Napster
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Napster foi o primeiro programa de compartilhamento massivo de arquivos através de tecnologia peer-to-peer. Criado por Shawn Fanning, o programa compartilhava somente arquivos de música no formato MP3. A tecnologia peer-to-peer ja havia sido usada em outras aplicações, mas a forma com foi empregada pelo Napster revolucionou para sempre a forma de se obter e comprar música.
O Napster permitia que os usuários baixassem arquivos diretamente nos computadores de outros usuários. Criou assim, uma imensa comunidade global com milhares de músicas disponíveis, onde um usuário baixava do outro e disponibilizava suas músicas para toda a rede.
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[editar] História
A primeira versão foi lançada na Internet em 1999. Seu criador visava facilitar a forma com obtinha músicas MP3 na Internet - nesta época, isso não era tarefa fácil, era preciso domínio de muitas ferramentas e sobretudo paciência. Foi então que Shawn Fanning teve a brilhante idéia: "Que bacana que seria se todo mundo pudesse compartilhar suas coleções de músicas e baixar novos arquivos MP3 diretamente nos computadores dos outros usuários."
O Napster começou a ganhar popularidade já no início de 2000 quando também veio a se tornar uma empresa. Novas versões eram lançadas mensalmente e o número de usuários quadruplicava todas as semanas. Em seu auge, em Janeiro de 2001, o Napster teve um pico de 8 milhões de usuários conectados trocando diariamente um volume estimado de 20 milhões de canções.
No início de 2001 não resistiu a uma série de ações legais e o serviço foi fechado em março. Várias companhias da industria fonográfica decidiram processar o serviço, acusando de promover a pirataria e possibilitar a troca de arquivos de áudio protegidos por copyright. Os servidores do Napster foram desligados após uma batalha judicial travada entre seus operadores e a Recording Industry Association of America (RIAA) e, em dezembro de 2002, foi comprado pelo grupo Roxio, fabricante de softwares para gravação de CD e DVD, e passou a vender as músicas arquivadas aos usuários. As grandes empresas da indústria fonográfica, como a Sony e a Warner acusaram o Napster de violar a Lei de Copyright, ajudando a disseminar ilegalmente arquivos protegidos por tal lei. A banda Metallica se declarou publicamente contra o Napster, movendo ações legais.
Mas a revolução não acabou e mudou a industria fonogáfica para sempre: isso porque novos programas que faziam o mesmo que o Napster surgiram no mesmo ano - Kazaa, eDonkey, Morpheus, Audiogalaxy.
[editar] Lições aprendidas com o Napster
O Napster demonstrou a praticidade de se construir um serviço útil e de larga escala que depende quase totalmente dos dados e dos computadores de simples usuários de internet.
Para previnir que usuários que compartilhavam arquivos muito procurados - uma música lançamento por exemplo - ficassem com seus computadores "atolados", o Napster levava em consideração a área geográfica da rede - o número de saltos entre o cliente e a fonte - para alocar um servidor para uma requisição do cliente. Este recurso possibilitou ao serviço medir em escala as necessidades de um grande número de usuários.
[editar] Limitações
O Napster usava um índice unificado de todos os arquivos disponíveis e não fazia checagem de versão. Para arquivos como músicas digitais, isto não era um problema, pois as músicas nunca são atualizadas, mas para alguns outros tipos de arquivos (como softwares por exemplo) isto era um problema.