Marcelo Caron
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Denísio Marcelo Caron (São José do Rio Preto, 1962) é um médico brasileiro. Foi acusado de ter provocado a morte de cinco mulheres e deformações físicas gravíssimas em 29 por complicações em cirurgias de lipoaspiração, realizadas no Estado de Goiás e no Distrito Federal nos anos de 2000 a 2002.
[editar] Os fatos
O médico Marcelo Caron não estava habilitado a realizar cirurgias plásticas, mas mesmo assim apresentava-se como especialista em lipoaspiração, quando clinicava em Goiânia,. Ele tentou obter o título de especialista junto à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mas teve seu pedido negado, por não ter apresentado todos os documentos necessários, e em 7 de abril de 2000 foi desligado da entidade. ‘
Apesar disso, continuou a realizar lipoaspirações em seu consultório, provocando a morte de três pacientes mulheres entre março de 2000 e março de 2001. A morte das três foi causada por infecção generalizada decorrente de erros no procedimento médico.
O Ministério Público goiano iniciou investigações, mas desde logo obrigou Caron a firmar compromisso de não clinicar até que as investigações das outras queixas feitas contra ele fossem concluídas.
Beneficiado pela demora dos promotores de Goiás em oferecer denúncia, Caron mudou-se então para o Distrito Federal e passou a realizar lipoaspirações em um hospital de Taguatinga. Contrariando a lei, exercia a profissão valendo-se de seu registro no Conselho Regional de Medicina em Goiás, sem fazer o registro secundário obrigatório no CRM-DF. Dificilmente obteria este registro pois estava respondendo a 35 sindicância no CRM-GO.
Em Taguatinga, duas pacientes vieram a falecer nas mesmas condições das mulheres goianas, o que levou Caron a prisão em fevereiro de 2002, da qual saiu quatro dias depois por força de hábeas corpus. Diante desses fatos, seu registro de médico foi definitivamente cassado.
Com sucessivos recursos, Caron tem evitado a conclusão dos processos penais a que responde em Goiás e no Distrito Federal. Mas recentemente, o ex-médico foi condenado a pagar R$ 200 mil de indenização à família de Grasiela Murta de Oliveira, por danos morais. A jovem morreu em fevereiro de 2002, vítima de insuficiência renal, respiratória e hepática. Ela morreu depois de passar por cirurgia de lipoaspiração no abdome, coxa e nádegas, realizada por Caron.
O ex-médico se recolheu a sua cidade natal, São José do Rio Preto, em São Paulo, onde mora com sua mãe. Está desempregado e cursa a Faculdade de Direito local, enquanto aguarda a realização do primeiro dos muitos júris a que deverá comparecer como réu, previsto para maio de 2007, em Taguatinga, DF, quando será julgado por exercício ilegal da Medicina e pelas mortes de Graziela Murta Oliveira e de Adcélia Martins de Sousa.
[editar] Ligações externas
- Correio Braziliense: entrevista com Caron
- [1][2][3][4] Caron na mídia