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Labruge

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Labruge
Brasão da freguesia de Labruge
Brasão
Concelho Vila do Conde
Área 5,75 km²
População 2 472 hab. (2001)
Densidade 429,9 hab./km²
Localização
Localização no concelho de Vila do Conde
Freguesias de Portugal

Labruge é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila do Conde, com 5,75 km² de área e 2 472 habitantes (2001). Densidade: 429,9 hab/km².

Castro de S. Paio Ruínas de uma povoação piscatória pré-romana (única em Portugal). Realça-se a existência, na proximidade, de penedos utilizados para a fabricação de machados, de pedra polida. Actualmente está em execução um programa de valorização.


A bandeira de Labruge: - - Fundo amarelo: predominância da cor mais significativa da heráldica (vieiras); - - Vieiras: alusão ao orago da freguesia – S. Tiago; - - Espiga de trigo: a fertilidade da terra; - - Ondas azul e verde: o mar a poente e o rio a sul; - - Coroa mural com três torres: indica tratar-se de uma freguesia. - - Localização de Labruge no Mundo - A pequena freguesia de Labruge tem a sua localização no globo terrestre, sensivelmente, nos 41º16’de Latitude Norte e 8º43’ Longitude Oeste. - No território nacional português dista cerca de 18 Kms a Norte da cidade do Porto e 11 a Sul da cidade de Vila do Conde – sede de concelho – junto ao oceano Atlântico, sendo a última freguesia a Sul deste concelho banhada pelo oceano. - Tem como vizinhos mais próximos as freguesias: - - Vila-Chã, a Norte; - - Modivas, a Este; - - Aveleda, a Sudeste - - Lavra, freguesia do concelho de Matosinhos, a Sul. - - Área: 5,75 km² - População: cerca de 3000 habitantes - - A Junta de Freguesia, à data da elaboração deste trabalho, é liderada por José Manuel Diogo Salgueiro. - - A paróquia de S. Tiago de Labruge tem por pastor o Padre José Domingues, natural da vizinha freguesia de Lavra mas que adoptou Labruge como sua terra natal. - - Migração dos povos colonizadores da Galécia - Na região entre o Havel e o Spree (actualmente a região de Berlim) existia uma confederação de tribos denominadas Suevos. Estes povos adoravam uma divindade comum, o deus Ziu. Deslocando-se lentamente para regiões mais meridionais, ocuparam sucessivamente a Saxónia, a Turíngia e a Baviera. No século I AC houve uma cisão da confederação, formando os seguintes grupos: - o Hermúnduros - o Marcomanos - o Quados - o Vangiones - o Neméteros - o Tribocos - Os Quados, instalados na Boémia e Morávia actuais, moveram-se para sul invadindo a península Ibérica, juntamente com alguns Marcomanos. Nestas vagas invasoras, foram acompanhados pelos Vândalos Silingos, pelos Vândalos Asdingos e pelos Alanos. Após devastações causadas durante cerca de dez anos aceitaram a proposta romana de um pacto de federação, ficando a península repartida entre eles. - Os Silingos ficaram na Bética, os Alanos na Lusitânia e na Cartaginense Ocidental e os Suevos e os Asdingos na Galécia e a Tarraconense conservou-se nas mãos do Império Romano. - As estimativas mais optimistas quanto ao número dos invasores suevos apontam para 30.000 pessoas. Estes implantaram-se preferencialmente nas zonas de Braga, Porto, Lugo e Astorga. Na região do Porto, segundo Idício, cronista cristão do séc. V, estabeleceram-se em duas povoações; Portucale Castrum (Gaia) e Portucale Locum (Porto). - Em 438 o rei Suevo Hernenarico ratifica a paz com os povos Galaicos e, cansado por uma vida de lutas, ele que já comandava os Suevos quando estes entraram na península Ibérica, abdicou em favor de seu filho Réquita. - Em 448 Réquita morre deixando um estado em expansão a seu filho Requiário que, sendo católico, vai impor este credo à população sueva. A população urbana da Galécia era já predominantemente católica. A cidade de Braga como capital do reino Suevo e sede episcopal ganha grande importância, a qual ainda hoje é visível no carácter metropolitano da sua Sé, primaz entre as dioceses do Noroeste peninsular. - Em 456 Requiário é morto e vários pretendentes aparecem, agrupados em duas facções. Nota-se uma divisão marcada pelo rio Minho, provavelmente um reflexo das duas tribos, Quados e Marcomanos, que constituíam a nação sueva na península. - Em 585 os Visigodos destroçam os seus adversários Suevos, capturando o rei Andeca. A Galécia passa a ser uma província Visigoda, mas provavelmente com um certo grau de autonomia. - - Lusitanos? Nós do Minho e Douro Litoral? - - Depois desta sucinta demonstração da migração destes povos, podemo-nos interrogar: “Somos, de facto, um povo descendente dos lusitanos?”