Aureliano Chaves
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Antônio Aureliano Chaves de Mendonça (Três Pontas, 13 de janeiro de 1929 — Itajubá, 2002) foi um político brasileiro, governador de Minas Gerais (1975-1978) e vice-presidente da República (1979-1985). Foi o primeiro vice civil da ditadura militar desde Pedro Aleixo (o vice de Artur da Costa e Silva, que foi impedido de assumir pelos militares quando esse ficou doente, o substituindo por uma junta), já indicando a dissolução das bases do regime. Ocupou a titularidade por dois períodos relativamente extensos (dois meses em 1981 e cerca de um mês em 1983), devido aos problemas de saúde de João Figueiredo.
Graduou-se em Engenharia Eletromecânica pelo Instituto de Engenharia de Itajubá, atual Universidade Federal de Itajubá. Iniciou a vida pública como deputado estadual pela UDN - União Democrática Nacional. A seguir foi escolhido secretário de Estado no governo Magalhâes Pinto e eleito deputado federal e participa do movimento que em 1964 depõe João Goulart. Na Câmara posicinou-se contra a licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves, episódio que foi pivõ de grave crise política. Como governador do Estado consegue harmonizar no seu governo as antigas forças divergentes do PSD mineiro e da UDN.
Era um nacionalista clássico. Foi ministro de Minas e Energia no governo Sarney e incentivou o programa do álcool, o Pró-álcool. Por ocasião das eleições indiretas sucessórias à João Figueiredo, se ofereceu em 1984 como candidato dentro de seu partido, o PDS. O mesmo fizeram Paulo Maluf, Mário Andreazza e Marco Maciel. Decidiu-se então se fazerem prévias dentro do partido. Com a vitória de Maluf (que não contava com a simpatia da direção da legenda), nomes como Aureliano, Maciel, Antônio Carlos Magalhães e Sarney decidiram sair do PDS e fundar um novo partido, o Partido da Frente Liberal, em alusão à "frente liberal" que esses políticos formavam a partir dali, para apoiar o candidato da oposição Tancredo Neves no colégio eleitoral, na chamada "Aliança Democrática". Com isso, Aureliano rompia com o governo Figueiredo.
A união da legenda recém-formada se mostraria fundamental para a vitória de Tancredo e para o término, enfim, do regime militar. Concorreu à presidência nas eleições diretas de 1989 pelo mesmo PFL, tendo como vice em sua chapa o ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, obtendo irrisória votação, com cerca de 0,9% e terminando o pleito em oitavo lugar. Lembo depois diria que boa parte dos correligionários da legenda os havia abandonado para apoiar informalmente Fernando Collor de Melo. Após isso, decidiu formalmente se retirar da vida pública, mas ainda assim exercia certa influência sobre seu estado natal, era uma voz a ser ouvida, como na ocasião das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, das quais foi radicalmente contra e como o próprio governador Aécio Neves (cujo avô Tancredo era um grande amigo e aliado de Aureliano) admitiu por ocasião de sua morte: "Ele era um consultor informal".
Precedido por Rondon Pacheco |
Governador de Minas Gerais 1975 — 1978 |
Sucedido por Levindo Ozanam Coelho |