Alphonsus de Guimaraens
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Afonso Henrique da Costa Guimarães, conhecido como Alphonsus de Guimaraens (* 24 de julho de 1870, em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil - † 15 de julho de 1921, em Mariana, Minas Gerais, Brasil), foi um escritor brasileiro.
Alphonsus de Guimaraens é um dos poetas mais originais de nossa literatura. A sua poesia é marcadamente mística e envolvida com religiosidadade católica do autor. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor imposssível, da solidão e da inadptação ao mundo. Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina que é considerada um anjo, ou um ser celestial, por isso, Alphonsus de Guimaraens é neo-romântico e simbolista ao mesmo tempo, já que essas duas escolas possuem características semenlhantes.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
Aos 17 anos o falecimento de uma prima amada, Constança, filha do escritor romântico Bernardo Guimarães, da qual se considerava noivo, encheu-o para sempre da obsessão pela morte. É possível que essse episódio de sua vida o tenha despertado para a pooesia. Mais tarde, resolveu ir para São Paulo, a conselho médico, e aí se formou pela Faculdade de Direito. Antes de regressar a Minas, visitou o Rio, especialmente para conhecer Cruz e Sousa, a quem chamou de "cisne negro" como homenagem, pois havia ficado muito admirado com a poesia desse autor. Em 1908 foi nomeado juiz municipal de Mariana, onde exerceu a magristratura. Os seus hábitos reclusos e a solidão de espírito a que se entregou nessa cidade impulsionaram sua poesia mística e reflexiva, com merecido destaque para seu lirismo amoroso de explêndida qualidade literária. Casou-se com Dona Zenaide e teve alguns filhos em Mariana e nesta cidade residiu até a sua morte.
[editar] Obras
- Sentenário das dores de Nossa Senhora (1899)
- Dona Mística (1899)
- Câmara Ardente (1899)
- Kiriale (1902)
- Pauvre Lyre
[editar] Póstumas
- Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923)
- Escada de Jacó
- Pulvis
- Salmos da noite
- Poesias (1938).