. Com toda a segurança podemos dizer que somos descendentes dos Suevos e dos Asdingos, contrariamente à enraizada ideia de que a nossa ascendência é lusitana quando, como vimos acima, os Alanos quedaram-se pela zona montanhosa da Península Ibérica em especial na zona dos montes Hermínios, actual serra da Estrela que se estende Espanha adentro. Seria este povo que, por ocupar a Lusitânia, viria a ser conhecido por povo lusitano. Mas, como qualquer povo rebusca a sua história em busca de heróis que alimentem o seu ego e auto-estima nacional, foi aqui que encontrou o seu herói maior – Viriato – do qual desconhecemos o nome. Sabemos apenas que foi um chefe tribal que se opôs ao império romano e, aguerridamente, lhe fez frente sendo derrotado, segundo por força da traição de um dos seus guerreiros. O nome Viriato advém dos artefactos que ostentava nos braços – as virias – e que eram um símbolo do poder, reservado apenas aos chefes ou guerreiros que, de alguma forma, se destacavam. Daqui se pode compreender e justificar a grande afinidade existente entre os povos da Galiza e do Norte de Portugal que comungam da mesma ascendência. - - Pedras que contam histórias - - - Agora, após esta breve exposição acerca do fluxo migratório dos povos que ocuparam o território e sobre a dissertação da nossa ascendência, debrucemo-nos no trabalho de pesquisa sobre a cultura destes povos, elaborado pela Prof. Manuela Maria Rodrigues de Almeida e que foi apresentado e avaliado, aquando da sua licenciatura pela Universidade Aberta. - - A Professora Manuela Maria Rodrigues de Almeida, nascida a 21 de Abril de 1959, na freguesia de Sto. Ildefonso, no Porto, bem cedo revelou a sua apetência pelo ensino aos mais pequeninos. Em 1976 termina o seu curso no Magistério, actual Escola Superior de Educação do Porto e inicia a sua actividade lectiva na freguesia de Valbom – Gondomar. Em 1977 concorre a um lugar existente na Escola nº2 da Lamosa em Labruge e, por força da excelente classificação obtida na sua formação, consegue ocupar o lugar, onde se mantém no activo desde então. Desde logo se afeiçoou a Labruge e às suas gentes, dedicando-lhe grande parte do seu tempo a fomentar e a fazer renascer as tradições e usos que, nos tempos que correm, são cada vez mais difícil manter vivas na memória das gerações actuais, seduzidas por outros interesses mais atractivos. No início da sua actividade lectiva em Labruge e em pareceria com a sua colega, a agora aposentada, Exma. Sra. Profª. D. Isaura, proporcionou ao povo de Labruge muitos dos mais belos espectáculos que alguma vez se fizeram em Labruge, integrados nas festas escolares a cada final de ano lectivo. Reconhecida por toda a comunidade como um pólo dinamizador da cultura local, continua hoje a ser solicitada para todos os eventos ligados à paróquia de S. Tiago de Labruge e a dinamizar as habituais festas de fim de ano lectivo, agora com a ajuda da Exma. Sra. Profª Celeste Miranda. Figura de proa na formação e representação do Grupo de Cantares Regionais de S. Tiago de Labruge, cujo ponto alto das suas actuações foi a ida ao programa Praça da Alegria na RTP1, que levou, pela 1ª vez, o nome desta freguesia aos quatro cantos do mundo, a criação da Escola de Música de Labruge e, mais recentemente, a Fanfarra de Percussão “Ruxaxá”. Pelo exposto, é impossível dissociar a Sra. Profª Manuela da história da freguesia, daí esta resenha sobre a sua actividade em prol da comunidade em geral e das crianças em particular. - - - Estudiosa da cultura castreja no Noroeste de Portugal, percorreu os castros da cividade de Bagunte, citânias de Briteiros e de Sanfins e os castros de S. Lourenço e de S. Paio. Antes de iniciarmos a leitura do trabalho da Prof. Manuela, vejamos o que nos diz o sítio oficial de Labruge acerca do castro de S. Paio: - - “O Castro de S. Paio é um pequeno povoado da Idade do Ferro existente no lugar da Mota, junto