Michel Tournier
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Michel Tournier é um escritor francês. Nascido em Paris em 19 de Dezembro de 1924. Estudou em Saint-Germain en Laye e no lycée Pasteur de Neuilly. Seguiu o curso de Filosofia na Sorbonne e na Universidade de Tübingen. Trabalhou na rádio Radiodiffusion Française e na Europe I.
Define-se como “contrabandista da filosofia” procurando englobar alguns filósofos nos seus contos e histórias. Ele julga o valor das suas obras em função do inverso das idades dos seus leitores. É considerado um autor de crianças, defendendo-se dizendo “eu não escrevo para as crianças, escrevo antes com um ideal de brevidade, de clareza e de proximidade ao concreto”. Considera os seus contos Pierrot e os Segredos da Noite e Amandine ou Les Deux Jardins, como as suas melhores obras porque são de inspiração metafísica e a paixão das crianças de 6 anos.
Michel Tournier vive em Vallée de Chevreuse a 40km a sudoeste de Paris no presbitério duma minuscula vila.
Distinções :
- Grande prémio de romance da Académie Française em 1967 pelo seu romance Sexta-feira ou A Vida Selvagem ;
- Prémio Goncourt em 1970 por unânimidade pelo seu romance Le Roi Des Aulnes ;
- Membro d Académie Goncourt em 1972 ;
- Medalha Goethe em 1993 ;
- Doctor Honoris Causa da Universidade de Londres em 1997.
“Um encontro entre a imagem e a palavra”. Com este título Stefania Bril, fotógrafa brasileira, inicia reportagem-entrevista com Michel Tournier, para a edição de novembro de 1987 da revista Iris Foto, auto-intitulada a revista da imagem.
Entre tantos signos, termo que prefere para a forma de expressão utilizada através da palavra escrita e tornada assim compreensível, Tournier conta da sua paixão também pela imagem. Foi um dos fundadores dos “Encontros Fotográficos de Arles”. Apesar der ter fotografado muito e até bem, não se julga fotógrafo pois diz que não consegue “assinar” uma imagem. É objetivo, por isso nulo. Ou seja, não consegue dar à imagem uma característica reconhecidamente sua, como o fazia Cartier-Bresson, Boubat ou Doisneau. Enquanto a palavra pressupõe um certo saber, a imagem é universal e portanto mais fácil de entender. No entanto, se for apenas reflexo, imagem-espelho, uma reprodução exata da realidade, torna-se nula como arte, remete ao passado excluindo a liberdade, a interpretação, completa Michel.
Nessa entrevista, Stefania percebe que Tournier, contador de hitórias e apaixonado pelas palavras, a essência de tudo, nem percebe que “conta” em imagens. Por isso ele é dono da palavra, mas não da própria escrita. Michel pensa que tanto numa como noutra forma de expressão, são dois os autores: o que escreve e o que lê. No caso da fotografia. só quando “lida” e re-imaginada pelo espectador, começa viver.