Ataques aéreos a Darwin
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Ataques aéreos a Darwin | |||||
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Conflito: Segunda Guerra Mundial | |||||
Data: 19 de Fevereiro de 1942 | |||||
Localização: Darwin, Austrália | |||||
Resultado: Vitória japonesa | |||||
Combatentes | |||||
Austrália; Estados Unidos da América | Japão | ||||
Comandantes | |||||
David V. J. Blake | Chuichi Nagumo | ||||
Forças | |||||
30 aviões | 242 aviões | ||||
Baixas | |||||
~ 243 mortos; 20 aviões destruídos; 10 navios afundados | Um morto; 6 pilotos feitos prisioneiros; 4 aviões destruídos (em espaço aéreo australiano) | ||||
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Os dois raides aéreos japoneses a Darwin, Austrália a 19 de Fevereiro de 1942, foram o maior ataque por uma força inimiga contra a Austrália. Os ataques tiveram também uma significância na campanha do Pacífico na Segunda Guerra Mundial e teve um grande impacto na moral da população australiana.
Darwin, que em 1942 tinha uma população oficial de 2.000 pessoas, era uma posição estratégica tendo um porto naval e uma base aérea lá colocados. Embora fosse um alvo relativamente menos significante, um maior número de bombas foram lançadas do que no ataque a Pearl Harbor. Darwin não se encontrava preparado, e embora entre 1942-1943 fosse atacado por via aérea mais de 63 vezes, estes dois ataques foram os mais massivos e desvastantes.
Índice |
[editar] As forças
Maior parte dos aviões atacantes vieram de quatro porta-aviões da Divisão de Porta-aviões 1 (Akagi e Kaga) e 2 (Hiryu e Soryu) da Marinha Imperial Japonesa, comandadas pelo Almirante Chuichi Nagumo. Também estiveram envolvidos bombardeiros pesados de bases aéreas próximas. O ataque japonês consistiu em duas vagas de aviões, num total de 242 bombardeiros e caças.
Darwin encontrava-se relativamente bem protegida por fogo anti-aéreo. Contudo, os únicos esquadrões caça operacionais da Força Aérea Real Australiana (RAAF) estavam na Inglaterra, Norte de África e no Médio Oriente; os únicos caças modernos em Darwin eram os 11 P-40 do esquadrão de perseguição 33º da Força Aérea dos EUA, e em adição alguns aviões de treino obsoletos da RAAF. Até à data do ataque não existia uma estação de radar ainda operacional.
[editar] Os ataques
A primeira vaga de 187 aviões japoneses, liderada pelo comandante naval Mitsuo Fuchida levantou voo às 08:45 da manhã. Por volta das 09:15 da manhã, foi visto por civis em Bathurst e na Ilha Melville Island, Darwin foi minutos depois avisado pelo menos duas vezes por rádio. Contudo, os avisos não foram levados a sério, e os atacantes chegaram antes das 10 horas aos seus alvos.
De facto, os aviões japoneses encontraram cinco dos P-40 da Força Aérea Americana, que tinham acabado de chegar de uma missão abortada sobre Timor, de modo estando ainda carregados de munições — com ambos os números e o factor surpresa a seu favor, os caças japoneses abateram quase todos os aviões americanos, excepto um comandado pelo piloto Tenente Robert Ostreicher.
Um total de 71 torpedeiros Nakajima B5N "Kate" atacou então as embarcações — pelo menos 45 navios — no porto, enquanto 81 bombardeiros-de-mergulho Aichi D3A "Val", acompanhados de uma escolta de 36 caças Mitsubishi A6M "Zero" atacaram as bases aéreas da Força Aérea Real Australiana, campos aéreos civis, e um hospital. O Tenente Ostreicher abateu dois Mitsubishi A6M e conseguiu depois sobreviver ao ataque; nenhum avião Aliado conseguiu com sucesso descolar, e todos foram destruídos ou gravemente danificados a modo que não puseram descolar após o primeiro ataque. Por volta das 10:40 a primeira vaga de aviões japonesa tinha deixado a área.
Antes do meio-dia, foi efectuado um ataque a elevada altitude por bombardeiros japoneses, concentrando-se na base aérea da RAAF: 28 bombardeiros Mitsubishi G3M "Nell" voaram de Ambon e 27 Mitsubishi G4M "Betty" de Kendari, Sulawesi. Este segundo ataque demorou 20-25 minutos.
Embora o fogo anti-aéreo de Darwin fosse pouco eficaz, a falta de blindagem e o estado dos aviões japoneses, tal como o voo prolongado a baixas altitudes durante o ataque, fez com que os aviões e pilotos fossem excepcionalmente vulneráveis a fogo terrestre.
Embora fontes australianas indiquem que quatro aviões japoneses foram destruídos em espaço aéreo australiano; presume-se que muitos outros não tenham conseguido chegar aos seus porta-aviões ou bases.
[editar] Baixas e danos
Pelo menos 243 civis e militares foram mortos — embora tenha sido afirmado que este não é um número real pois militares de outros serviços não foram contados, tal como vários civis indígenas.
Os ataques aéreos causaram o caos em Darwin e muitos dos serviços essenciais tinham sido destruídos. Por estas razões e pelo medo de uma invasão iminente causou uma grande vaga de refugiados.
Segundo contas oficiais, 278 homens da RAAF desertaram como resultado dos ataques.
Oito navios foram afundados no porto de Darwin: o contratorpedeiro USS Peary da Marinha Americana, o navio de transporte General M. C. Meigs (AP-116) do Exército Americano, o barco de patrulha Australiano HMAS Mavie e os navios mercantes British Motorist, Kelat, Mauna Loa, Neptuna, e Zealandia. Muitos outros foram danificados e cerca de 187 marinheiros e passageiros foram mortos.
[editar] Bibliografia
- Mitsuo Fuchida and M. Okumiya, Midway: the Battle that doomed Japan, Hutchinson, 1957.
[editar] Ligações externas
- Peter Dunn, AUSTRALIA @ WAR, 2004, "Dois ataques aéreos japoneses em Darwin, NT on 19 Fevereiro 1942" (em inglês)
- Tom Womack, 2005, "Australia's Pearl Harbor: the Japanese air raid on Darwin" (em inglês)
- Arquivos Nacionais da Austrália, 2000, "Fact Sheet 195 The bombing of Darwin" (em inglês)
- "A Darwin Eyewitness Account – Stoker 2nd Class Charlie Unmack" (em inglês)