Panteão de Paris
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O Panteão (ou Panthéon) de Paris é um edifício situado no monte de Santa Genoveva, no 5.º arrondissement de Paris, em pleno Quartier latin. À sua volta dispõem-se alguns edifícios de importância, como a igreja de Saint-Étienne-du-Mont, a Biblioteca de Santa Genoveva, a Universidade de Paris-I (Panthéon-Sorbonne), a prefeitura do 5.º arrondissement e o Liceu Henrique IV. Da rua Soufflot consegue-se uma perspectiva favorável do Panteão, a partir do Jardim do Luxemburgo.
Tem 110 metros de largura e 84 metros de largura. A fachada principal está decorada com um pórtico de colunas de estilo coríntio que apoiam um frontão triangular da autoria David d'Angers. O edifício, em forma de cruz grega, é coroado por uma cúpula de 83 metros de altura, com um lanternim no topo. O seu interior está decorado por pinturas académicas de Puvis de Chavannes, Gros e Cabanel, entre outros.
[editar] História
Em 1744, sofrendo de uma doença considerada grave, Luís XV de França fez o voto de criar uma igreja em honra de Santa Genoveva, caso sobrevivesse. Restabelecido, encarregou o marquês de Marigny, director geral dos edifícios reais, de erigir um igreja no local da antiga abadia de santa Genoveva, então em ruínas. Em 1755, o marquês de Marigny confiou a responsabilidade do projecto ao arquitecto Jacques-Germain Soufflot.
As fundações começaram a ser escavadas em 1758 mas, devido a dificuldades financeiras e à morte de Soufflot em 1780, a sua construção foi retardada. Foi finalmente retomada por um associado de Soufflot, Jean-Baptiste Rondelet, em 1791. A Assembleia Nacional decidiu, entretanto, que o edifício deveria servir de necrópole para as mais grandiosas individualidades de França. O edifício foi modificado neste sentido, e o frontão contém a seguinte inscrição: « Aux grands hommes, la patrie reconnaissante. » - aos grandes homens, a pátria reconhecida.
Em 1851, o astrónomo Jean Bernard Léon Foucault realizou aí uma experiência científica destinada a provar que a Terra roda em torno de um eixo (pêndulo de Foucault).
A 21 de Maio de 1981, a tomada de posse do septenato de François Mitterrand foi marcada por uma cerimónia no Panteão durante a qual prestou homenagem a Jean Jaurès, Jean Moulin e Victor Schœlcher, pousando uma rosa vermelha junto às suas sepulturas.
[editar] Individualidades homenageadas ao serem sepultadas no Panteão
A primeira mulher a ser sepultada no Panteão de Paris foi Sophie Berthelot, não pelo que fez em vida, mas para a não separar do marido, Marcellin Berthelot. Os túmulos (67 até à data) situam-se na cripta do monumento.
Encontram-se aí (ou, pelo menos, têm aí um memorial):
- Marcellin Berthelot
- Claude Louis Berthollet
- M. F. Xavier Bichat
- Louis Braille
- Sadi Carnot
- René Cassin
- René Descartes (restos mortais foram transladados da Suécia)
- Marie Curie
- Pierre Curie
- Georges Cuvier
- Jacques-Louis David
- Alexandre Dumas
- Fénelon
- Victor Hugo
- Jean Jaurès
- O Marquês de La Fayette
- Marquês de Laplace
- Chrétien-Guillaume de Lamoignon de Malesherbes
- André Malraux
- Mirabeau
- Gaspard Monge
- Jean Monnet
- Jean Moulin (em memória, já que o seu corpo nunca foi reencontrado)
- Jean-Jacques Rousseau
- Victor Schœlcher
- Voltaire
- Émile Zola