Martim Codax
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Martim Codax jogral galego medieval (do século XIII e inícios do XIV).
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[editar] Vida
A sua origem não é clara, o jogral procede provavelmente do sul da Galiza, de Vigo (já que há numerosas referências a esta cidade), ou da Ilha de São Simão, em Redondela. Viveu entre a segunda metade do século XIII e começos do século XIV. Nâo há muitos dados sobre a identidade deste jogral.
[editar] Obra
As suas cantigas de amigo estâo consideradas as mais importantes da lírica trovadoresca galaico-portuguesa, muito embora o corpus literário a ele atribuído se limite a sete cantigas de amigo que figuram em dois dos três cancioneiros da lírica galego-portuguesa (o da Biblioteca Vaticana e o da Biblioteca Nacional de Lisboa), bem como no pergaminho Vindel, onde que figura o seu nome como autor das composições.
A descoberta deste pergaminho deveu-se à sorte: ocorreu quando Pedro Vindel a princípios do século XX o encontrou na sua biblioteca, servindo de forro a um exemplar do De officiis de Cícero.
Os poemas de Martim Codax que figuram no pergaminho sâo os seguintes (sem título, citam-se pelo seu primeiro verso)
Ondas do mar de Vigo
Mandad'ey comigo
Mha irmana fremosa treydes comygo
Ay Deus se sab'ora meu amado
Quantas sabedes amar amigo
'En o sagrad' em Vigo
Ay ondas que eu vin veer
No pergaminho Vindel conserva-se também a notação musical destas cantigas. Durante largo tempo fui este o único testemunho conservado da música dos trovadores galego-portugueses. Em 1990, a estas músicas se veio juntar um outro testemunho musical, o das sete cantigas de amor de D. Dinis conservadas no chamado Pergaminho Sharrer (encontrado pelo Prof. H. Sharrer na Torre do Tombo de Lisboa).
Na Galiza dedicou-se-lhe o prémio do Dia das Letras Galegas do ano 1998 (junto com Joam de Cangas e Meendinho).