União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
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Fundada em 1949, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas é a entidade que congrega e representa todos os estudantes de Escolas de Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Técnico, Profissinalizante e Pré-vestibular do Brasil.
A UBES tem como objetivo a defesa da educação pública gratuita, de qualidade e laica. Em sua história, acumulam-se inúmeras vitórias e participações em eventos importantes para a vida política do país, como a resistência á ditadura militar, a luta pelo passe-estudantil, pela meia-entrada em atividades culturais, esportivas e sociais, pelo Voto aos 16 anos, contra as guerras.
Realizou em 2005 seu 36º Congresso. Muitos desse aconteceram na ilegalidade durante a Ditadura Militar entre 1964 e 1985, quando a UBES lutava por liberdades democráticas no Brasil.
A instituição participa do Conselho Nacional de Juventude e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), ao lado da UNE, MST, CUT movimentos de moradia, pastorais e diversos sindicatos.
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[editar] História
[editar] Resumo Histórico
[editar] Nascimento da UBES
Desde as décadas de 1930 e 1940, os estudantes secundaristas já se organizavam em diversas regiões para debater e transformar a educação no Brasil. A maioria desses grupos surgia dentro das escolas, nos grêmios dos antigos colégios estaduais, os chamados Liceus. Era preciso que o movimento se organizasse em uma só entidade, para fortalecer a representação e a luta estudantil e assim surgiu a UBES, em 25 de julho de 1948, mesma data em que oficializou-se a colaboração mutua com a UNE. A UBES, superando a turbulencia politica da época, cresceu e expandiu suas bandeiras. No início da década de 60, durante os governos Jânio Quadros e João Goulart, os estudantes passaram a integrar a Frente de Mobilização Popular, que envolvia outros importantes movimentos sociais brasileiros da época.
[editar] Ditadura Militar
Com a chegada dos militares ao poder em 1964 a UBES sofre um duro golpe. A entidade teve, ainda em 64, sua sede, no Flamengo, incendiada. Muitos de seus dirigentes e militantes foram perciguidos e exilados e a entidade ficou com sua organização debilitada, sendo extinta entre 1969 e 1980. Neste periodo, os estudantes secundarista continuaram a se organizar, mas diretamente nas escolas.
[editar] Edson Luís
Em 1968 um importante fat marcou a história da entidade. Uma manifestação no Rio de Janeiro contra o fim de um restaurante popular resultou no assassinato do estudante Edson Luís Lima Souto, de 16 anos, que virou símbolo da resistência contra a ditadura.
[editar] Reconstrução
A reconstrução veio a partir de 1977. Algumas entidades de base conseguiram fortalecer-se nos chamados centros cívicos de algumas cidades e começaram a reaparecer alguns grêmios e um movimento nacional pelo renascimento da UBES. A consolidação aconteceu com em 1981, em Curitiba. Numa situação precaria e sem recursos os estudantes iniciarão os debates. A polícia chegou a invadir o Congresso com a cavalaria.
[editar] Diretas Já e Fora Collor
Em 1984, a UBES participou ativamente da campanha Diretas Já e apoiou a eleição de Tancredo Neves. O então presidente da entidade Apolinário Rebelo foi o primeiro a discursar no famoso Comício da Candelária que reuniu um milhão de pessoas. Os estudantes pintaram o rosto de verde e amarelo e foram para as ruas exigir a democracia de volta no país.
Pouco tempo depois, em 1992, ainda em fase de reestruturação, a UBES participou do movimento que ficou conhecido como o Fora Collor, com participação de vários seguimentos da sociedade. Os secundaristas eram maioria nas manifestações que ocoriam por todo país exigindo o impeachment do presidente.
[editar] FHC e Lula
O forte posicionamento dos secundaristas foi marca registrada durante o governo FHC, de 1994 a 2002, quando os estudantes defenderam a manutenção do ensino público de qualidade, o passe livre nos transportes e o fim da política neoliberal na educação.
Desde o início do governo Lula, a UBES apoiou as reformas importantes para o país, defendendo, entretanto, mudanças na política econômica e mais recursos para a educação e a cultura.
O jornalista Apolinário Rebelo faz atuamente um trabalho de resgate e organização histórica da UBES.
[editar] Congressos e Coneg's
[editar] 28º Congresso - Santo André (SP) -
Em plena campanha presidencial em andamento quase cinco mil estudantes estiveram em Santo André discutindo assuntos relacionados com o Movimento Estudantil, sendo marcado pelas discussões em torno do voto aos 16 anos no Brasil, novidade introduzida com a nova Constituição Brasileira.
[editar] Coneg e Seminário Nacional - Curitiba (PR) - 1993
Curitiba foi o palco da educação, mostrou em estudantes que pode manter um grupo tão expressivo e diversificado de estudantes e cediar o Consenho Nacional e o Seminário Nacional da Ubes.
[editar] 35º Congresso - Mogi das Cruzes (SP) - 2003
Mais de cinco mil pessoas com o grito de ordem o movimento estudantil, muita discussão, e marcou a reunificação de todas as forças políticas em torno da UBES. Elegeu Marcelo Gavião presidente.
[editar] 36º Congresso - Brasília (DF) - 2005
Realizada em Brasília, em dezembro de 2005, a etapa nacional do 36º congresso da UBES elegeu o estudante mineiro Thiago Franco de Oliveira, presidente da entidade.
[editar] Presidentes
- ? a ? Marcelo Gavião