Anencefalia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Se tem algum conhecimento sobre este assunto, por favor verifique a consistência e o rigor deste artigo.
![]() |
Este artigo é parte da série sobre Gravidez |
Gestação e Exames |
Aborto | Contração | Pré-natal |
Parto e Pós-Parto |
Extrações a Vácuo e Fórceps |
Problemas relativos ao Feto |
Eritroblastose fetal | Trissomia |
Inseminação Artificial |
Intrauterina |
Ver também |
Série Sexo |
A anencefalia consiste em malformação caracterizada pela ausência total ou parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural durante a formação embrionária. Esta é a malformação fetal mais freqüentemente relatada pela medicina ( http://febrasgo.org.br/anencefalia1.htm)
Anencefalia significa ausência de cérebro. Trata-se de patologia fetal letal na maioria dos casos. Bebês com anencefalia não possuem cérebro e portanto não têm como sobreviver fora do corpo da mulher. A morte após o parto é imediata. Os relatos de sobrevida de horas ou dias não são relativos a ausência parcial do cerébro, também nestes casos o recém-nato não sobrevive.
O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subseqüente. Inclusive, mães diabéticas têm seis 6 vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há também maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada. A anomalia pode ser diagnosticada, com muita precisão, a partir da 12 semanas de gestação, através de um exame de ultra-sonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal. De modo geral, os ultra-sonografistas preferem repetir o exame em uma ou duas semanas para confirmação diagnóstica. Uma vez confirmada a anencefalia inicia-se um longo e doloroso percurso para as mulheres que sabem que estão gestando um corpo sem autonomia de vida.
Nos últimos anos, com os avanços tecnológicos que permitem exames precisos para este tipo de malformação fetal, juízes têm dado autorizações para que as mulheres com gravidezes de fetos anencéfalos pudessem efetuar a interrupção da mesma. Estas autorizações estão de acordo com todos os parâmetros médicos e preceitos jurídicos que dizem respeito à dignidade das mulheres previstos nas legislações nacionais e internacionais. As autorizações são dadas somente quando as mulheres as solicitam. Nenhuma gravidez pode ser interrompida sem que haja o pedido e a permissão da mulher. Caso contrário, comete-se crime previsto na lei e passível de penalização. No Brasil, a morte cerebral é o parâmetro utilizado para confirmação de morte de um indivíduo. Somente através da confirmação de morte cerebral é que as equipes que trabalham com doação de órgãos podem efetuar aos procedimentos cirúrgicos necessários para transplante.
Há casos no Brasil de mulheres que são forçadas a levar a termo este tipo de gravidez em que não há nenhuma possibilidade de vida, pois o corpo humano, sem cérebro não vive. Estes casos estão sendo monitorados e investigados pois configuram crime de tortura.