à praia dos Castros, na linha de costa do pequeno aglomerado de Moreiró, freguesia de Labruge, Vila do Conde. Foi encontrado para a comunidade científica pelo Arquitecto Fernando Lanhas, nas suas curiosas deambulações pela costa nos anos de 1959 tendo sido publicado na década seguinte pelo achador, em conjunto com o Bispo Arqueólogo D. Domingos de Pinho Brandão. O Castro foi desde então objecto de inúmeras acções de caça ao tesouro, tendo em 1991 sido finalmente protegido pela sua classificação no Plano Director Municipal como local de interesse arqueológico do tipo A, classificação que corresponde a uma reserva científica absoluta. Aí decorreram de 1993 a 1996 três campanhas de escavação que permitiram perceber um povoado naturalmente piscatório com casas-pátio, estendendo-se de um extremo ao outro do alto de S. Paio, com uma crono-estratigrafia que aponta para dois períodos de ocupação, sendo o mais recente atribuível ao final do século I a.C. A área envolvente ao Castro apresenta vestígios atribuíveis ao paleolítico e um conjunto de gravuras com um interesse notável, embora de cronologia desconhecida, onde incluímos um conjunto de penedos, ditos amoladoiros, por se acreditar que as marcas aí existentes correspondiam ao desgaste resultante do afiar de machados de pedra polida. Para o local está prevista a criação de um Centro Interpretativo e Museológico que explique e ajude a preservar a paisagem, a herança arqueológica, os dados geológicos – um Centro para um património integral.” - Labruge teve a sua origem no lugar de Moreiró ou villa Moreirola, nome romano para esta povoação. Contudo não podemos descurar o facto de que, de acordo com a toponímia de alguns campos de cultivo como o Campo das Antas, Agra de Sub Antas ou Leira das Mamoas, a ocupação humana se possa situar muito aquém da civilização castreja, embora nada tenhamos que nos garanta que assim tenha sido. - - Na área do S. Paio associam-se elementos de interesse geomorfológico e arqueológico, com uma grande beleza cénica e um certo carácter selvagem, fruto de uma sábia utilização ao longo dos séculos por actividades agrícolas tradicionais. - A origem do nome da freguesia de Labruge encontra-se, ainda hoje, pouco esclarecida. Existem várias opiniões acerca da sua etimologia mas, após algumas investigações, posso concluir que a sua origem etimológica se encontra visível e acessível a todos nós, todos os dias. O ribeiro a que chamamos rio Onda ou Donda, nasce na freguesia de Guilhabreu e o seu caudal engrossado pelas águas de dois pequenos ribeiros: ribeira de Penas e ribeira de Lagielas – não é senão o rio de Labrugia que em latim, convém não esquecer de que sofremos uma aculturação romana, significa ??????????. - Do topónimo latinizado Labrugia, de origem incerta, que deu no português antigo Labruge. Tem a variante Labruja e os derivados Labrujeira e Labrujó. - Terá em algum momento da sua história havido alguma ?????????? nas suas margens, que tenha emprestado o nome ao rio e este à freguesia. Uma outra possibilidade teria sido a junção de arrugio, cujo significado é regato, e do topónimo Lavra, nome da freguesia vizinha, a resultar no topónimo Labruge? Pessoalmente não acredito nesta possibilidade por várias razões, entre as quais: - 1ª - Embora fosse possível e aceitável esta junção, arrugio é um termo não usual no Norte de Portugal; - 2ª - É frequente a conotação de algumas terras com algo que nelas acontece ou existe como se pode comprovar em muitas outras localidades – Castelo da Maia, Leça do Bailio que distingue de Leça da Palmeira e por aí adiante. - 3ª - Existem várias localidades distribuídas pelo território nacional que não têm por vizinha outra localidade com o nome de Lavra e que se chamam Labruje, Labruja ou outro nome da mesma origem etimológica. - - Aquando da fundação de Portugal, Labruge fazia parte das Terras da Maia – assim chamada esta região que se estendia do Sul do Rio Ave até Bouças - Matosinhos na actualidade – que foi conquistada aos mouros por Mendo Gonçalves, que por força deste feito se tornou senhor destas terras. Casado com D. Leônguida Soares, tiveram dois filhos, Gonçalo Mendes da Maia e Soeiro Mendes da Maia. Gonçalo Mendes da Maia, figura relevante na fundação de Portugal, lutou