Pneumático
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Um pneumático (do grego πνευματικός, relativo ao pneu, ao ar), mais conhecido simplesmente por pneu, é um artefato circular feito de borracha, o qual pode ser inflado com ar ou com água. Utilizada por veículos em geral, como carros de passeio, caminhões, tratores, bicicletas, carros de mão etc.
O produto é de cor negra devido ao fato de, durante a fabricação, ser adicionado negro de fumo à composição da borracha. Sem esse elemento, os pneus se desgastariam muito rapidamente.
Os pneus, de modo geral, tem como durabilidade de 35 mil a 70 mil quilômetros, tudo dependendo dos cuidados do usuário e do tipo de pneu (off-road, esportivo, entre outros). Alguns cuidados a serem tomados são o balanceamento e alinhamento a cada cinco mil quilômetros e o rodízio de pneus(em Portugal chamado "rotação ou cruzamento dos pneus") geralmente em modo "x" (modo cruzado), o qual deve ser feito a cada 10 mil km, até o pneu atingir a "meia-vida" ou profundidade dos sulcos de aprox. 3,5mm. Depois desta profundidade, deve-se deixar o pneu mais gasto no eixo dianteiro, pelas razões que serão explanadas mais adiante. A calibragem dos pneus deve ser feita semanalmente, com a pressão recomendada pelo fabricante do veículo.
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O pneu deve ser substituído quando seus sulcos atingirem a profundidade de dois milímetros (de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, por exemplo). Essa profundidade é apontada quando o desgaste atigir as ranhuras inferiores, indicadas pela sigla T.W.I. (Tire Wasting Indicator). Caso haja bolhas ou deformações, o pneu deve ser prontamente substituído, independentemente da profundidade dos seus sulcos, pois o pneu está estruturalmente comprometido.
Quanto menor a profundidade dos sulcos, maior a probabilidade de aquaplanagem. A aquaplanagem é o efeito que ocorre quando as ranhuras não dão conta de drenar a água existente entre a borracha e o asfalto, fazendo com que o pneu se movimente sobre uma película de água, praticamente sem atrito com o asfalto. A maioria dos acidentes rodoviários envolvendo um único veículo, em dias de chuva, deve-se ao fenômeno da aquaplanagem. Para se ter uma noção de grandeza, um pneu novo a 90 km/H pode drenar até 5 litros de água por segundo, dependendo das condições de microdrenagem da superfície do asfalto.
Além da profundidade dos sulcos, a probabilidade de aquaplanagem varia conforme a velocidade e pressão de calibragem do pneu.
Existem pneus com desenho simétrico e com desenho assimétrico das ranhuras. Nos pneus assimétricos, deve haver uma indicação na lateral do pneu instruindo sobre a correta posição de instalação. No pneu simétrico, a primeira instalação pode ser feita em qualquer posição, pois as ranhuras sempre ficarão na mesma geometria.
É importante ressaltar que o sentido de rotação do pneu não deve ser alterado ao longo de sua vida útil. Caso seja efetuada a inversão do sentido de rotação, o desgaste fatalmente será maior, inutilizando o procedimento de rodízio. Tal fato ocorre porque a estrutura da borracha, que foi solicitada por muito tempo em um determinado vetor de força, passa a sofrer uma solicitação contrária, fazendo o material se desagregar mais facilmente, por fadiga. Devido a este cuidado, os pneus assimétricos que possuem a indicação de lateral externa não podem sofrer o rodízio cruzado (em x), devendo-se apenas circular os pneus entre o eixo dianteiro e o traseiro do mesmo lado.
O desgaste dos pneus é condicionado pelo modelo do veículo e pelo cuidado com a manutenção dos mesmos. Notadamente, a maioria dos veículos de passeio apresenta um desgaste maior dos pneus dianteiros, devido à predominância da tração dianteira e do maior peso no eixo dianteiro. Culturalmente, na troca de apenas dois dos quatro pneus, é comum o usuário instalar os pneus novos na frente. No entanto, os fabricantes do setor recomendam que os pneus novos sejam sempre colocados no eixo traseiro, via de regra. Tal recomendação visa a maior segurança do usuário, pelas razões que seguem:
1) Se o veículo, na chuva, perder aderência nos pneus dianteiros, instintivamente o condutor tira o pé do acelerador e corrige a trajetória, retomando a aderência e controle facilmente;
2) Se o veículo, na chuva, perder aderência nos pneus traseiros, o controle do veículo dependerá da sensibilidade e experiência do motorista, pois é muito mais difícil controlar o veículo nesta forma de desgoverno. Caso ocorra na curva, a aquaplanagem do eixo traseiro deve ser corrigida girando-se a direção no sentido contrário da curva (esta é a manobra oposta à instintiva - as auto-escolas brasileiras não têm condições de prestar este tipo de instruções aos condutores);
3) Embora seja muito mais fácil controlar um estouro de pneu traseiro do que um estouro de pneu dianteiro (pois o estouro dianteiro torna a direção demasiadamente pesada), se o pneu mais gasto estiver sem deformações ou bolhas, estruturalmente ele é similar ao pneu novo, ou seja, se algo conseguir explodir o pneu que está gasto (porém está estruturalmente intacto), certamente também explodiria o pneu novo. Pode-se concluir, portanto, que é mais seguro instalar os pneus novos nas rodas traseiras e, depois de atingida a meia-vida dos pneus (profundidade dos sulcos aproximada de 3,5 mm), deixar os mais gastos no eixo dianteiro. Ressalta-se, novamente, que se houver bolhas ou deformações, o pneu deve ser prontamente substituído, independentemente da profundidade dos seus sulcos e do eixo de instalação.
