Patrícia Melo
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Patrícia Melo é paulistana e uma respeitada escritora do Brasil. Sua obra já foi lançada em nove países e, em seus três primeiros romances, Acqua Toffana (1994), Matador (1995) e Elogio da Mentira (1998), dedicou-se a investigar a mente de criminosos.
Inferno é o livro mais denso e arrojado da autora. Em 376 páginas, ela traça um rico painel de personagens do Rio de Janeiro. O protagonista da epopéia carioca é Reizinho, um moleque de 11 anos ex-viciado em crack que se torna traficante no Morro do Berimbau. No olhar que lança sobre a metrópole injusta — do apartamento em bairro famoso aos barracos na favela —, ela exibe a violência em suas várias faces e disfarces. Valsa Negra é uma obra que trata do ciúme, como pano de fundo, o aristocrático mundo das orquestras. O romance fala de uma doença humana: o sentimento de posse mediante um orgulho inquebrável.
Patrícia Melo estreou como autora teatral com a peça Duas Mulheres e um Cadáver (2000), com Fernanda Torres e Débora Bloch no elenco. Como roteirista, já transformou literatura em cinema, alguns de seus roteiros são: O Xangô de Baker Street, de Jô Soares e O Caso Morel e Bufo & Spallanzani, que são baseados em obras de Rubem Fonseca. A admiração de Patrícia por Rubem Fonseca é recíproca. É ele quem assina a adaptação do livro Matador para o cinema.
Patrícia Melo já teve uma experiência como roteirista televisiva: é dela a autoria da minissérie "Colônia Cecília", que foi ao ar em 1989 na Rede Bandeirantes.
Patrícia Melo é casada com o maestro John Neschling e é mãe de Luiza.