Transmodernismo
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O termo "transmodernismo" é usado para descrever uma aproximação não-crítica e otimista à forma de categorizar do pós-modernismo no âmbito cultural do século XXI, depois de boa parte da cultura ocidental burocrática ver um retorno aos valores conservadores da cultura consumista dos anos 50.
Basicamente, o modernismo descreve um movimento cultural que surgiu nas décadas anteriores a 1914. Abraçando a mudança e o presente, o modernismo abrange as obras de artistas, pensadores, escritores e designers que se rebelaram contra as tradições do fim do século XIX, e confrontaram novos apectos econômicos, sociais e políticos do mundo moderno.
O pós-modernismo, por sua vez, tem sido muito controverso e dificil de definir entre especialistas, intelectuais e historiadores, compondo item de intenso debate.
Num sentido mais amplo, o transmodernismo pode ser usado para descrever atitudes, as vezes fazem parte da cultura geral, antagonísticas às teorias críticas geralmente associadas a pósmodernidade como relativismo, niilismo ou anti-modernismo, particularmente com relação a oposição ao racionalismo, universalismo, fundacionalismo ou ciência.
É usado também para descrever as mudanças sociais que são consideradas como compatíveis com sistemas tradicionais da ética, da religião e moral.
Transmodernismo visa um mundo em que a tecnologia possua respostas fáceis a todos os dilemas humanos, enquanto revigora a importância de valores tradicionais e humanistas e pode ser caracterizado pelas seguintes proposições:
- A crença de que toda comunicação não-matemática é constituida por filtros culturais, mitos, metáforas regionais e conteúdo político.
- A afirmação de que todo significado e experiência não-matemática só pode ser criada pelo indivíduo e não pode ser objetificada por qualquer autor ou narrador.
- Rejeição a uma sociedade dominada pela mídia, onde não se encontra originalidade apenas cópias do que já existia.
- Ênfase na complementaridade dos processos de ratificação/construção e retificação/desconstrução das entidades matemáticas.
- Globalização, uma visão cultural de mundo profundamente pluralista e interconectada, em que o centro de poder político, de comunicação e de produção intelectual dominante é virtual (sujeito a uma descrição matemática coerente).
- Aceitação da evolução da matemática como a única meta-narrativa absoluta e suprema que pode ser revelada a humanidade, oque pode levar ao declínio dos conflitos religiosos internacionais.
O Transmodernismo contém uma contradição interna que o fornece um poder ideológico: ao tentar conseguir valores sociais modernos e o idealismo liberal, deve-se simultaneamente procurar controlar a repressão e a discordância não-fundamentadas, permitindo assim o desenvolvimento das 'soluções cibernéticas', que conduzem à integração das tecnologias do controle social e de informações compartilhadas (não-restritas), "totalizar a sociedade".
Para estar livre numa sociedade transmoderna deve-se somente ser livre o suficiente para participar da revisão das construções matemáticas.
A resistência não é somente fútil, é degradante e deve ser extinta.
[editar] Relação com a Tecnologia e a Inteligência Artificial
A tecnologia exacerbada é coisa do moderno, não do pós-moderno. A tecnologia vista como fim é limitadora e é por aí que se desenvolvem o que podemos chamar de "patologia" associada à ferramenta.
A mitologia que se cria em torno da tecnologia - quase dando a ela existência própria - é cultivada como uma idolatria irresponsável e repercutida febrilmente nos meios de comunicação; já a tecnologia vista como meio, simplesmente multiplica a inteligência do homem, pois, através da interatividade, nos dá acesso a outras fenomenologias, a outros saberes construídos coletivamente pela integração de inteligências e construção de um saber coletivo.
No momento que passamos a ver a tecnologia não como uma extensão do nosso ser, mas como um instrumental que possibilita a extensão do nosso próprio ser estamos entrando em estado de conexão planetária, ou, muito provavelmente, além do planetário.