Maria Teresa de Bragança
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D. Maria Teresa Francisca de Assis Antónia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Miguela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança e Bourbon (Queluz, 29 de abril de 1793 — Trieste, 17 de janeiro de 1874). Princesa da Beira, Infanta da Espanha e Condessa de Molina.
Filha primogênita de João VI de Portugal e de D. Carlota Joaquina, sendo a filha predileta do rei. Foi Princesa da Beira desde seu nascimento até 21 de março de 1795, quando nasceu seu irmão mais novo D. Francisco António.
Veio com a Família Real Portuguesa em 1808, na fuga para o Brasil. Casou-se em 13 de maio de 1810, com seu primo o Infante Pedro Carlos de Bourbon, príncipe espanhol, e ficou viúva deste em 26 de maio de 1812, enquanto estava grávida do filho de ambos, Dom Sebastião de Bourbon y Bragança.
Durante o período em que esteve morando no Brasil, com a corte de seu pai, o rei D. João VI, tornou-se uma grande amiga da imperatriz brasileira, D.Leopoldina de Áustria, sendo uma das pessoas que colaboraram para a adaptação desta aos costumes da corte portuguesa.
Muito conservadora, ela foi aliada de seu irmão, D. Miguel em seu intento de obter a coroa de Portugal, durante a Guerra Civil de 1826-34, e também foi aliada de seu tio e cunhado, Dom Carlos de Bourbon, conde de Molina, no seu intento de obter a coroa da Espanha, durante o reinado de Isabel II de Espanha, sua prima e filha do rei Fernando VII de Espanha. A Princesa D. Maria Teresa, participou ativamente da Primeira Guerra Carlista apoiando o Partido Carlista.
Em 15 de janeiro de 1837, as Cortes da Espanha excluíram-na da sucessão do trono espanhol, bem como a seu único filho D. Sebastião, até a restauração deste em 1859 à sucessão do trono espanhol. Em Portugal, seus sucessores e os de D. Miguel também foram excluídos da sucessão do trono português.
Casou pela segunda vez em Salzburgo, Áustria, em 2 de fevereiro, por procuração, e em Azcoitia, 20 de outubro de 1838 em pessoa, com o seu tio materno o Príncipe Dom Carlos Maria de Bourbon, conde de Molina. Deste casamento não resultaram herdeiros, porém ela cuidou com muito carinho dos enteados, que eram também seus sobrinhos. Depois do falecimento do segundo esposo, viveu ainda por 19 anos.
Faleceu em 17 de janeiro de 1874, na cidade de Trieste. Está sepultada na Catedral de Trieste.
