Atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid
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[editar] Descrição dos atentados
Na manhã de quinta-feira 11 de Março de 2004, 10 mochilas carregadas com TNT (Trinitrotolueno) explodiram em quatro combóios em quatro pontos diferentes da região de Madrid, Espanha.
As explosões ocorreram durante a hora de ponta, entre as 7:39 e as 7:42 da manhã nas estações madrilenas de Atocha (3 bombas), El Pozo del Tío Raimundo (2 bombas), Santa Eugenia (1 bomba) e num comboio a caminho de Atocha (4 bombas). As forças de segurança encontraram mais 3 bombas, que segundo o ministro do Interior Ángel Acebes, estariam preparadas para explodir quando chegassem os primeiros socorros às vítimas.
[editar] Gravidade dos atentados
Os atentados causaram pelo menos 192 mortos e 2050 feridos.
[editar] Autoria
A autoria dos atentados ainda se encontra sob debate.
O governo espanhol inicialmente atribuiu o atentado à ETA, argumentando que foi utilizadado um explosivo normalmente usado pela ETA e a Guardia Civil já tinha evitado um atentado de grandes proporções em 29 de fevereiro, quando apreendeu 500 kg de explosivos e prendeu dois prováveis membros da ETA.
No entanto a esquerda abertzale, através de Arnaldo Otegi (dirigente do partido político Batasuna, ilegalizado por pela sua associação à ETA) recusou qualquer responsabilidade da ETA neste atentado e o condenou.
Num segundo momento, o governo espanhol admitiu como possível a hipótese de a Al-Qaeda estar envolvida. Quatro provas apontaram neste sentido:
- um grupo próximo da Al Qaeda, as Brigadas de Abu Hafs Al Masri reivindicou o atentado em nome da Al Qaeda.
- os atentados têm características em comum com outros atentados da Al Qaeda.
- na tarde do dia 11 de Março foi encontrada, na região de Madrid, uma fita cassete com orações em árabe numa carrinha com detonadores.
- na noite de 11 de Março foi divulgada a suspeita de que um bombista suicida seguia a bordo de um dos comboios.
- minutos antes das 19:00 de 12 de Março, num telefonema feito para a redacção do diário GARA, a ETA negou a autoria dos atentados. A frase exacta (em tradução) foi: "A organização ETA não tem nenhuma responsabilidade sobre os atentados de ontem."
[editar] Reacções políticas e sociais
[editar] Em Espanha
- A três dias das eleições gerais, os principais partidos políticos suspenderam as suas campanhas eleitorias.
- O governo decreta três dias de luto nacional, e convoca para o dia 12 de março de 2004 uma manifestação em todas as capitais de provincia de Espanha.
- O Rei Don Juan Carlos I dirige-se ao país e condena os atentados.
- Surgem várias manifestações espontâneas de condenação do atentado.
[editar] Internacionais
- Representantes de diversos governos da União Europeia condenam o atentado.
- O Parlamento Europeu declara o dia 11 de março "dia europeu das vítimas do terrorismo".
- A bandeira da União Europeia é colocada a meia haste.
- Os Estados Unidos oferecem o seu apoio na luta contra o terrorismo.
- A Amnistia Internacional condena os atentados. [1]
- Portugal declara um dia de luto nacional
[editar] Monumento às vítimas do 11 de Março
Em 11 de Março de 2007, foi inaugurado na Estação de Atocha um monumento às vítimas do 11 de Março.
A cerimónia de inauguração foi presidida pelo Rei Juan Carlos e pela Rainha Sofia.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
((es))La Vanguardia
((es))El Semanal
((es))Información del Ministerio del Interior
((es))Discurso del Rey Juan Carlos a la nación
((es))Yahoo! News
((es))Cinco Días
((es))Cinco Días
((es))Lista provisional de heridos
((es))Atención a las víctimas del atentado en Madrid
((es))Atentado 11 de marzo de 2004
((es))Manos Blancas
((es))Muestras de dolor en todo el mundo
((en))News report from the BBC
((en))CNN coverage
((en)) Photos from Reuters and AP
((en))U.N. Security Council Resolution 1530