Sorefame

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SOREFAME é a abreviatura de Sociedades Reunidas Fabricações Metálicas, S. A., uma empresa portuguesa.

[editar] História

Ascenção

A empresa iniciou a sua actividade em 1943, produzindo equipamento para barragens e centrais hidroeléctricas.

Em 1952, a empresa começou a produzir material circulante para caminhos de ferro, exportando-se principalmente para Angola e Moçambique, na altura colónias portuguesas.

Em 1962, com a expansão da rede ferroviária electrificada portuguesa, construiu-se a primeira locomotiva a tracção eléctrica.

Em 1975, 200 carruagens de aço inoxidável são enviadas para suprirem o metro de Los Angeles. Um ano depois, uma encomenda semelhante é enviada para o metro de Chicago.

Queda

Nos anos 70 e 80, surgem vários problemas de ordem financeira, devido aos elevados custos e quedas nas encomendas.

A empresa, atrasada tecnologicamente, não consegue competir com outras empresas internacionais, começando a perder encomendas. No entanto, em Portugal, continua a ser das mais importantes e avançadas unidades industriais, com cerca de 4100 trabalhadores.

Em 1979, é assinado o Acordo de Energia que reserva à SOREFAME o fornecimento de equipamento para as centrais hídricas e de caldeiras médias-pequenas.

Mesmo assim, ainda consegue manter a produção, graças a encomendas feitas pelo Conselho de Administração da CP (Comboios de Portugal). Por exemplo, em 1986 principia-se a produção de 7 Unidades Duplas de via estreita.

Em 1984, uma marcha de trabalhadores, contra os salários em atraso, acabou em confrontos com as forças da ordem. Neste mesmo ano foram vendidas ao Metropolitano de Lisboa 56 unidades duplas em aço inoxidavel ML79.

Em 1994, a fábrica foi comprada pela empresa sueca ABB, que vendeu a parte da fábrica que produzia equipamentos para barragens, e, em 1996, a ABB vende a sua participação de 50% no grupo Adtranz (ABB Daimler-Benz transportation) à Daimler-Benz . A fábrica da SOREFAME na Amadora, tal como as restantes 22 fábricas do grupo, virá a ser vendida à Bombardier.

Em 2004, a Bombardier anuncia o fecho da fábrica da Amadora. Nessa altura, a fábrica empregava 400 trabalhadores.

Apesar de extensas negociações entre a CP, Estado Português e a Bombardier, não se chegou a um consenso. Assim, em 17 de Maio de 2005, o governo avança com o processo de expropriação das instalações da Amadora, processo esse que será conduzido pela REFER, empresa que gere as infra-estruturas ferroviárias em Portugal.