Madre de Deus (navio)
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Madre de Deus foi um navio português de grande tonelagem, que fazia a Carreira da Índia no século XVI.
De acordo com o historiador David Landes, "era maior do que qualquer navio que os ingleses alguma vez tinham visto", "três vezes o tamanho do maior navio em Inglaterra".
Em 1592, em viagem de regresso da Índia para Portugal, carregado com centenas de toneladas de especiarias, jóias, pérolas e outras cargas preciosas, foi capturado por um esquadrão inglês ao largo do Arquipélago dos Açores e conduzido ao porto de Dartmouth.
O valor estimado da carga equivalia à metade das finanças públicas inglesas. No entanto, os roubos ao espólio do navio atracado naquela doca britânica fizeram com que a Coroa acabasse por receber apenas uma fração daquilo a que tinha direito.
A raínha Elizabete I enviou Sir Walter Raleigh para pôr cobro aos roubos e colectar os impostos. De acordo com Landes, "juntamente com o resgate de Atahualpa, [o Madre de Deus] foi provavelmente o maior saque da história. E tal como o resgate de Atahualpa, foi o criador de um apetite imensamente potente. Este sopro de riqueza, esta premonição das riquezas do oriente galvanizou o interesse inglês por estas terras distantes e colocou o país (e o mundo) num novo rumo."