Nick Drake
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Nome completo: | Nicholas Rodney Drake |
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Origem(ns): | Ragum, Birmânia |
País de nascimento: | Reino Unido |
Data de nascimento: | 19 de junho de 1948 |
Data de morte: | 25 de novembro de 1974 |
Apelido: | {{{apelido}}} |
Período em atividade: | 1968 - 1974 |
Instrumento(s): | Voz - Violão, piano |
Modelo(s) de instrumentos: | {{{modelos}}} |
Discos vendidos: | {{{discos vendidos}}} |
Gênero(s): | Folk music |
Gravadora(s): | Island |
Afiliação(ões): | {{{afiliações}}} |
Website: | Nick Drake Estate Official Site |
Nicholas Rodney Drake (Rangum, 19 de junho de 1948 — 25 de novembro de 1974), foi um cantor e músico britânico, nascido na antiga Birmânia.
Tal origem deve-se ao facto de os seus pais estarem lá em trabalho. Quando tinha cinco anos, a família de Nick mudou-se de volta para Inglaterra. Os Drake viviam numa pequena vila chamada Tanworth-In-Arden, próxima de Birmingham, numa grande casa de tijolos vermelhos a que chamavam "Far Leys". Ainda em criança, Nick aprendeu a tocar piano, graças à mãe, Molly Drake, pianista, violoncelista, cantora e compositora. Filho de uma família rica, estudou nos melhores colégios de Inglaterra, entre os quais Marlbourough, onde aprendeu a tocar clarinete, sax alto e violão.
Adolescência
Em 1966 mudou-se para França, onde começou a compor. Em finais de 1967, Nick foi estudar Literatura na Universidade de Cambridge. Lá começou a apresentar-se para os amigos e também em pequenos festivais, demonstrando já uma incrível habilidade com o violão, e um enorme talento para a composição. Nick Drake era considerado charmoso e elegante, fazendo sucesso entre as mulheres. Também era muito calado e introspectivo, não tinha muitos amigos e ninguém sabia nunca o que realmente se passava dentro dele. Costumava ficar sozinho, estudando a sua guitarra. Às vezes saía para ir a um pub, mas ia sempre embora antes de toda a gente. Nick nunca teve relacionamento amoroso confirmado, o que fez com que seus amigos suspeitassem de uma possível homossexualidade. Além de tudo isso, era extremamente sensível e magoava-se com bastante facilidade. Gostava muito de conduzir automóvel, sentia-se melhor quando o fazia e por diversas vezes conduzia até a gasolina do carro acabar. Desprezava tanto o dinheiro que nem trocos levava consigo. Por várias vezes teve de pedir a amigos e aos pais que o levassem de volta para casa.
Índice |
[editar] Carreira
Em fevereiro de 1968 foi descoberto por Ashley Hutchings, baixista da banda folk inglesa Fairport Convention e teve o seu nome recomendado a Joe Boyd, famoso produtor folk.
[editar] Primeiro disco
Five Leaves Left, lançado em setembro de 1969. Um disco com bastante influência da música clássica, seja nos arranjos de cordas e de sopros ou na postura de Nick. É extremamente bonito e delicado. Apesar das boas críticas, o disco não vendeu bem e Drake decidiu então abandonar os estudos para se dedicar integralmente à carreira musical e ao seu segundo disco.
[editar] Segundo disco
Quando sw mudou para um apartamento no centro de Londres passou o inverno europeu de 1969-70 sozinho, trabalhando as canções que entraram no seu segundo disco, Bryter Layter, lançado em novembro de 1970. Este um disco com forte influência de jazz, um pouco mais alegre que o anterior, mas um pouco mais turvo e sombrio nas letras. Por essa época, o que era apenas uma forte timidez e um senso de solidão um tanto exagerado transformava-se em depressão.
Apesar dos esforços da sua gravadora, a Island Records, "Bryter Layter" também não vendeu bem. O problema era que Nick não gostava de fazer shows. Sentia-se muito incomodado em se apresentar sozinho para uma plateia que não conhecia. Não conseguia ser simpático e por vezes saía do palco sem dizer uma unica palavra. Numa época em que não havia video-clipes e a imprensa especializada era arcaica, a única maneira de ser conhecido era através de espectáculos. Nick acabou decepcionado com o mundo. Acreditava poder mudar as pessoas com a sua música mas a falta de sucesso dos seus discos, fez com que mergulhasse em profunda depressão. Nesta altura alguns amigos uniram-se para o ajudar.
