Timbiras
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Timbiras | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
[[Imagem:|250px|none|]] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Timbiras é um município brasileiro do estado do Maranhão. Com uma área de 1.486 km² e uma população que em 2004 era estimada em 28.944 habitantes.
Índice |
[editar] Geografia
[editar] Localização
Localiza-se na mesorregião do Leste Maranhense, mais especificamente na microregião de Codó, a 316 quilômetros da capital São Luís, à margem direita do rio Itapecuru. Sua sede está a 4°15’18”LS e 43°56’27”LW e a uma altitude média de 49 metros acima do nível do mar.
[editar] Relevo
O relevo é de baixas altitudes, destacando-se alguns morros típicos da região do Vale do Itapecuru. As formas mais significativas do relevo são os morros, chapadas e serras.
Os principais morros são: morro do Capitão (220 metros de altitude), situado no bairro São Sebastião; morro Conduru (215 metros de altitude), localizado a 13 quilômetros da sede, em 1947, passou a ter mais um nome, morro Quebrado; morro da Bela Vista (120 metros de altitude), mede aproximadamente 630 metros de comprimento e nele se localizam a estação de tratamento de água da CAEMA e a torre retransmissão de sinal de televisão.
A serra mais importante é a da Cangalha, na parte setentrional do município. A chapada de destaque é a do Socó.
[editar] Hidrografia
A rede hidrográfica é constituída por rios, riachos, igarapés e lagoas.
Além do rio Itapecuru podemos destacar os rios Pirapemas, que corta o município de sudeste para noroeste, na divisa com o município de Chapadinha; Guará, que também fica na fronteira com Chapadinha, rio Guanaré, na fronteira entre Timbiras e Vargem Grande e rio Curimatá, que é um afluente do Pirapemas.
Os riachos mais importantes são: Carro Quebrado, Pimenta e Rabo do Gato.
Os principais igarapés são:
- Bom Boi, que nasce no povoado Bom-Fim, no município de Codó e desemboca no rio Itapecuru na altura do povoado Deserto. Na época da criação do município de Timbiras, foi designado como ponto de limite com o vizinho município de Codó.
- São Bernardo, com uma extensão de cinco quilômetros, nasce no lugarejo Centrinho dos Lopes e desemboca no Itapecuru já zona urbana, limitando o Bairro Anjo da Guarda com o centro da cidade.
- Santarém é o mais importante de todos, nasce num brejo de juçaras e buritis na localidade Finca-Pés, e também desemboca no itapecuru já na zona urbana, definindo o bairro Santarém.
[editar] Rio Itapecuru
É o principal rio que banha o município. A população depende dele quase que absolutamente, pois toda a água potável distribuída na cidade é proveniente desse rio.
Ás suas margens desenvolve-se uma agricultura de subsistência conhecida pelo termo vazante. Essa técnica vem sendo questionada pelos riscos de degradação da mata ciliar.
O rio é ainda fonte de lazer principalmente no verão quando se instalam as barracas na sua margem direita, próximo a ponte que liga o bairro São Sebastião à sede do município. Nesse período aumenta a freqüência de banhistas, vindos das cidades vizinhas, Codó e Coroatá, mas também pelo timbirenses que estudam ou trabalham fora e que retornam para passar suas férias.
[editar] Clima
O clima predominante é o tropical, caracterizado por um período chuvoso de dezembro a maio, com níveis pluviométricos mais acentuados entre janeiro e abril. De julho a novembro o município passa por um período de estiagem. A temperatura média é de 27 graus Celsius.
[editar] Vegetação
Na região predomina a floresta tropical de transição, sendo a maior parte da área do município coberta pelas matas de cocais, com incidência quase absoluta da palmeira de babaçu e cerca de 20% coberta de mata nativa ainda virgem ou pouco degradada.leco
[editar] História
[editar] Urubu, o Primeiro Nome
O Município, ao longo de sua História recebeu vários nomes: Urubu, Porto dos Urubus, Monte Alegre e finalmente Timbiras.
Urubu era uma povoação à margem direita do rio Itapecuru, pertencente ao município de Codó, onde antigamente havia uma aldeia de índios. Segundo consta, o nome se justificava pela grande presença dessa ave no local, mais especificamente no povoado Sardinha, a dois quilômetros de onde hoje é a sede. O local passou a ser ponto de referência para os viajantes que por ali passavam navegando pelo Itapecuru, motivo pelo qual recebeu o nome de "Porto dos Urubus". Depois de alguns anos chegaram à região as primeiras famílias descendentes de portugueses e italianos, chefiados pelo Senhor Têta de Araújo, que conservaram o nome Urubu para a localidade.
Ali se estabeleceu a freguesia de Santa Rita dos Urubus, através da Lei Provincial nº 13, art. 1º, § 2°, de 8 de maio de 1835. Mas segundo o historiador Ribeiro do Amaral, a Comarca e a vila de Santa Rita dos Urubus foram criadas na mesma data, em 1836.
As terras onde hoje se localiza a sede do município eram habitadas por índios timbiras. Os moradores de Porto dos Urubus se mudaram para este local por causa das enchentes do Itapecuru que inundavam constantemente o povoado original. Porto dos Urubus, que apesar de tudo facilitava a penetração para o interior, continuou tendo a sua importância e passou a ser chamado por seu primeiro nome, o do povoado extinto, Sardinha.
Em 1836, foi criada a sede da Comarca de Urubu e dois anos depois, por influência do ex-regente do Império Bráulio Muniz, foi transferida a sede da Comarca para o povoado de Codó. A transferência foi determinada pela Lei Provincial nº 68, de 21 de julho de 1838. Com essa ação a comarca foi elevada à categoria de vila. Mas com a mudança da comarca, a vila entrou em decadência.
[editar] Monte Alegre
Em 1900 chegaram à região e aí fixaram residência alguns padres capuchinhos, que trocaram a denominação do local para Monte Alegre, dizendo não haver mais nenhuma razão para a adoção do nome Urubu, que achavam pejorativo.
[editar] Desmembramento e Redução da Vila
O território passou oficialmente à condição de Vila Monte Alegre quando foi desmembrado do município de Codó e de reduzida parte do município de Coroatá através do Decreto-Lei estadual nº 921 de 5 de abril de 1928, por determinação do então Interventor do Maranhão, Urbano Santos da Costa Araújo.
[editar] Primeira Decadência da Vila
Em 22 de abril de 1831, através do Decreto-Lei nº 75, Urbano Santos, ainda na condição de Interventor do Maranhão, alegando que o município criado não possuía rendimento à altura exigida para permanecer autônomo, voltou a submetê-lo à subordinação de Codó.
[editar] Autonomia do Povoado Monte Alegre
A partir de 1918 com o aumento da população. o desenvolvimento do comércio e o crescimento da produção agrícola, sentiu-se a necessidade da autonomia do povoado.
O processo de emancipação teve início através do Projeto nº 40, do Congresso do estado do Maranhão, publicado no Diário Oficial nº 70, de 27 de março de 1920. A Lei nº 921, de 5 de abril de 1920, sancionada por Urbano Santos, já na condição de Presidente do estado do Maranhão, elevou à categoria de vila a povoação Monte Alegre e á de município a zona ocupada pelo 6º Distrito Policial de Codó. A lei definiu ainda os limites do novo município.