação
A cidade possui, em 2005, duas faculdades, sendo: 1) UEG (Universidade do Estado de Goiás) e 2) FAI - Faculdade de Iporá E outros colégios públicos, sendo: Escola Estadual Dom Bosco, Grupo Municipal Israel de Amorim, Colégio estadual Osório Raimundo de Lima, Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva. E colégios particulares, sendo: Colégio Exato, Colégio Engemed, Colégio Integração, Colégio Balão Mágico.
[editar] Economia
A região é também produtora de minério e de leite.