Artabasdo

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Artabasdo (em grego: Αρταύασδος, Artauasdos, do arménio: Artavazd ), foi imperador de Bizâncio de Junho de 741 a Novembro de 743. Usurpou o trono de Constantino V, que no entanto conservou a lealdade de alguns themes na Ásia Menor.

[editar] Vida

O arménio Artabasdo foi nomeado governado (stratēgos do theme Arménio pelo imperador Anastácio II por volta de 713. Depois da queda de Anastácio, Artabasdo fez um acordo com o seu colega Leão, o governado do themes Anatólio, para derrubar Teodósio III, o novo imperador. Este pacto foi reforçado com a promessa de noivado de Ana, filha de Leão, com Artabasdo, e o casamento realizau-se depois de Leão ter tomado o poder em Março de 717.

Artabasdo foi nomeado curopalates ("mordomo") e tornou-se comandante ou conde (komēs) do theme de Opsikion, desempenhando ao mesmo tempo o seu cargo original. Em Junho de 741 ou de 742, depois da subida ao trono de Constantino V, filho de Leão, Artabasdo decidiu tomar o poder e atacou o seu cunhado enquanto este cruzava os Estreitos a caminho da Anatólia para combater os Árabes na fronteira oriental do Império. Enquanto Constantino se refugiava em Amorium, Artabasdo tomava Constantinopla com o apoio da população e era coroado imperador.

Artabasdo abandonou a política de Iconoclastia do seu antecessor e restaurou a Ortodoxia com o apoio do papa Zacarias. Pouco depois da sua subida ao trono Artabasdo nomeou a sua esposa Ana Augusta e o seu filho Nicéforo co-imperador, enquanto atribuía o comando do themes Arménio ao seu filho mais novo Nicetas. Mas enquanto Artabasdo podia contar com o apoio dos thema da Trácia e do Opsikion, Constantino obteve o apoio dos thema Anatólico e Tracésio.

O choque inevitável ocorreu em Maio de 743, quando Artabasdo lançou uma ofensiva contra Constantino mas foi derrotado. Mais tarde nesse mesmo ano Cosntantino derrotou Nicetas e a 2 de Novembro de 743 Artabasdo foi aprisionado quando Constantino V entrou de novo na sua capital. Artabasdo e os seus filhos foram cegados em público e postos em reclusão no mosteiro de Cora nos arredores de Constantinopla. Não se conhece a data da sua morte.

Teófanes o Confessor relata que, trinta anos depois do fim da revolta, Constantino V, talvez ainda furioso pelo apoio que Ana deu às ambições do seu marido e filhos, obrigou a irmã a desenterrar as ossadas de Aetabasdo, envolvê-los na sua capa e atirá-los para as chamadas covas de Pelágio, minas de cal, por entre os corpos dos criminosos executados.