Jornalismo cultural
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jornalismo cultural é o nome que se dá à especialização da profissão jornalística nos fatos relacionados à cultura local, nacional e internacional, em suas diversas manifestações - como artes plásticas, música, cinema, teatro, televisão, folclore e afins. Os textos escritos para a editoria de cultura podem trazer uma reflexão sobre os movimentos culturais, aspectos históricos e características com aprofundamento.
As primeiras coberturas de cultura surgiram por volta do século XVIII, na França, com os panfletos literários e revistas dirigidas especificamente para o público feminino. Algumas das referências em jornalismo de música pop são a estadunidense Rolling Stone e a britânica NME.
No Brasil, alguns jornais diários dedicam à cultura um caderno diário, geralmente encartado junto ao caderno principal — é o caso do Jornal do Brasil (Caderno B), da Folha de S.Paulo (Folha Ilustrada), de O Estado de São Paulo (Caderno 2) e de O Globo (Segundo Caderno). Outros, um caderno semanal, como os diários econômicos Gazeta Mercantil, Valor Econômico e o Jornal do Commercio.
Índice |
[editar] Temas
As pautas do jornalismo cultural incluem toda a área cultural, literatura, música, artes plásticas, teatro, televisão e a cobertura de eventos (festivais, exposições, vernissages), as instituições que geram produtos e fatos (produtoras de cinema, estúdios, galerias, museus, bibliotecas, teatros, gravadoras), as políticas públicas para a área (secretarias e ministérios da Cultura e da Educação) e o dia-a-dia do setor.
Para receber notícias de cultura estrangeira, os veículos geralmente dependem de agências de notícias. Em alguns casos possuem correspondentes estrangeiros ou enviam jornalistas aos países.
[editar] Fontes
Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes do jornalismo cultural são divididas entre protagonistas (artistas, produtores culturais, curadores, empresários), autoridades (secretários de cultura, funcionários públicos, diretores de fundações, museus e bibliotecas), especialistas (críticos, teóricos, historiadores de Arte) e usuários (o público).
[editar] Crítico cultural
Ver também o tópico específico: Crítica.
Uma função específica do jornalismo cultural é o crítico, que escreve análises críticas e comentários sobre determinada obra ou artista. Geralmente, o crítico se especializa em determinada arte ou estilo e procura ter sólida formação teórica (ou acadêmica) para embasar suas opiniões. O texto da crítica é normalmente subjetivo, mas com embasamento. Pela informação técnica que o crítico coloca em suas matérias, o leitor terá mais dados para fazer a sua própria avaliação.
Entre os críticos culturais mais relevantes do Jornalismo, destacam-se:
- Críticos de cinema: Moniz Vianna, Sérgio Rizzo, Sergio Augusto, Rubens Ewald Filho, José Carlos Avellar, Luiz Carlos Merten, Christian Petterman, Renato Lemos e Carlos Helí de Almeida (Brasil), além de André Bazin, Alain Resnais (França), Pauline Kael, Roger Ebert, (EUA)
- Críticos de música: Tárik de Souza, Sílvio Essinger, João Máximo, Artur Dapieve, Lúcio Ribeiro, Lauro Machado Coelho (Brasil)
- Críticos de Arte: Olívio Tavares de Araújo, Ferreira Gullar, Sheila Leirner, Michael Kimmelman (EUA)
[editar] Jornalismo cultural no Brasil
No Brasil, alguns dos maiores expoentes profissionais em jornalismo cultural são Oscar Araripe, Arnaldo Bloch, Ziraldo, Regina Zappa, Jamari França, Daniel Piza, Ana Maria Bahiana, Bianca Ramoneda, Marcelo Tas, Ricardo Feltrin, Ana Paula Sousa, Luiz Carlos Merten e Gisele Kato.
Entre os já falecidos, está Paulo Francis.
Os principais veículos (jornais e revistas) dedicados ao tema são as revistas Bravo e Caros Amigos, Concerto, Cult além da extinta Semana Ilustrada.
Algumas das publicações especializadas em Cinema e Vídeo incluem as revistas Set, Cinemais, Revista de Cinema, VerVídeo e Home Theater, além da extinta Cinemin. Entre as publicações especializadas em Música, há as revistas Bizz, da editora Abril, Música & Tecnologia, Laboratório Pop, Clique Music, Shopping Music, Billboard, Mojo e Concerto (música erudita). Já as especializadas em TV são as revistas Contigo! TV, Tititi e Minha Novela, da editora Abril, Fuxico, além da extinta Amiga, da Bloch editores.
As editorias de cultura (e os guias de programação cultural) dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "Caderno B", revista "Programa" e caderno "Idéias" no JB, "Ilustrada", revista "Guia da Folha" e caderno "Mais!" na Folha de S.Paulo, "Caderno 2", revista "Guia Caderno 2" e "Aliás," em O Estado de S.Paulo, "Segundo Caderno", revista "Rio Show" e caderno "Prosa & Verso" em O Globo, "Caderno D", revista "Show & Lazer" e "Cultura & Lazer" e em O Dia, "Cultura" e "Segundo Caderno" no Zero Hora, "EM Cultura" e "Pensar" no Estado de Minas, "Caderno 2" em A Tarde, "Viver" e "Fim de Semana" no Diário de Pernambuco, "Caderno C", revista "Fim de Semana" e "Pensar" no Correio Braziliense, "Magazine" e "Almanaque" em O Popular e "Magazine" em O Liberal.
[editar] Jornalismo cultural em Portugal
[editar] Ligações externas
- Pós-Graduação Lato Sensu em Jornalismo Cultural (UMESP)
- Jornalismo cultural (PUC-Minas)
- Pós-Graduação em Jornalismo Cultural (UniFIAMFAAM)
- Portal Jornalismo Cultural