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Linguagens Sonoras

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Índice

[editar] A linguagem do rádio surge adaptando linguagem de outros suportes, que determina uma forma discursiva própria: a linguagem invisível

O rádio informativo como gênero do discurso, constituído pela confluência das linguagens do rádio e do jornalismo, introduziu novidades numa e noutra. A superação do gênero impresso se deve à necessidade de adaptação do jornalismo escrito à forma sonora invisível.

Como consequência, as convenções do gênero impresso tiveram que ser revistas. Assim, o jornalismo impresso vai simplificando a linguagem, e adotando formas de redação e diagramação menos pesadas.

Hoje segue a tendência do rádio é a organização dos conteúdos em fluxo, própria para as características do meio radiofônico.

[editar] No início a linguagem culta

O primeiro desafio do rádio foi lutar contra o silêncio introduzindo sons no espaço de comunicação novo. A estratégia usada foi a - leitura de jornais, poemas, obras literárias; - execução ao vivo de músicas, concertos, óperas, peças teatrais - conferências de intelectuais e eruditos

Assim o rádio nasce dirigindo-se ao público “culto” com uma linguagem erudita, que logo teve seus limites percebidos: as conferências eram longas e sonolentas, os textos não eram claros, as músicas eram transmitidas com precariedade técnica, os elementos visuais do teatro, por exemplo, não eram entendidos.

[editar] O rádio e os devaneios do ouvinte

A escola francesa da visualização defendia a necessidade da falta de imagem do rádio ser compensada pela imaginação visual do ouvinte. Já para a escola alemã e inglesa da auto-suficiência invisível, a falta de imagem do rádio não é uma deficiência, e portanto não quer complementação. Ao invés disso, a “cegueira” transforma-o num meio poderoso de expressão intelectual. Em Berlim produziam-se filmes acústicos utilizando técnicas de cinema no rádio de forma que as imagens fluíssem oniricamente em sucessão: sons de trens, das ruas, de marchas de protesto, dos ruídos de fábricas, dos mercados, etc..

Também a perspectiva literária defendida por Bachelard, partia do pressuposto que a ausência de imagens no rádio seria a chave de acesso ao mundo interior do ouvinte, que faria conexão dos sons com sua experiência, colocando em movimento seus devaneios. A questão seria saber conduzir a imaginação pela narrativa.

Já se percebia aí que o rádio não se dirigia a uma platéia, mas aos ouvintes particularmente.

Todas estas análises levam à percepção que o modo de contar, a linguagem radiofônica é própria, diferenciando-se tanto da imagem e do cinema, quanto do jornalismo impresso. A “cegueira” própria do rádio seria a chave da estética da narrativa sonora invisível.

[editar] O potencial dramático da linguagem radiofônica: a voz

O potencial dramático da linguagem radiofônica é determinado pela quantidade de sons e vozes, que ocupam o espaço de emissão no rádio. O que determina o acontecimento no rádio é a presença destes sons. Se houver silêncio não há acontecimento para o ouvinte.

A conversação constitui a essência expressiva da obra radiofônica.

Pesquisas concluíram que as formas de percepção auditiva das ritmações possibilitam estados de alteração da consciência. A palavra oralizada é capaz de produzir estados mentais - como por exemplo a evasão do mundo cotidiano em direção ao imaginário. A voz toca, é indicial, faz contato com o corpo do ouvinte, tensionando pólos culturais. Uma voz é única e fica impressa na memória, com seus atributos, sejam eles da ordem biológica, psicológica ou sociocultural. Cada voz tem um tom, um timbre que a peculiariza.

Ana Rosa Gomes Cabello coloca como especificidades do texto radiofônico o uso de um estilo próprio oral-auditivo a partir de caracterísitcas de: tempo (velocidade de fala), dinâmica (ênfase da frase), melodia (seleção de palavras eufônicas), sons complementares (para ampliação dos dados), voz (rica em inflexões, persuasiva, capaz de conduzir a mensagem), articulação (que complementam a clareza com o volume e a intensidade da voz, constituindo-se um estilo de quem fala), linguagem (do comunicador adequada ao texto radiofônico). ( In Del Biando e Moreira, 1999, 21-22)

“A voz existe desde sempre...como potencialidade de significação, e vibra com um indistinto fluxo de vitalidade, como um confuso impulso para o querer-dizer, para o exprimir, ou seja, para o existir.... a voz é um imperioso grito de presença...

