Auto da barca do purgatório
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O Auto da barca do purgatório é uma peça teatral de Gil Vicente, escrita em 1518. Apresenta uma uniformidade na condição social dos personagens, que são de pessoas de condição humilde e cujo destino é o seguinte:
- Ficam na praia purgatória, expiando pequenas faltas até merecerem a glória:
- um lavrador, que se apresenta de arado nas costas, explorado por todos e cujas fadigas e sacrifícios evitam a sua condenação;
- Marta Gil, uma regateira, que praticou pequenas faltas;
- um pastor que, embora crente, cedeu às tentações;
- uma pastora menina, que também terá de expiar pequenas faltas.
- Vai para o céu um menino de pouca idade que nem chegou a pecar.
- Vai para o inferno um “taful” (jogador), batoteiro e mentiroso.
Neste auto há cenas cômicas, como a entre o taful e o diabo que jogam cartas na parte final da peça. Há também uma personagem cômica, Marta Gil, faladeira, sempre com uma justificativa na ponta da língua e sempre movimentando as ancas, o que constitui motivo de graça.