José Ribamar de Oliveira
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José Ribamar de Oliveira, conhecido como Canhoteiro, (São Luís, MA, 24 de setembro de 1933 - São Paulo,SP,16 de agosto de 1974) foi um futebolista brasileiro.
Para se medir a maestria de Canhoteiro, basta dizer que Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, o tinha como um de seus dois maiores ídolos, ao lado do mestre Zizinho.
O drible desconcertante, o cabeceio certeiro, o chute raso, quase sem dar chance de defesa ao goleiro, o passe perfeiro, a alegria do gol. Uma variedade de estilos, como se fosse um coquetel preparado para o mais fino gosto.
O que Garrincha fez na ponta-direita, Canhoteiro fez na esquerda. Iguais, em lados diferentes, Garrincha acabou sendo um mito maior, porém Canhoteiro tinha o mesmo espírito brincalhão e galhofeiro. Fazia do futebol uma arte, a arte de divertir o público, se divertir e assombrar os companheiros. Ante a impossibilidade de marcá-lo, os adversários, muitas vezes, se contentavam em admirá-lo, como se fossem também espectadores e não participantes.
[editar] Carreira
Seu passe, pertencente ao América, foi comprado pelo São Paulo, onde se projetou para o futebol, em 1954, por cem mil cruzeiros antigos. Antes, Canhoteiro fora motorista de caminhão.
Canhoteiro chegou para substituir Teixeirinha e foi campeão do Torneio Jarrito, no México em 1955, da Pequena Taça do Mundo, na Venezuela e Paulista, em 1957, ao lado de Zizinho. Esteve três vezes na seleção brasileira: no Sul-Americano Extra de Lima, na Taça Osvaldo Cruz e na excursão preparatória para a Copa de 58.
O que todos afirmam é que ele poderia ter sido campeão mundial, todavia o medo de avião e a paixão pela boemia o levaram a fazer de tudo para ser cortado.
Ele marcou 103 gols pelo São Paulo e tomou parte no jogo histórico da inauguração do Morumbi em 1960. Ficou mais três anos no Tricolor, quando após uma séria contusão, foi vendido ao futebol mexicano. Lá ficou por pouco tempo por causa dos problemas, voltando ao Brasil e encerrando a carreira. Foi um dos grandes personagens do São Paulo, adorado pelo público. Um homem que teve prazer na vida e no futebol. Se tivesse integrado os escretes de 1958 ou 1962, certamente seria um mito muito maior, da estatura dos nossos maiores gênios.