Barthes diferencia ouvir - fenômeno fisiológico e acústico - de escutar - ato psicológico e intencional. O papel da primeira escuta é fazer com que aquilo que estava confuso e indiferente torne-se distinto e pertinente. A escuta é quem opera esta metamorfose”.

A escuta é sempre uma relação de dois, mesmo quando a fala é dirigida a uma multidão. A voz, ao interpelar o ouvinte, cria um contato quase físico com o ouvido, onde “a interpelação conduz a uma interlocução em que o silêncio do ouvinte seria tão ativo quanto a palavra do locutor: a escuta fala, poderíamos dizer...” (Barthes, 1990, p. 222).

O locutor-apresentador do programa da Rádio Independente de Lajeado, Acorda Rio Grande, Paulo Rogério, interpela pela sonoridade da voz, pela entonação, pelos silêncios, pelas repetições e pela leitura silábica, mecanismos que funcionam como um código de captura. No imaginário do apresentador, pela maneira de contar “....o ouvinte montou um personagem. Cada um tem uma fantasia. A voz constrói um mundo na cabeça. Acho que é pela maneira como eu apresento a notícia....objetivo, bastante restrito. Quando eu entro numa notícia com mais detalhe o ouvinte sabe que isso tem importância. Eu exclui palavras chamativas – atenção, etc... – eu não gosto de vender ilusão e o ouvinte sabe disso”. Paulo Rogério, apresentador

A entonação adequada à notícia e ao parágrafo é utilizada como uma cláusula contratual proposta pelo apresentador ao ouvinte, e que está relacionada com a importância da notícia (mais impostação, mais importância tem a notícia ou o parágrafo – usa menor impostação e voz retilínea em parágrafos descritivos – e volta a salientar a entonação no fechamento da notícia). Assim a entonação é utilizada como estratégia narrativa, para interpretação da notícia. O volume da voz estabelece uma cláusula de atenção, para uma notícia importante. O apresentador usa do silêncio como uma chamada para um assunto “diferenciado, chamativo. Não faço intervalo na emissão da voz, só se é coisa importante”. A leitura silábica é utilizada como uma cláusula referente a um “acréscimo à notícia...è um recurso que eu uso para ter tempo de raciocinar sobre a notícia que vou comentar”, diz o apresentador. Paulo Rogério diz que utiliza-se estrategicamente da voz como dispositivo midiático, mudando de tom para dar diferentes enfoques às notícias. Ele cita como exemplo a passagem em que noticiou o agravamento do quadro clínico do diretor da emissora, Lauro Muller, quando leu palavra por palavra para dar o sentido de gravidade do seu estado de saúde. O ouvinte foi capturado, segundo ele, pois um deles ligou em seguida para confirmar a gravidade da situação em função do tom da notícia. A voz do apresentador está memorizada no ouvido do ouvinte. “Tem dias que outras pessoas apresentam no lugar dele e perde a emoção. Se fosse uma sequência talvez eu deixaria de escutar...É a vida que ele dá. É como um recitar uma poesia e outro recitar, que não dá alma, não dá vida...No tom de voz tu consegue te ligar mais no fato. Imaginar mais fácil como teria sido, como foi ou como não foi. É uma narrativa mais próximo do que tu imagina que seja”. Ivo

“Se não escuto ele faz falta. Preciso escutar ele pelo menos 15 ou 20 minutos por dia. Pra falar no programa não tem outro”. José

“A gente confia na voz dele”. Ivone, mãe de José

“A voz dele...não sei...a gente se apaixonou. Eu gosto de escutar ele. Como antigamente se um dia não escutava o Lauro Muller (era apresentador de um programa também de manhã e na mesma emissora) não tava certo. Assim é com o Paulo Rogério. Acho que tem que estar presente a voz”. José

Nesta fala de José expressa-se a identificação simbólica - “a gente se apaixonou” – e, ao mesmo tempo, reporta a uma matriz cultural - “como antigamente”. A voz também determina a percepção do ouvinte das emoções vividas pelo apresentador: “Ele só muda a voz quando tá meio brabo. Ele altera a voz, fala mais alto”. José

“É uma voz agradável, bonita. Não é  toda pessoa  que tem esse dom de colocar a voz no rádio. É agradável de ouvir. É o timbre da voz, acho. Tem pessoa que não sabe colocar a voz direito. Tipo assim, não é estável, pode oscilar. Normalmente ele tem uma voz equilibrada. Ele tem mantido o estilo”. Dora 

