Capitão João Machado de Souza
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Biografia do fundador
O mineiro João Maximiliano de Souza, filho de Francisco das Chagas Souza e Maria Fabiana de Jesus, nascido em 1880 era natural do arraial de Santana do Sapucaí, primeiro nome de Silvianópolis, Minas Gerais, às margens do rio Sapucaí.
Muito jovem, ingressou nas unidades da Guarda Nacional, donde deu baixa com a patente de Capitão. Entre 1910 e 1914 serviu a Marechal Hermes da Fonseca, primeiro militar eleito à presidência em pleito nacional, que em seu governo teve que sufocar algumas revoltas e insubordinação. Hermes da Fonseca utilizou-se das tropas federais para garantir a política de intervenção nos estados, denominada “política das salvações”. Com a extinção da Guarda Nacional, os ex-oficiais ainda gozando certos prestígios se acomodaram politicamente, de acordo com as condições sociais familiares, uns se iniciavam na vida pública, outros se empregavam no setor privado e os mais humildes no setor público.
Ao Capitão João Maximiliano de Souza, coube o cargo de subdelegado de polícia em Vila Bonfím; localidade próxima a Ribeirão Preto. O prestigio do cargo, valeu-lhe um emprego na “Fazenda Santa Cruz”, propriedade de Gabriel Junqueira.
Casou-se com “Alcides” Alcídia Cândida, que vivia na Fazenda Pau Alto e que era agregada da família de Iria Junqueira, esposa de Luiz Antônio Junqueira. Do casamento nasceu Benedita, Consuelo, Francisco, Lázaro, Sebastião, Tereza e Petrônio, pela ordem; tomou por adoção, um menino que chamaram de Sebastião Ubirajara de Souza.
Por algum tempo, João Maximiliano serviu as famílias Junqueira e Meirelles de Ribeirão Preto. Depois, transferiu-se para a localidade de Ibarra, para gerenciar uma “máquina de benefício do café” que pertencia á família Meirelles em sociedade com Valentim Silva e Francisco Machado. De Francisco Machado, herdou por relação o “Machado”; como único responsável da Meirelles, Silva & Machado, naquelas bandas, ficou conhecido como Capitão Machado. A partir disso, eliminou o “Maximiliano” e, passou assinar como Capitão João Machado de Souza.
De Ibarra, lugar que teve que abandonar por divergências políticas com a família Batista, instalou-se em Vila Neves, no “sertão tanabiense”. Desempregado, recorreu ás benesses da patente e se tornou subdelegado local. Em seguida, também como subdelegado transferiu residência para Mirassol. Passados seis meses, foi contratado para localizar e formar fazendas numa região sem entradas, a oeste da cidade de Araçatuba, para diferentes “proprietários de terras devolutas”, cravadas em território que depois deram forma ao município de Guaraçaí.
Pessoa de caráter e de costumes severo, porém, dentro da sua austeridade não havia espaços tanto para o ríspido, quanto para o áspero, principalmente no trato com os menos favorecidos.
Viveu numa época de muitos conflitos quando envolvido com a posse da terra, tempo em que valia a lei do mais forte, porém, foi reconhecidamente justo e obstinado defensor do mais fraco. Aos 65 anos, vítima de uma hemorragia cerebral faleceu em sua residência, Fazenda Buriti no Distrito de Guaraçaí, na noite do dia 23 de dezembro de 1945.