[editar] Terceiro disco
Chris Blackwell, dono da Island, emprestou a Nick a sua casa no litoral espanhol. Algumas semanas depois voltou sentindo-se melhor. Apesar da Island não esperar (ou querer) um terceiro álbum, Nick procurou John Wood (engenheiro de som que trabalhou nos discos anteriores) e disse que queria gravar. Pink Moon, foi lançado em Fevereiro de 1972. Gravado em apenas 2 noites, Pink Moon é visivelmente depressivo, tendo apenas Nick e a sua guitarra, com letras tristes e pessimistas. Drake já havia expressado descontentamento com a sonoridade do álbum Bryter Layter, acreditando que os arranjos de cordas, saxofone e outros instrumentos de sopro havia criado um som "muito cheio, muito elaborado". Ao completar o álbum, Drake deixou as gravações na mesa da recepcionista da Island Records e deixou o prédio sem falar com ninguém. As fitas lá ficaram ignoradas até a semana seguinte. Pink Moon vendeu ainda menos cópias do que seu predecessores, apesar de receber algumas críticas favoráveis.
[editar] Depressão e morte
Voltou a casa dos pais e o seu estado psicológico piorou bastante. Apesar de não gostar de fazer shows (quando os fazia, ficava o tempo todo de cabeça baixa, olhos fechados e não se comunicava com a platéia), Nick tinha extrema necessidade de se tornar famoso e reconhecido, por isso, às vezes ligava a estranhos para perguntá-los se conheciam algum cantor chamado Nick Drake.
A família, preocupada com o estado de saúde de Nick, forçou-o a ver um psiquiatra. Foi-lhe prescrito um antidepressivo e Nick chegou a ficar cinco semanas internado num hospital psiquiátrico. Decidiu largar a música e tentou arranjar um emprego. Desistiu disso e no resto de seus dias fazia viagens ocasionais a Londres e à França, onde visitava amigos. Costumava aparecer sem avisar, ficava por um dia ou às vezes por uma semana e ia embora da mesma maneira que chegava. Ele, que antes era um rapaz de poucas palavras, parou de falar. Ocasionalmente conversava com a mãe ou com um de seus melhores amigos, mas eram raras as ocasiões em que ele falava algo que não fossem monossílabos ou grunidos. Certa vez disse a sua mãe, "eu falhei em tudo que tentei fazer". A medicação que Nick tomava provocou mudanças em seu comportamento. Brigou feio com Joe Boyd; disse, em outra ocasião, a John Wood:
Eu não sinto nenhum emoção sobre nada. Eu não quero rir nem chorar. Estou dormente; morto por dentro. |
Nick Drake
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Em julho de 1974 Nick procurou Joe Boyd dizendo que tinha algumas canções para gravar. Essas canções viriam a ser seu quarto álbum. Mas ele desistiu das gravações e não teve tempo de retomá-las.
[editar] A polêmica morte
Na noite de 24 de novembro, Nick foi dormir mais cedo que o normal. Costumava ter noites ruins e aparentemente levantou no meio da madrugada para tomar suas pílulas de Tryptizol. Na manhã seguinte, foi encontrado atravessado na cama por sua mãe com vários discos espalhados no chão. No prato do som, um dos concertos de Bach. Estava morto. Sua morte aconteceu por volta de 6 da manhã por overdose de Tryptizol.
Até hoje se discute se foi acidental ou se realmente foi um suicídio. Talvez uma parada cardíaca causada pelo antidepressivo. A família afirma que ele estava mais feliz na época de sua morte e que não se mataria. Entretanto, o juiz que investigou o caso afirmou que foi suicídio.
Nick Drake está enterrado em um cemitério de Tanworth-in-Arden.
[editar] Reconhecimento da obra
Em 1993, a revista TIME colocou Five Leaves Left entre os 100 melhores albúns de todos os tempos.Seus 3 discos estão na lista criada pela revista Rolling Stones dos 500 maiores albúns da história. É considerado um dos compositores mais influentes dos últimos 50 anos. No Brasil, Renato Russo, gravou Clothes of Sand, e certa vez, demonstrou o desejo de gravar um disco somente com músicas de Nick Drake. Suas músicas já foram utilizadas como parte da trila sonora de vários filmes, entre eles: Os excêntricos Tenembauns, A Casa do Lago e Escrito nas Estrelas.
"Fruit Tree" em 1979, que reúne seus 3 discos. Anos depois, fuçando os arquivos da Island, descobriu sobras de estúdio que estavam completamente esquecidas. Em 1986, o álbum "Time Of No Reply". Em 1992 saiu a coletânea "Way To Blue" e, mais recentemente. Em 2004, saiu "Made To Love Magic", que contém versões demo de canções anteriormente gravadas. O grande boom em torno de sua obra só ocorreu mesmo quando a Volkswagen usou a canção "Pink Moon" em um comercial. Há também um livro que conta toda a sua vida, escrito pelo jornalista Patrick Humphries, e um documentário entitulado "A Skin Too Few", que conta com depoimentos de amigos e de Gabrielle Drake, irmã de Nick.
[editar] Discografia
- Five Leaves Left (1969)
- Bryter Layter (1970)
- Pink Moon (1972)
- Fruit Tree (1979)
- Time Of No Reply (1986)
- Way To Blue (1992)
- Made To Love Magic (2004)
[editar] Ligações externas