Para Dora, que estuda canto coral, o tom, a voz, o volume e a velocidade se diferenciam em momentos de ler as notícias se comparados com os momentos de opinar

Já para Ana a entonação é despertadora de conflitos. Ela sente-se agredida pelo tom “exagerado” do apresentador. O dispositivo técnico da voz, permeado pela violência que caracteriza a entonação do apresentador, é como uma “sacudida”, em que seu exagero provoca envolvimento pela via do cansaço. “Uma forma de chamar atenção pro pessoal ficar atento. Parece que te dá uma sacudida. Tu não fica escutando por prazer, mas tu fica envolvida... A entonação dele é agressiva demais. Tu não escuta com prazer as notícias. Tu fica tensa...A pessoa pode se tornar antipática por causa da entonação. A maneira como tu diz é recebido. Não sei se sou muito sensível pra isso....a gente liga o rádio e diz: lá vem aquele tufão!”.

   Ana demonstra ter facilidade para emocionar-se com as vozes ao  citar o exemplo de um situação em que o tom a fez construir uma história imaginária sobre uma situação, e chorar por solidariedade.

Para Ana a voz desperta identificação em relação ao que é noticiado (acontecimento), quando é noticiado (no horário do programa), e onde é veiculada a notícia (emissora). E tudo isso também com a credibilidade das notícias. “Pode ser que se fosse o contrário tu pensaria: Meu deus, que coisa monótona! A gente já está habituado, quando chega este horário tu já sabe que não vai ouvir outra voz. Tu vai ouvir ele. Se é outra pessoa tu vai pensar: o que foi que houve? Parece até que tu nem vai acreditar nas notícias porque não estão sendo dadas por ele. Pode pensar: não, isso aí é uma coisa superficial. Porque não é o mesmo estilo de notícia. Quando é outra pessoa que faz o programa dá impressão que mudaram o programa. Que não é mais o programa dele. Parece que tu nem tá mais na Independente. Tu liga as notícias com a voz, com o estilo dele”. Ana

A ritualização da escuta está, assim, relacionada com o acesso auditivo ao som de uma voz específica, escutada diariamente, naquele horário, naquela emissora, naquele tom com que é feita a leitura. A mesma ritualização se presentifica nas palavras do ouvinte José: “Se não escuto ele faz falta. Preciso escutar ele pelo menos 15 ou 20 minutos por dia. Pra falar no programa não tem outro”.


Como nas culturas orais, as narrativas radiofônicas se dão por redundância e repetição. A voz do locutor, além de informar o conteúdo das notícias, funciona como indexador, informa o programa e a emissora em que o ouvinte está sintonizado, confundindo a presença humana e a presença institucional. A identificação da voz pelo ouvinte também estabelece o contexto comunicativo, sinalizando, demarcando fronteiras entre os diversos gêneros textuais que atravessam os diferentes momentos da programação: informação jornalística, propaganda, brincadeira, etc.. O jogo de vozes também estabelece um ritmo que ajuda a manter a atenção do ouvinte, indica mudanças de assunto e de procedência das notícias, onde os diversos timbres e situações acústicas informam sobre a identidade e o contexto dos falantes.

O discurso radiofônico contribui na estruturação do pensamento dos ouvintes; além de explorar os recursos linguísticos de formas variadas. Como veículo de mensagens, além de características comuns aos outros meios de comunicação de massa, o rádio tem outras próprias deste meio. Conta apenas com o som, o que representa o tempo veloz das ondas sonoras e seu consumo volátil. A linguagem radiofônica é formada por elementos sonoros diversos que produzem estímulos sensoriais estéticos ou intelectuais, provocam a criação de imagens mentais, que são construídas a partir dos efeitos gerados pela alternância entre efeitos sonoros e o silêncio. A velocidade do texto radiofônico, que lhe dá uma chance única de ser ouvido, faz com que ele tenha um conteúdo claro e expressivo, que não exija esforço do ouvinte. No entanto, o ouvinte está circundado por um meio-ambiente que contém estímulos capazes de distraí-lo durante a emissão radiofônica.

A voz situa e expõe. A palavra midiatizada pelo rádio na voz do apresentador do programa Acorda Rio Grande se inscreve na memória auditiva do ouvinte e se historiciza. É a palavra oralizada e radiada que desencadeia todo o processo de produção de sentido desta mídia. A voz é o dispositivo primordial pelo qual se realizam as estratégias de captura dos ouvintes. A palavra que passa pelo rádio é uma fonte simbólica.

