Alexandre II da Escócia
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ALEXANDRE II (Haddington, East Lothian 24 de agosto de 1198-6 ou 8 de julho de 1249, de repente, na ilha de Kerrara, na Baía de Oban; sepultado na abadia de Melrose, Roxburgshire.
Coroado em 6 de dezembro de 1214 na abadia de Scone, Perthshire na sucessão do pai, Guilherme I da Escócia.
Quando subiu ao trono o rei da Inglaterra, João II Plantageneta, declarou que caçaria a raposa vermelha e a expulsaria de sua toca...
Alexandre apoiou os barões que obrigaram João a selar a Magna Carta em 1215. Mostrou mais independência que o pai com relação à Inglaterra, aliando-se aos barões ingleses descontentes em incursões até Dover, invadindo a Inglaterra e sitiando o castelo de Norham em 1215. Invadiu de novo a Inglaterra em 1217 e fez contactos com o Delfim francês. Considerado político eficaz, ofereceu comprar da Noruega as Ilhas Ocidentais ou Western Isles mas sua oferta foi desprezada.
Fundou abadias em Balmerino e en Pluscarden, o mosteiro de frades negros ou Blackfriars em Perth e o castelo Eilean Donan.
Foi excomungado pelo Papa até 1218.
Firmou sua autoridade no interior do reino pela submissão de Argll e Galloway, revoltados e fez da Escócia um país mais forte pois cuidou das regiões perturbadas. Determinou, por exemplo, dominar as terras de Argyll. Preparou uma frota para subir o Clyde em 1221. Lamentavelmente, deixou de pensar no tempo difícil de setembro, nas tempestades, e foi obrigado a voltar a Glasgow. No ano seguinte, levou o exército por terra para Argyll e restabeleceu a ordem. Para ter certeza de que a paz duraria, transferiu os títulos de terras de nobres desleais para súditos mais confiáveis. No mesmo ano, enfrentou outro tipo de rebeldia: O Bispo Adão de Caithness vinha cobrando do povo o dobro da quantia usual para manutenção da igreja. O povo reclamava, mas o Bispo não ligava. Até que 300 homens marcharam contra seu palácio. Seus criado correram pedir ajuda ao Conde de Caithness que respondeu que, se o bispo tinha medo, devia vir para seu castelo. Nesse meio tempo, o povo já se apoderara do bispo, o despira, o golpeara e o levara para suas cozinhas, onde o assaram vivo. Alexandre estava se preparando para atacar a Inglaterra quando soube do caso. Foi para Caithness e fez o povo pagar, ainda confiscou metade das terras do conde por não ter prestado ajuda.
A relação de Alexandre com a Inglaterra era mais diplomática do que guerreira. O tratado de York de 1236 demarcara a fronteira na linha do rio Tweed-Solway. Tentou aproveitar as perturbações na Inglaterra no fim do reinado de João para readquirir os condados do Norte.
Seu fracasso fê-lo reconhecer definitivamente em 1237 a linha Tweed-Cheviot como fronteira, mediante compensação em feudos na Inglaterra. Renunciou à Nortumbria em 1237 pelo Tratado de York, resolvendo a questão de limites. Rompeu-se a paz quand seu cunhado Henrique III exigiu homenagem sua e ameaçou invasão em 1243. As duas disputas se resolveram amistosamente.
Reconheceu como herdeiro Roberto Bruce, caso não tivesse ele próprio filhos. Firmou vigorosamente a autoridade real nas Terras Altas ocidentais e do sudoeste, durante a paz inglesa. Sem sucessos diplomáticos para recuperar as ilhas Ocidentais, Hébridas ou Western Isles, preparava-se para tomá-las de Haakon IV pela força quando morreu subitamente.
Como David I, Alexandre II deu terras para a construção de catedrais e abadias. Concedeu ao Bispo de Moray a sé na catedral de Elgin e deu licença para a construção de três abadias novas: Pluscarden, Beauly e Ardchatten, para os severos monges beneditinos chamados Valliscaulianos.
[editar] Casamentos
- 1 - Com a subida ao trono de Henrique III, cimentou a aliança inglesa e casou com sua irmã em 19 de junho de 1221 em York Minster: princesa Joana Plantageneta, nascida em Gloucester 22 de julho de 1210, morta em 4 de março de 1238 nos arredores de Londres) apelidada a Makepeace, ou Fazedora da Paz. Era filha do rei João II (1167-1216) e de sua esposa Isabel de Angoulême (1186-1246). Não tiveram posteridade mas ao se casar com ela, Alexandre pediu ao cunhado Henrique III a devolução do dote de Guilherme o Leão assim como da Nortúmbria.
- 2 - casou-se de novo em 1 de maio de 1239 em Roxburgh com Maria de Coucy (nascida ca. 1219), filha de Enguerrand III, Barão de Coucy, e Marie de Oisy de Montmirail en Brie, família de Enguerrand de Boves XI, da nobreza picarda. Ao enviuvar, Maria de Coucy casou em 1250 em Boves, na Picardia, ou em 1257, com João II de Brienne (morto em 1296), filho de Berengaria de Leão com João de Brienne que em 1210 tinha sido rei de Jerusalém, regente de Jerusalém de 1212 a 1225, Imperador de Constantinopla de 1228 a 1237, tendo tido dele uma filha, Branca. Este segundo casamento de Maria ofendeu os ingleses, que temiam a aliança franco-escocesa (a Auld Alliance).
[editar] Posteridade
- 1 - bastarda Ermengarda que casou com Nicholas de Soules.
- 2 - bastarda que casou com Alan Durward, conde ou Earl of Atholl.
Seu filho único foi Alexandre III (nascido em Roxburgh, em 4 de setembro de 1241 e morto em 19 de março de 1286, sepultado na abadia de Melrose). Apelidado O glorioso. Rei em 1249 coroado em Scone aos oito anos.