Jurujuba
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Jurujuba é um bairro histórico situado em Niterói. A palavra deriva do tupi aju(r)-juba, que significa "papagaios amarelos". Também eram assim chamados pelos indígenas do Recôncavo da Baía de Guanabara do Período Colonial os franceses, por "serem louros e estarem sempre a falar".[1]
A região da enseada que levava seu nome, estendia-se desde a Ponta do Cavalão até o Morro do Pico. A faixa de areia se via cercada pelo mar, à frente, a pelo maciço do Morro da Viração, à sua retaguarda. As terras pertenciam aos jesuítas e continuaram em seu poder até a expulsão da ordem do país pelo Marquês de Pombal e as propriedades se converteram para o Estado. O povoamento que mais se desenvolveu foi o da outrora Fazenda de São Francisco Xavier, que mais tarde se convertera no nome daquele trecho e que substituiria o nome da enseada, passando a se chamar Saco de São Francisco. A divisão definitiva dos bairros se completaria com o desmembramento de Charitas (de "cáritas", em grego) da região remanescente. Restou ao bairro apenas a porção de terra mais meridional da enseada.
O atual bairro é predominantemente ocupado por antigos moradores e um vila de pescadores - uma das mais tradicionais do estado, que organiza anualmente uma procissão marítima em louvor de seu padroeiro, São Pedro, no dia 29 de julho. A festa faz parte do calendário oficial da cidade.
Sua localização encontra-se no meio do caminho para o Complexo dos Fortes, antiga área de defesa da entrada da Baía de Guanabara contra invasores no Brasil Colônia, tendo como destaque a Fortaleza de Santa Cruz - ponto de interesse turístico da cidade. Ainda situam-se em sua área as praias da Várzea, do Canal, de Jurujuba, as pequenas Adão e Eva (separadas por um rochedo), de Fora e do Imbuí. As duas últimas já são consideradas oceânicas e contêm águas de coloração bastante azulada. Contudo são de acesso restrito, devido situarem em área militar. As demais são consideradas de interior de baía, com águas mais escuras e turvas.
São bairros vizinhos Charitas e Piratininga.
[editar] Notas
- ↑ SARTHOU apud WEHRS, pág. 202.
[editar] Referências Bibliográficas
- SARTHOU, Carlos. Passado e presente da Baía de Guanabara. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1964.
- WEHRS, Carlos. Niterói: Cidade Sorriso - A História de um lugar. Rio de Janeiro: Sociedade Gráfica Vida Doméstica, 1984.