Movimento Quatro de Maio
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Em 14 de agosto de 1917 os chineses declaram guerra à Alemanha, na esperança de contar com a colaboração das potênciais colônias no período pós-guerra. Solicitavam que as grandes potências renunciassem às suas esferas de influências na China, que as tropas estrangeiras fossem retiradas, que lhes fossem abolidas a jurisdição consular e os correios postais estrangeiros e, por último, que lhes fossem devolvidas as concessões e territórios arrendados, bem como a restituição das alfândegas. No grande Tratado de Paris de 1919, acertado entre vencedores e derrotados da Iª Guerra Mundial, as demandas chinesas para por fim ao estatuto semicolonial em que a China se encontrava não foram aceitas, pois a Inglaterra, a França e o Japão negaram-se a acatá-las, apesar delas terem o apoio do Presidente Thomas Woodrow Wilson.
O fracasso dos diplomatas chineses na Conferência de Paz de Paris(1919) provocou enormes manifestações estudantis em Pequim, voltadas não só contra a dominação estrangeira como contra a impotência do governo. A explosão social que teve início em 4 de maio de 1919 estendeu-se por diversas regiões do país congregando estudantes, jornaleiros, artesãos e trabalhadores. Os ministros filo-nipônicos foram obrigados a renunciar e a China não assinou o Tratado de Paz. O que não alterou em nada a situação em que se encontrava. Para os historiadores da China Contemporânea porém, o Movimento Quatro de Maio é o marco da grande marcha rumo à libertação nacional. A rebelião estudantil e operária acendeu a chama do radicalismo político como exerceu enorme influência cultural com sua crítica acerbada ao confucionismo e ao imobilismo social da China. Os antigos valores entravam definitivamente em declínio. Para a nova geração de chineses urgia dotar o país de condições teóricas e culturais que superassem a mediocridade e a paralisia em que se encontrava, além da vexatória subordinação às potências colonialistas.
A insatisfação contra o Tratado de Versalhes tem reações distintas na Alemanha e na Itália, onde nazistas e fascistas vão capitalizar a frustração nacional gerada pela iniqüidade do Tratado e igualmente denunciar a fraqueza dos seus governantes perante as potências vencedoras.