Lobo da Costa
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Francisco Lobo da Costa (Pelotas, 12 de julho de 1853 — 19 de junho de 1888) foi um poeta, jornalista e teatrólogo brasileiro.
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[editar] Biografia
Filho de Antônio Cardoso da Costa e de Jacinta Júlia da Costa, um casal de classe média, Lobo da Costa despertou para a poesia aos 12 anos de idade, ao publicar, no jornal Eco do Sul, um poema em que celebrava a retomada de Uruguaiana pelas tropas brasileiras, durante a Guerra do Paraguai.
Aos 15 anos, empregado na estação de telégrafo local, lia e recitava Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. Inspira-se em Gonçalves Dias para criar uma poesia de temática indianista. Aos 16 anos, escreve Heloísa, trabalho de ficção, em que demonstra sua preocupação com as desigualdades sociais.
A partir daí, começa a publicar com freqüência seus poemas em jornais nos quais trabalha como redator e repórter. Criou, em 1869, um semanário literário, A Castália, que circulou até 1870.
Em 1874, viaja para São Paulo com o propósito não concretizado de estudar Direito. Lá convive com estudantes e intelectuais e leva uma vida boêmia que prejudica sua saúde. Debilitado pela doença, retorna em 1875, com destino à terra natal, mas acaba por se estabelecer por algum tempo na Ilha do Desterro, atual Florianópolis.
De volta a Pelotas, em 1876, a vida boêmia e desventuras amorosas lhe trazem conflitos com a conservadora sociedade local. Casa-se em 1879, em Jaguarão, com Carolina Augusta Carnal, com quem tem uma filha, Amanda.
A partir de 1881, perambula por várias cidades do Rio Grande do Sul, colaborando com jornais locais e compondo poesias. Em 1883, por encomenda de um grupo amador de Dom Pedrito , escreve uma peça teatral, O Filho das Ondas
Em 1885, é internado pela primeira vez e, a partir daí, sua vida se divide entre hospitais e bares. No dia 18 de junho de 1888, deixa sem autorização a Santa Casa de Pelotas e se dirige a uma região de bares chamada de Santa Cruz. No fim da tarde de inverno, é visto em tal região bebendo. É encontrado morto na manhã seguinte por um carroceiro, estando nu , caído numa vala tomada pelas águas da chuva. Ladrões haviam roubado seus pertences e suas roupas.E isso tudo acontece um mês antes de completar 35 anos.
[editar] Obras de Lobo da Costa
A obra poética de Lobo da Costa foi publicada em jornais, em especial Eco do Sul, Diário de Pelotas e Progresso Literário. Alguns de seus poemas mais conhecidos são: Isabel, Fragmento, Sombras e sonhos Amor, Melodias, Aquele ranchinho, Os romeiros da morte e Adeus.
Conforme Guilhermino César, publicou o romance Espinhos d'alma em 1872 , na cidade de Rio Grande. Em edições póstumas, poesias suas foram reunidas em Dispersas e em Auras do Sul.
Em 1985, a PUC-RS publica em livro seu poema épico, Epopéia Farroupilha.
[editar] Obras sobre Lobo da Costa
- MAGALHÃES, Mário Osório– Opulência e Cultura na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (Ed. UFPEL, 1993)
- FAGUNDES, Morivalde de Calvet – Lobo da Costa, ascensão e declínio de um poeta (Ed. Sulina, 1954)
- CLEMENTE, Elvo – Aspectos da vida e obra de Lobo da Costa (Ed. Selbach, 1953)
- SAPPER, Ângela Treptow; ZANOTELLI, Jandir João. Lobo da Costa, obra completa. Pelotas: EDUCAT, 2003.
- MOREIRA, Alice Campos. Obra poética Lobo da Costa. Porto Alegre: IEL, 1991.
[editar] Ligações externas
[1] Lobo da Costa no Jornal da Poesia
[2] Biografia de Lobo da Costa no jornal Eco do Sul
[3] Poema "Aquele ranchinho", de Lobo da Costa no jornal Eco do Sul