Petroleiro
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Um petroleiro é um tipo particular de graneleiro, utilizado para o transporte de hidrocarbonetos, nomeadamente petróleo bruto (petroleiros para pretos) e derivados (petroleiros para brancos). Desde meados da segunda década do século passado (século XX) que são criados exclusivamente para este fim. Actualmente, os petroleiros dividem-se entre navios de um só casco e os de casco duplo: nos primeiros, o próprio casco do navio é também a parede dos tanques de petróleo, enquanto nos navios de casco duplo duas paredes de aço separadas cumprem cada uma destas funções. A legislação de muitos países estabeleceu uma data a partir da qual petroleiros de casco simples serão proibidos de entrar nas suas águas territoriais.
Os petroleiros são, em média e no limite, os maiores navios que existem. Os maiores objectos móveis alguma vez construídos pelo Homem eram petroleiros:
Jahre Viking, construído em 1976, 458 metros de comprimento e capacidade para 564 mil toneladas de crude. Ainda hoje navega, tendo sido reconvertido numa FSO (Floating Storage and Offloading);
Pierre Guilaumat, construído em 1977, 414 metros de comprimento e capacidade para 555 mil toneladas de crude. Foi abatido em 1983.
Batillus e Bellamya, construídos em 1976, também de 414 metros de comprimento, capacidade para 553 mil toneladas de crude. Foram abatidos respectivamente em 1986 e em 1986. Eram navios "gémeos".
Quando se fala num "petroleiro de 500 mil toneladas", as pessoas tendem a julgar que essa embarcação pesa esse valor. No entanto, tal indicação refere-se ao porte, ao peso máximo de carga que o navio suporta antes de ser posta em risco a sua flutuabilidade. O peso em si do navio é denominado, entre os profissionais, por deslocamento, uma vez que, segundo o principio de Arquimedes, qualquer corpo que imerso em água desloca um peso de volume de água correspondente ao seu próprio peso.
A maioria dos petroleiros de grande porte é, por isso, incapaz de atracar em portos convencionais, tendo que utilizar terminais específicos construídos em alto mar ou efectuar transfegas para navios menores, denominados lifters.
Cada um destes navios consumia em média, e em alto amr, aproximadamente 300 toneladas de combustível por dia. Contudo, comparativamente com o seu tamanho e com a carga transportada, esta quantidade é relativamente pequena.
Os acidentes que envolvem superpetroleiros tendem a chamar a atenção pública pela escala do desastre ecológico individual, sendo recorrentes as imagens de pássaros cobertos de petróleo. Apesar disso, a quantidade de petróleo derramada em tais acidentes esporádicos é, no seu conjunto, muito pequena quando comparada com o total que é vazado diariamente de petroleiros, oleodutos e postos de gasolina.