Batalha do Buçaco
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Batalha do Buçaco | |||||
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Conflito: Guerra Peninsular | |||||
Data: 27 de Setembro de 1810 | |||||
Localização: perto de Buçaco, Luso, Portugal |
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Resultado: Vitória decisiva das forças Anglo-Portuguesas | |||||
Combatentes | |||||
Portugal/Reino Unido | França | ||||
Comandantes | |||||
Duque de Wellington | André Massena | ||||
Forças | |||||
25 000 portugueses 25 000 ingleses |
65 000 franceses | ||||
Baixas | |||||
1 250 | 4 500 | ||||
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A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia antiga), foi uma batalha travada durante a Guerra Peninsular, próxima do Luso, na Mealhada, a 27 de Setembro de 1810, combatendo por um lado forças coligados portuguesas e britânicas, sob o comando de Arthur Wellesley, primeiro Duque de Wellington, e por outro as forças francesas lideradas pelo marechal André Massena.
Wellesley começou por ocupar a montanha do Buçaco com as suas forças (cerca de 25 mil portugueses e outros tantos ingleses), esperando aí pelos franceses que tinham tomado Almeida e Coimbra. Foi atacado por cinco vezes sucessivas pelos 65 mil homens de Massena, mas não cedeu a posição. Massena não pôde ser bem sucedido no seu objectivo dado que desconhecia a disposição do inimigo no terreno, bem como o seu número – Wellington havia disposto as suas forças na outra vertente da serra do Buçaco, onde não podiam nem ser vistos nem facilmente atingidos com artilharia.
O último assalto foi comandado pelas forças do Marechal Ney e do general Reynier, mas foram incapazes de desalojar as forças anglo-lusas da sua posição, tendo perdido pelo menos 4 500, mortos ou gravemente feridos, sendo que as perdas dos luso-britânicos ascendiam apenas a 1 250 homens.
Após a batalha Wellesley retirou o seu exército em direcção às linhas de Torres 10 de Outubro. Massena procurou conquistar Lisboa, mas foi travado nas Linhas de Torres, tendo travado várias batalhas na região centro, retirado e saído de Portugal em Outubro de 1811, com falta de abastecimentos, com deserções dos seus homens, e constantemente perseguido por alguns esquadrões ingleses, bem como por grupos de guerrilha portugueses, que utilizando a táctica da terra queimada, inviabilizavam a sua sobrevivência - com efeito, Massena perdeu pelo menos mais 25 mil homens, capturados ou mortos pela fome, antes de chegar a Espanha no início de 1811. Por essa altura, todo o território português estava livre das forças francesas, excepto a praça de Almeida, no Ribacôa, próxima da fronteira.
Refira-se ainda que esta foi a primeira batalha da Guerra Peninsular em que as forças do reconstituído e reorganizado exército português participaram (o exército havia sido desmobilizado por Junot em Dezembro de 1807 e parte dele enviado para servir Napoleão como a Legião Portuguesa; só em 1809 havia sido restaurado e treinado pelo marechal inglês William Carr Beresford).