A capacidade motora do ser humano de pronunciar sons variáveis faz surgir um código auditivo para objetos, acontecimentos e imagens e dá surgimento à fala. Desses códigos auditivos frutificam imagens, que permitem reconhecimentos, tanto da linguagem quanto dos sujeitos envolvidos, e dos quais também se vale o rádio, um meio essencialmente sonoro, que funciona atrelado ao imaginário do ouvinte. Com a linguagem temos a capacidade de construir o mundo simbolicamente. Diferente da percepção, a linguagem oferece padrões de significados. As coisas não são as coisas em si, mas símbolos delas. A voz é uma metáfora do indizível, do silêncio, que faz dito e não dito complementarem-se para fecundar sentidos. A escuta vem à consciência humana como um código que, ao ser decodificado, transforma o sentido, fazendo vir à consciência seu “lado secreto”.

[editar] A linguagem do rádio trabalha com a musicalidade

que se expressa na combinação de vozes, com a música propriamente dita, os ruídos e os silêncios. Esta combinação tem como elementos básicos intensidade, dinâmica, harmonia, contraponto e ritmo. A linguagem jornalística é ritmica, segundo Balsebre (1994). Este autor percebe na palavra radiofônica - o ritmo de pausas nos compassos da leitura do texto, - o ritmo melódico – que se percebe no padrão rotinizados da forma de expressão dos locutores, que apresentam as notícias diferentes da mesma maneira. É o que nos faz dizer muitas vezes ”tens a voz de radialista” - ritmo harmônico – a repetição periódica de uma mesma voz entre várias outras

Há ainda a - cor da voz – resultado da combinação de timbre, tom e intensidade - melodia – entonação - harmonia – resultado da mistura de vozes de um programa, p. ex.

[editar] A linguagem do rádio trabalha com temporalidades

O discurso do rádio cruza variáveis temporais inerentes - à linguagem auditiva invisual (por ex. é necessário repetir as informações dentro da mesma notícia), - ao modo eletrônico de enunciação (p. ex. as frases precisam ser curtas e atraentes da atenção do ouvinte) - e ao gênero jornalístico (p. ex. as informações devem estar claras para aquele que busca se informar). - A forma da linguagem do radiojornalismo condiciona também o seu conteúdo (p. ex. o nível de detalhamento de uma notícia jornalística é bem menor se comparado com um jornal e ainda mais se comparado com a notícia de uma revista semanal, p. ex).

[editar] O uso da linguagem radiofônica determina o gênero do programa

Diferente da arte radiofônica, o jornalismo radiofônico não tem a liberdade de realização ilimitada da linguagem deste meio de comunicação. O jornalismo trabalha com a reprodução da realidade exterior, e esta representa o freio à criatividade no uso da linguagem que o rádio disponibiliza. O jornalista não tem a mesma liberdade que o artista na composição de sua obra. Por exemplo, o jornalista não deve abusar dos recursos de sonoplastia, para não criar confusões como o radiodrama A Guerra dos Mundos, de Orson Welles, veiculado na rádio CBS dia 30 de outubro de 1938, que provocou suicídios e mortes nos Estados Unidos, devido ao tom de realidade – próprio da cobertura jornalística - dado à suposta notícia de invasão da terra por marcianos. A arte radiofônica e o radiojornalismo constituem-se dois gêneros de discurso produzidos com a mesma linguagem radiofônica. Os usos diferenciados da linguagem feitos por um e outro referem-se a diferentes intenções nas ofertas de sentidos. Diferentes proposta de adesão aos sentidos ofertados pelos produtores de rádio para seus ouvintes. Diferentes contratos de leitura. Assim os usos da linguagem radiofônica variam nos programas informativos (documentário, entrevistas, opinião, mesa-redonda, noticiários, utilidade pública); e nos programas de entretenimento (humorísticos, dramatizações, auditório, musicais...).

Como os sons do jornalismo não podem ser criados artificialmente, de alguma forma o rádio informativo é mais pobre no sentido formal do que a arte radiofônica. Os adornos de sonoplastia são proibidos no radiojornalismo em países como os Estados Unidos.


