Tratado Hay-Herran
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O Tratado Hay-Herran foi assinado em 1903 pelos Estados Unidos da América e pela Colômbia.
Pelo tratado, os Estados Unidos adquiriam o direito sobre uma faixa de 6 milhas (cerca de 9 km) durante 99 anos renováveis através do Panamá (que, naquela época, pertencia à Colômbia) por US$ 10 000 000 e um pagamento anual [1] [2] [3]. Apesar de o tratado ter sido ratificado pelo senado dos Estados Unidos em 14 de março, ele não passou pelo senado colombiano.
Observadores, mais tarde, observaram que isso ocorreu principalmente porque Herran negociara o tratado com pouca supervisão governamental ou legislativa, e também foi mencionado que vários políticos e congressistas julgaram o valor pago muito baixo, considerando-se que os Estados Unidos estavam dispostos a pagar US$ 40 000 000 para a New Panama Canal Company [4] [5].
O governo dos Estados Unidos não queria renegociar o tratado com a Colômbia ou modificar as somas envolvidas. Assim, no que foi então, e ainda hoje é, um movimento polêmico, Roosevelt deu a entender aos rebeldes panamenhos que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a marinha estado-unidense apoiaria a causa de independência panamenha. O Panamá acabou por proclamar sua independência em 3 de Novembro de 1903, e o U.S.S. Nashville, em águas panamenhas, impediu toda e qualquer interferência colombiana.
Quando as lutas começaram, Roosevelt ordenou à Marinha estado-unidense estacionar navios de guerra perto da costa panamenha para "exercícios de treinamento". Muitos argumentam que o medo de uma guerra contra os Estados Unidos obrigou os colombianos a evitarem uma oposição séria ao movimento de independência. Os panamenhos vitoriosos devolveram o favor a Roosevelt permitindo aos Estados Unidos o controle da zona do canal do Panamá em 23 de Fevereiro de 1904 por US$ 10 milhões (como previsto no Tratado Hay-Bunau-Varilla, assinado em 18 de Novembro de 1903).