e granjeou vitórias, ao lado de D. Afonso Henriques, contra os mouros, vindo a falecer aos 95 anos em Beja durante uma das muitas lides que teve durante a sua longa vida e que lhe valeu o cognome de Lidador. Como podemos constatar só após a posse das terras da Maia, este apelido passou a fazer parte do nome dos descendentes de Mendo Gonçalves. Provavelmente Mendo Gonçalves e descendentes seriam conhecidos como “…… da Maia”, para melhor identificação por quem os não conhecesse. Labruge fez parte de Terras da Maia até 1836, ano em que passou para o concelho de Vila do Conde. Mais tarde, 24/10/1855, com a divisão territorial, Labruge passou a pertencer ao recém-criado concelho de Bouças até 18 de Outubro de 1871, altura em que passa a integrar o concelho de Vila do Conde, sendo a última freguesia adstrita a este concelho. - - O facto mais antigo que se conhece da freguesia de Labruge remonta ao ano de 1059 e que diz respeito a um testamento feito a favor do mosteiro de Moreira da Maia e através do qual este mosteiro herdaria uma propriedade de Labruge. Todas as notícias que chegaram aos nossos dias são referentes a vendas e doações de terrenos. Alguns desses registos encontram-se na Torre do Tombo, em Lisboa. Interessa saber que os mosteiros de Sto. Tirso, Moreira da Maia, Leça do Bailio e de Vairão tinham interesses em Labruge e em outras freguesias vizinhas, muitos deles obtidos por doações. - D. Maria Pais Ribeiro foi a primeira filha de D. Urraca Nunes. Diz-se que era "branca de pele, de fulvos cabelos, bonita, sedutora" e que enfeitiçou o D. Sancho e cativou os nobres da sua corte". Era de tal forma bonita que foi raptada e levada para França por um nobre mais afoito que dela se enamorou. - Nos finais do sec. XII e princípios do sec. XIII (1209) D. Sancho I, 2º rei de Portugal, deu a D. Maria Pais Ribeiro – “A Ribeirinha” – e seus herdeiros as terras de Vila do Conde. Esta senhora, dotada de grande beleza e cativadora de grandes paixões por muitos dos nobres de então, foi amante de D. Sancho I de quem teve quatro filhos – dois rapazes e duas raparigas: " Um filho houve nome Dom Gil Sanches, e foi chus honrado clérigo que houve na Espanha, e houve por barregam dona Maria Garcia; e outro filho houve o nome dom Rodrigo Sanches que nom foi casado nem houve filhos; e uma filha houve nome dona Constança Sanches, que foi professora em Santa Cruz de Coimbra e nom houve filhos; outra filha houve nome Teresa Sanches e foi casada com Dom Afonso Teles e houve filhos: Dom João Afonso e Dom Martim Afonso e dona Maria Afonso que foi abadessa de Gradefades". - - Existem, contudo, historiadores que referem a descendência de D. Sancho I e de D. Maria Pais Ribeiro como sendo de seis filhos: Rodrigo Sanches (1200-1246), Gil Sanches (1200-1236), Nuno Sanches, Maior Sanches, Teresa Sanches (1205-1230), Constança Sanches (1210-1269) - - O centro social é fruto do querer de toda uma população, fruto este saído da semente que germinava na pessoa do Exmo. Sr. Padre José Domingues. Foi este senhor o mentor desta obra e aquele que, para o melhor e para o pior, arca com a responsabilidade de levar a bom porto este empreendimento, recorrendo à solidariedade e espírito de sacrifício da população que sempre se manteve a seu lado neste propósito. Contou o Sr. Padre com o apoio incondicional do Sr. Eugénio Maia e da Junta de Freguesia. O primeiro, por estar intimamente ligado à construcção civil, mostrou-se uma mais valia com os seus conhecimentos técnicos e o segundo mostrou-se sempre incansavel em procurar ultrapassar os obstáculos burocráticos que, amiúde, iam surgindo. Para que este projecto fosse possivel, recorreu-se a um peditório porta-a-porta para angariação de fundos que permitissem a compra do terreno que importava em cerca de 6.000.000$00 (30.000,00€) e algumas contrapartidas mal aceites pela comunidade. Mais tarde, um mecenas altruísta, "Neca do Maria Luis" ofereceu a este centro, por amizade pela paróquia, uma área significativa de terreno para que pudesse haver um alinhamento harmonioso naquele espaço. Este moderno centro social suportará um centro de dia para que os mais idosos não permaneçam na solidão das suas casas e os mais novos possam continuar a sua labuta, sabendo que os seus