Aristides Lobo
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Aristides da Silveira Lobo (Mamanguape, 12 de fevereiro de 1838 — Barbacena, 23 de julho de 1896), foi um jurista, político e jornalista republicano e abolicionista brasileiro, ao tempo do Império.
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[editar] Biografia
Neto do Tenente Coronel Francisco José da Silveira, que morrera na Revolução Pernambucana de 1817 e filho de Manuel Lobo de Miranda Henriques e D. Ana Noberta da Silveira. Nascera na Paraíba[1], embora tenha passado parte de sua infância em Alagoas.
O curso preparatório foi feito no "Colégio da Paraíba", ingressando na Faculdade de Direito de Recife, forma-se no ano de 1859. Chegou a exercer o cargo de Promotor Público e de juiz (este último em Minas Gerais), mas logo envereda na política, filiando-se ao Partido Liberal e elegendo-se Deputado Geral (para o Congresso Nacional do Império), por dois mandatos consecutivos (1864 a 66 e de 1867 a 70), concorrendo por Alagoas.
A 3 de dezembro de 1870 funda, ao lado de Salvador de Mendonça, Lafayette Coutinho, Pedro Soares de Meireles e Flávio Farnense o jornal A República, que passa a defender a mudança do regime, com o fim da monarquia. Neste sentido, é publicado o Manifesto de 1870, pelo Clube Republicano e tem início a massiça propaganda dessas idéias por todo o país, ocupando Aristides Lobo papel de destaque dentre os que mais ardorosamente combatiam pela causa. O jornal é empastelado, três anos depois, mas o curso dos fatos veio culminar com a Proclamação, em 1889.
Formado o Governo Provisório, Aristides é nomeado Ministro do Interior e Justiça, ocupando o cargo por apenas dois meses, renunciando por divergir profundamente do Marechal Deodoro da Fonseca. Elege-se, então, Deputado Federal, participando da constituinte, no mandato de 1891 a 1893 e, em seguida, para o Senado, de 1892 a 1896.
Colaborou em diversos jornais, do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.
[editar] Homenagens
Aristides Lobo é considerado um dos "pais" da República brasileira; praticamente há ruas em todas as grandes cidades em sua homenagem, além de diversos prédios públicos. Nos primórdios da Primeira República chegou a figurar num selo de 10 réis. A Academia Paraibana de Letras lhe dedicou o patronato de sua Cadeira número 6.
[editar] Fontes e referências
Notas | |
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[editar] Para saber mais
- CASTRO, Oscar de Oliveira. Vultos da Paraíba, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1955.
[editar] Ligações externas
- Sumário biográfico - Senado Federal