C'était un rendez-vous
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C'était un rendez-vous é um curta-metragem, feito em 1976 por Claude Lelouch, mostrando um condutor andando em altas velocidades nas ruas de Paris, às 5:30 da manhã.
Apesar da, ou devido a, limitada disponibilidade de vídeo tapes, o filme ganhou status de cult e muita admiração dos entusiastas por carros, pelas altas velocidades mostradas e pelo estilo despojado de guiar do condutor, no filme [1].
Dada a crescente popularidade e a falta de cópias originais do filme, ele foi recentemente remasterizado, baseando-se no negativo original do filme (de 35mm), e lançado em DVD, tendo forte divulgação pela Internet [2].
Este filme é um exemplo do que se chama cinéma vérité, já que foi feito em ângulo único e sem edição, usando-se câmera instalada na parte dianteira do carro. A duração do filme foi limitada ao tempo máximo de gravação permitido pela câmera, que era de menos de 10 minutos.
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[editar] Idéia
Um novo tipo de equipamento foi usado neste filme - uma câmera giroscópica. Lelouch teve então uma idéia para o filme. A câmera teve apenas um tempo curto de gravação e registrou um condutor louco guiando até a Basílica do Sagrado Coração, (Sacre Cœur, em francês) localizada no bairro de Montmartre.
[editar] Resumo
O filme mostra nos seus 8 minutos de duração um condutor guiando seu carro pelas ruas de Paris, nas primeiras horas da manhã, acompanhado do som das altas rotações do motor, várias mudanças de marchas repentinas e pneus guinchando. Começa no túnel do Périphérique, mostra uma imagem a bordo de um carro em que não é visto, indo em direção a Avenue Foch. Locais conhecidos da cidade são mostrados no filme no trajeto em que é feito, tais como o Arco do Triunfo, o obelisco da Praça da Concórdia, assim como também a famosa avenida Champs-Élysées. Pedestres não são respeitados, pombos que estavam nas ruas são dispersados, sinais vermelhos são ignorados, vias de mão-única e de contramão são usadas e faixas centrais são cortadas. O carro nunca é mostrado, já que a câmera está fixa na parte da frente do carro, fazendo com que se tenha uma idéia de onde estaria baseando-se nos outros carros. No final do filme, o carro é estacionado na calçada da montanha do Sacre Coeur. O protagonista sai do carro e encontra-se com uma mulher, de cabelos loiros, enquanto se ouve ao fundo sinos tocando.
A mesma idéia foi usada tempos depois, em alguns filmes do gênero, como Getaway in Stockholm e Ghost Rider.
[editar] Especulações
Vários grupos de discussões espalhados pela Internet reinvidicavam que o carro usado no filme tenha sido uma Ferrari 275 GTB, carro que era do próprio Lelouch, ou algum outro modelo da Ferrari, como o Alpine ou um protótipo de Le Mans. Partes do carro ou até mesmo sua cor nunca foram mostrados até então.
Já para o piloto anônimo, as especulações da época basearam-se nos pilotos ativos e mais conhecidos da época, tais como: Jacques Laffite, Jacky Ickx, Jean-Pierre Beltoise, Jean Ragnotti, Johnny Servoz-Gavin, dentre outros.
Cálculos feitos por grupos independentes mostraram que o carro nunca passou de 140 km/h [3]. Lelouch afirmou que a velocidade máxima atingida pelo carro foi de 200 km/h.
Recentemente, o diretor francês revelou em entrevista que o carro que carregou a câmera não fora a Ferrari 275 GTB, mas sim uma Mercedes-Benz 6.9L, carro que tem câmbio automático e chega à velocidade máxima de 230 km/h. As mudanças de marchas acima ou em 5ª marcha e o som de altas rotações de motor indicam que o carro está a mais de 200 km/h, no entanto, a velocidade do carro em relação à velocidade em que o som reproduz parece não ter relação. Então, como já se podia supor, o som utilizado é um overdub do carro da Ferrari, podendo assim dar a impressão de velocidades muito mais elevadas. Isto foi depois confirmado por Lelouch.
Ao mesmo tempo que a informação verdadeira do carro foi revelada, uma foto foi divulgada pela Internet após isso, mostrando Lelouch ajustando sua câmera giroscópica em sua Mercedes.
[editar] Críticas
O filme feito por Lelouch indicou e mostrou uma negligência criminal, devido ao risco de vida dos pedestres e da segurança dos motoristas. Na primeira exibição do filme, Lelouch foi preso e liberado logo depois, sem nenhuma punição sofrida.
A distribuição do filme poderia ser vista como ameaça, já que poderia incentivar os motoristas a andar perigosamente pelas ruas e desrespeitar todas as leis do trânsito (incluíndo semáforos), mostrando que o que Lelouch estava dizendo era verdade, sobre o filme ser de ação da vida real, ao contrário de efeitos de cinema.
Comentários atribuídos a Lelouch [4] indicam que ele reconhece o ultraje moral feito neste filme e que ele reconheceu e se preparou para os futuros riscos e problemas que o filme proporcionaria.
[editar] Rotas Utilizadas
A rota utilizada no filme foi a seguinte (em ordem) [5]:
Boulevard Périphérique - Avenue Foch - Place Charles-de-Gaulle - Avenue des Champs-Élysées - Place de la Concorde - Quai des Tulieres - Arc de Triomphe du Carrousel - Rue de Rohan - Avenue de l'Opéra - Place de l'Opéra - Fromental Halévy - Rue de la Chausée d'Antin - Place d'Estienne d'Orves - Rue Blanche - Rue Pigalle - Place Pigalle - Boulevard de Clichy (rua usada após abortar a rota pela Rue Lepic) - Rue Caulaincourt - Avenue Junot - Place Marcel Aymé - Rue Norvins - Place du Tertre - Rue Ste-Eleuthère - Rue Azais - Place du Parvis du Sacré Cœur
Um site da web, baseando-se em mapas do Google Maps, mostram melhor a rota utilizada no filme.
[editar] Links Externos
- Página dos produtores
- Site detalhado sobre o filme C'etait un Rendezvous
- Informações do filme no site IMDb
- "C'était un rendevous" no Google Video
- "Making of" de C'était un rendez-vous, com Claude Lelouch
- Rotas do filme baseado no Google Maps, com o vídeo no Google Video
- Rota através de Fotos de Satélite @ Virtual Globetrotting