progenitores se encontram bem entregues e acompanhados, partilhando assim com os seus contemporâneos as memórias de tempos idos. O apoio domiciliário aos idosos que não se possam deslocar ao centro também se enquadra nas actividades previstas deste centro, bem como as salas de catequese e um salão paroquial que muita falta faz às actividades que pululam nesta freguesia e que esmorecem por falta de condições. Também apreciador das artes, facilitou o espaço da paróquia para as actividades culturais que surgiam, apoiou sempre o desporto local e incentivou a criação de grupos de jovens, contribuindo assim para um mais são desenvolvimento dos jovens aderentes a estes grupos. Sempre atento aos problemas da freguesia, não se inibe de deixar bem claras as suas posições favoráveis ou não, procurando sempre um consenso para as várias solicitações a que está sujeito. Pessoa muito estimada pelos seus paroquianos e reconhecida por todos os labrugenses que, mesmo sem serem seus paroquianos, o procuram em busca de conselho ou auxílio. - Também na área social foi inaugurado a 3 de Junho de 2006, um centro residencial para a 3ª idade, de administração particular, que contou com a presença das autoridades civis e religiosas do Concelho de Vila do Conde e da Freguesia de Labruge. Trata-se de um belo edifício que reúne excelentes condições para acolher e cuidar daqueles que, já sem participação activa para o rendimento económico do país, encontram neste espaço outras pessoas com quem partilhar e recordar todas as suas lembranças e, também, alguém que lhes dê atenção e o carinho merecidos. - - A nova sede da Junta de Freguesia é fruto da partilha de esforços entre a Junta de Freguesia e a C. M. Vila do Conde, então presididas pelos Srs. José Manuel Diogo Salgueiro e Engº Mário de Almeida, respectivamente, e é o reflexo do progresso e evolução demográfica de que a freguesia tem beneficiado, particularmente na urbanização dos vastos terrenos costeiros, ao que o limitado e exíguo espaço da velha sede da Junta, outrora Casa dos Pescadores – embora Labruge nunca tenha sido uma aldeia piscatória, havia no lugar de Calvelhe algumas famílias dependentes desta actividade e que operavam no Lugar de Angeiras da vizinha freguesia de Lavra, justificando, assim, a existência desta estrutura social – só com muito esforço e dedicação dos elementos que a compõem conseguem superar as dificuldades e os novos desafios próprios do crescimento demográfico que tem sofrido na última década. A freguesia de Labruge dispõe de um autocarro novo, muito solicitado pela logística dos movimentos associativos e, maioritariamente, pelo transporte escolar, sendo de realçar esta disponibilidade por parte da edilidade que sempre garantiu este precioso apoio nas várias deslocações daqueles movimentos associativos. A sua inauguração foi a 2 de Outubro de 2005 com a presença de todas as autoridades civis e religiosas da freguesia. - - O novo complexo desportivo, cuja inauguração foi a 11 de Setembro de 2005 com a presença das autoridades civis e religiosas, supra referidas, e animada pela fanfarra de percussão “Ruxáxa”, vem substituir as velhas instalações desportivas e é a consequência de aturadas negociações entre a Junta de Freguesia e um empresário de imobiliário que, através de permutas de terrenos, resultou na construção deste magnifico empreendimento desportivo composto por um pavilhão gimnodesportivo e um campo de futebol capaz de satisfazer as necessidades da freguesia no desporto amador. Saliente-se que Labruge foi a primeira e única freguesia do concelho de Vila do Conde, durante muito tempo, a dispor de um pavilhão gimnodesportivo próprio. O encontro inaugural foi com a equipa de Águas Santas e acabou com o resultado de 1-1. - Nesta obra emblemática, como em muitas outras, se aplica o velho e sempre actual rifão: - “Cada amo tem seu moço e cada moço tem seu cão. O amo dá pão ao moço e o moço dá pão ao cão” - Quem não entender a mensagem desta máxima, passe um dia por Labruge e questione os mais antigos e certamente obterá a resposta - - O povo de Moreiró ergueu no espaço, outrora ocupado pelo castro, uma pequena ermida um pouco maior que as edificações tipo “alminhas” e que já em 1623 era referenciada por D. Rodrigo da Cunha no