[editar] O gênero radiojornalismo e suas especificidades

A palavra sonora é o elemento central da linguagem do rádio informativo. As características dadas à linguagem radiofônica na década de 30 na Bélgica e na França, que se espalharam pela Europa, ainda são válidas: concisão, síntese, brevidade, seletividade, economia. Estas normas, que se explicitam nas formas de redação do radiojornalismo ao longo da história, procuram dar conta das dificuldades constatadas na situação comunicativa criada pelo rádio, como a condição invisível da sua linguagem. A atenção dispensada ao cérebro para a informação captada pela via auditiva não é persistente – mesmo que permaneça na memória e surja, por exemplo quando nos pegamos cantando canções que já não ouvimos há muitos anos, ou quando rememoramos as vozes que nos são familiares. Talvez porque não dividimos a atenção com o olhar. Mas a mensagem do rádio compete com a atenção dada à visão quando se escuta o rádio. Quando escutamos o rádio estamos captando simultaneamente informações com todos os órgãos de sentido, o que distrai nossa atenção de ouvinte. Esta situação condiciona o discurso do rádio de forma a determinar que este se atenha aos aspectos relevantes da mensagem, repetindo-os em curtos espaços de tempo, a fim de propiciar a compreensão global do conteúdo. Trabalha-se com a hipótese que a atenção média do ouvinte pode se manter por uma média de três minutos. Assim, muitas emissoras usam a estratégia de dividir a informação em pequenos blocos a fim de manter o ouvinte atento. Outras estratégias para manter a atenção do ouvinte que estão presentes nas normas de redação são: - a frase curta na abertura da notícia para atrair a atenção do ouvinte e vender o conteúdo - a substituição de idéias abstratas por imagens concretas - o uso da voz ativa - o uso do verbo no tempo presente - a intercalação de vozes - o tom pessoal para provocar empatia

[editar] Síntese

A linguagem do radiojornalismo se caracteriza como:

  • repetitiva em relação às idéias básicas
  • espontânea
  • forte, incisiva, convincente
  • fácil, objetiva
  • simples, fazendo uma intermediação entre o culto e o coloquial
  • rica em variações, dinâmica, vibrante, para manter o ouvinte interessado
  • agradável aos ouvidos
  • invocativa da atenção do ouvinte, inserindo-o no contexto de interação
  • sintética, essencial, concisa
  • correta no uso da língua portuguesa
  • clara, nítida, inconfundível

Estas características têm relação com as próprias características do meio radiofônico e se expressam nas normas de redação dos textos de radiojornalismo.

A impermanência do enunciado é um desafio para o jornalismo radiofônico, o que obriga:

  • ao uso de frases curtas
  • ao uso da ordem direta nas frases: sujeito, verbo e complemento
  • ao uso idéias únicas em cada frase
  • a clareza
  • a repetição dos aspectos relevantes
  • a explicação do significado de termos desconhecidos
  • a lembrança do sujeito da ação em cada frase
  • a escrita de formas simples, levando em conta que será um texto para ser ouvido a partir de sua leitura em microfone (tendo em mente a velocidade da voz do apresentador, o perfil do público ouvinte, a possível recepção pelo público, etc..)

A preocupação com o conteúdo e as dificuldades de comunicá-lo, mais do que com a forma, contribuíram para moldar a linguagem adotada pelo radiojornalismo marcada pelo esforço extremo pela simplificação.

Quando o falado-escrito que caracterizava o início da produção radiofônica deu lugar ao falado-falado, isto não significa que a fala do rádio deva ser uma fala natural. A espontaneidade no rádio distingue-se da espontaneidade natural da fala numa conversação, porque no rádio trata-se de uma espontaneidade planejada. Esta característica da palavra falada no rádio se aproxima da noção de subtexto usada no teatro, que define a modulação das palavras do ator na interpretação do texto, de modo a compor os objetivos da fala. No rádio a voz substitui a mímica visual. A curva melódica, o ritmo, as ênfases tônicas utilizadas pelos apresentadores e repórteres, p. ex, permitem aos ouvintes situar o texto num determinado tipo de situação: informação, entretenimento, qual a emissora, etc.. Predispõe o ouvinte a um sentido para a recepção. A padronização da “espontaneidade” radiofônica pode ser observada quando os estudantes de jornalismo imitam os modelos de apresentação das notícias dos locutores de rádio, e estes entre si desde a emissão do Repórter Esso, o primeiro programa de radiojornalismo que foi ao ar, em agosto de 1941

Outra característica que afeta a linguagem jornalística é a simultaneidade de transmissão e recepção, que possibilita o surgimento de uma empatia maior com o público, e um forte efeito de realidade. Mesmo quando as vozes são gravadas, a impressão do ao vivo no rádio é patente.

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