A teia da vida
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O livro de Fritjof Capra, A Teia da Vida, (The web of life), propõe a visão de uma interligação ecológica de todos os eventos que ocorrem na Terra e da qual fazemos parte, de forma fundamental. Em muitos pontos, este livro é considerado pelos admiradores de Capra um dos mais profundos escritos por si. É defendido, aí, o conceito de Ecologia Profunda - termo que na obra é considerado mais apropriado que o termo 'holístico', "acusado" pelo autor de já ter sido bastante "gasto" por pessoas que se apropriaram erroneamente da palavra para usos menos dignos.
Em seu último livro, o físico Fritjof Capra mostra todo o alcance da mudança revolucionária que está ocorrendo no pensamento científico. Com habilidade, senso comum e farta documentação, o livro A Teia da Vida - Uma Nova Compreensão dos Sistemas Vivos leva o leitor a concluir do mesmo modo que os místicos e santos de muitos séculos atrás:
"A mente universal está presente na natureza. Portanto, a natureza é inteligente. Porém, a inteligência não é necessariamente um processo verbal. A compreensão que fica presa às palavras é superficial. O conhecimento pode ocorrer de modo direto, independente do acúmulo de informações".
Capra fez doutorado pela Universidade de Viena, autor de livros famosos como "O Tao da Física e "O Ponto de Mutação", Capra é um dos principais pensadores da Nova Era, cujo surgimento ele estuda e descreve a partir dos avanços da ciência e da redescoberta das filosofias orientais. Ele vive em Berkeley, Califórnia, onde dirige o Center for Ecoliteracy (Centro de Alfabetização Ecológica).
Em The Web of Life (A Teia da Vida), Capra faz uma crônica da evolução científica no século 20 e retoma as teses de O Ponto de Mutação para discutir as teorias sistêmicas, que procuram ver todas as coisas em conjunto e nunca isoladamente. Para ele, não só a física, mas todas as áreas específicas da ciência moderna desembocam hoje inevitavelmente na visão ecológica do mundo, assim como os rios encontram o oceano. A visão ecológica é idêntica à visão mística.
A concepção sistêmica da vida não vê as coisas como elementos isolados, mas como partes de padrões vibratórios integrados, conjuntos cheio de significados, cujas características mais importantes não estão em suas partes, mas na maneira como estas partes se relacionam. Este enfoque surge, de certo modo, da física quântica. "Os objetos sólidos da física clássica se dissolvem no nível subatômico em padrões de probabilidades que têm forma de ondas", escreve Capra. "Estes padrões, além disso, não representam probabilidades de coisas, mas de interconexões. As partículas subatômicas não significam nada como entidades isoladas, mas só podem ser compreendidas como interconexões, ou correlações, entre vários processos... em outras palavras, as partículas subatômicas não são coisas, mas relações entre coisas, as quais, por sua vez, são relações entre outras coisas, e assim por diante".