seu Catálogo dos Bispos do Porto. Posteriormente, em 1885, no mesmo local, surgiria outra edificação maior. No ano de 1964, por intersecção do Pároco António Andrade, foi constituída uma comissão de festas com o objectivo de angariar fundos para que o S. Paio tivesse uma festa condigna. Foi a 16 de Agosto, Domingo, desse mesmo ano que, excepcionalmente, se realizou a romaria que viria a ser a maior de sempre feita em honra deste santo, com toda a pompa e circunstância, não faltando a banda dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, muito povo e um magnífico fogo de artifício que, diz quem o viu, nunca houve outro igual. - Depois e de acordo com as histórias dos mais velhos, esta capela viria a desmoronar-se quando um rapaz, que andava aos ninhos, subiu ao telhado e fez com que caísse. O povo de Moreiró reergueu a capela, de forma mais segura em meados do séc. XX (década de 70), ampliando-a e adornando-a com pedras e pedregulhos extraídos directamente da praia de Moreiró. A sua inauguração foi a 1 de Julho de 1973. - Existiu, por Sul da capela de S. Paio, uma edificação de vigilância que servia para alertar as populações da aproximação de qualquer inimigo por mar. Situava-se na elevada formação rochosa, onde hoje tem o marco geodésico, privilegiado posto de atalaia pela sua altitude, ao qual se chamava facho, razão porque hoje esta elevação tem o mesmo nome. Quando necessário eram lançados aos céus fogachos se de noite ou sinais de fumaça quando de dia. Acredito que, em tempo de paz, pudesse este posto de atalaia servir também para alertar as embarcações que navegassem junto à costa dos baixios rochosos muito abundantes no mar de Labruge. - As festividades em honra de S. Paio celebram-se no 1º Domingo do mês de Julho. Até há relativamente pouco tempo, após a criação de uma comissão de festas a pedido do pároco Andrade, antecessor do Padre José Domingues, estas festividades revestiam-se de uma grandiosidade tal que chamava a si muita gente da freguesia e das vizinhas, após o que se encerrava durante o restante período do ano. - Refira-se que esta capela jamais teve um crucifixo, ícone comum e indispensável em qualquer edificação cristã, e em 2005 o Pároco José Domingues presenteou a gente de Moreiró com um belo crucifixo a suas expensas. A história não termina aqui. A ”Ti Elisa do Canário”, fervorosa devota e zeladora da capela de S. Paio havia um dia de cismar em não morrer sem ver um crucifixo na “sua” capelinha. Quando, por ocasião das festas do ano de 2005, deparou com um belo crucifixo à direita da ara não conteve as lágrimas de felicidade. Ao tomar conhecimento de que havia sido o seu querido e estimado amigo padre Zé a ofertar tal peça, procurou-o com o intuito de ajustar contas, cuidando que quaisquer 200 ou 250€ seriam suficientes para resgatar a propriedade daquele crucifixo. Quase desfaleceu quando soube o quanto havia custado tão bela peça mas não baixou os braços e prometeu ao Sr. Padre que havia de acertar contas com ele nem que tivesse que andar a pedir pelo lugar ou pela freguesia. Assim fez e em pouco tempo conseguiu a verba suficiente para reclamar a propriedade do crucifixo para a capela de S. Paio, lá no lugar de Moreiró. - - Fazer a história de uma localidade ou região implica recuperar memórias disseminadas por um conjunto de vestígios onde o espaço e as sociedades se inscrevem. - Face à diversidade dos temas possíveis de abordar, em consonância com a trajectória da vida das comunidades, a investigação é complexa, exigindo que se percorram arquivos, bibliotecas, museus, etc., ou seja todos os locais onde a memória da presença humana se encontra preservada. - Antes mesmo de se procurar um documento de arquivo, e a fim de se obter uma visão de conjunto e se gizarem os contornos do estudo que se pretende fazer, importa conhecer, desde logo, a bibliografia já publicada sobre a localidade ou região, recorrendo, em primeira instância, a obras de índole geral, tais como enciclopédias e dicionários.

Contudo a Labruge de sempre sera eterna.


""Resumo alargado da história de Labruge elaborado por João Rodrigues""


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Biblioteca Municipal José Régio

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