[editar] Dimensões dos pneus
Basicamente são quatro as dimensões dos pneus:
- o diâmetro da jante/roda, geralmente é dado em polegadas;
- a largura do pneu, é medida na parte mais larga do pneu, aproximadamente à meia altura. Não corresponde à largura da banda de rodagem. Pode ser expressa em milímetros ou polegadas, dependendo do sistema de codificação;
- a altura do flanco do pneu, quando presente é expresso em percentagem da largura do pneu;
- o diâmetro total do pneu, só esta marcado em pneus off-road de alguns fabricantes que utilizam um sistema de codificação específico para esse tipo de pneu. Nos demais pneus esta medida pode ser calculada a partir três anteriores.
[editar] Sistemas de codificação
Atualmente estão em uso três sistemas de codificação para as dimensões dos pneus.
[editar] Sistema polegadas-polegadas
Tradicionalmente usado nos pneus diagonais este sistema é também usado em alguns pneus radiais para caminhões e ônibus. Nestes pneus a marcação lateral é do tipo L.LL-DD onde:
- L.LL - é a medida da largura do pneu, em polegadas;
- DD - é a medida do diâmetro da roda, em polegadas.
OBS.: nos pneus radiais que utilizam este sistema de codificação existe um "R" antes do "DD" que indica o diâmetro da roda. A medida da altura do flanco não é explicitada neste sistema de codificação, mas será de 100 porcento da largura do pneu quando esta for um número inteiro ou múltiplo de um quarto de polegada. Como exemplos de marcação lateral deste sistema temos:
- 9.00-20 - Pneu para uso em caminhões e ônibus. Este pneu possui largura de 9 polegadas (229 mm) e é montado em rodas de 20 polegadas. A altura do flanco também é de 229 milímetros (100% da largura).
- 5.90-15 - Pneu original do Fusca/Carocha. Este pneu possui 150 mm de largura, e serve em rodas de 15 polegadas. A altura do flanco é diferente de 100 porcento da largura, visto que 5.90 não é número inteiro nem múltiplo de um quarto.
- 11.00-22 - Pneu para uso em caminhões e ônibus. Este pneu possui largura aproximada de 279 milímetros, é montado em rodas de 22 polegadas. A altura do flanco também sera de 279 milímetros.
- 11.00-R22 - Pneu com as mesmas dimensões e aplicação nos mesmos tipos de veículos do anterior. O "R" antes da dimensão da roda indica que é um pneu radial.
[editar] Sistema milímetros/percentagem-polegadas
Os pneus radiais para automóveis e os pneus para caminhões e ônibus do tipo "sem câmara", possuem normalmente uma marcação lateral do tipo xxx/yy Rdd. Esta marcação identifica as medidas do pneu:
- xxx define a largura do pneu em milímetros.
- yy define a relação entre a altura e a largura do pneu, em percentagem. (yy= altura ÷largura X 100)
- R é uma letra que define o tipo de pneu (R=Radial).
- dd é o diâmetro da jante(Pt) / aro ou roda (Br) correspondente em polegadas.
Como exemplos de marcação lateral deste sistema temos:
- 185/60 R15 - Pneu para uso em automóveis. Este pneu possui 185 mm de largura, 60 % destes 185 mm de altura (111 mm) e serve em rodas de 15 polegadas.
- 295/80 R22,5 - Pneu para uso em caminhões e ônibus. Este pneu possui largura de 295 mm, altura do flanco de aproximadamente 236 mm (80% de 295 mm) e é montado em rodas de 22,5 polegadas, sem câmara de ar.
[editar] Sistema para pneus off-road
Alguns fabricantes codificam os pneus para veículos para caminhonetes e jipes, de maneira diferenciada. A marcação é do tipo AAxBB RCC onde:
- AA indica o diâmetro máximo do pneu, em polegadas.
- BB indica a largura máxima do pneu, em polegadas.
- a presença do R indica se tratar de pneu radial.
- CC indica o diâmetro da jante/roda.
Exemplo de pneu codificado por este sistema:
- 31x10.5 R15 - trata-se de um pneu com diâmetro extérno de 31 polegadas, 79 centímetros, largura de 10,5 polegadas (267 mm), radial, para ser montado em roda de 15 polegadas.
[editar] Sistema francês
Foi usado pela Michelin para codificar pneus. As medidas eram expressas em milímetros, inclusive o diâmetro da roda.
[editar] Alguns produtores de pneumáticos
- Bridgestone
- Firestone
- Continental
- Cooper
- Dunlop
- Goodyear
- Hankook
- Kelly Springfield Tire and Rubber Company
- Kumho
- Michelin
- B.F. Goodrich
- Uniroyal
- Pirelli
- Nokian Tyres
- Toyo
- Yokohama
- BS Colway