Carlos Pacini
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Um virtuoso da guitarra, Pacini domina vários outros instrumentos, além de compor e arranjar suas próprias músicas. As experiências de apresentação ao vivo no Brasil e Alemanha, contrabalançadas por raízes clássicas e folclórica, dão uma faceta contemporânea à sua música.
Pacini lançou três álbuns, The Time, Finalmente e Blue Sky, com sabores distintos. Cada um tem a própria história, contada através de poemas de Pacini incluídos nos álbuns. Sua música compreende a diversidade do estado de espírito do homem: intuitiva, rítmica, estática, voltada para a natureza, reverente, alegre. Dois tracks vocais completam esses álbuns, no restante, totalmente instrumentais.
Criado na tradição musical do plateau central do Brasil, Pacini associa formação clássica com extensa experiência de pesquisa em música folclórica e em sons da natureza do interior de seu país natal. Sua música explora novos ângulos de combinar instrumentos, freqüentemente enriquecida pela adição de sons da natureza como parte do cenário musical criado pelo artista. "Pacini Traduz com sucesso a Essência da Natureza em forma musical", escreve Jacob Debrix no New York Music Guide.
Com um novo enfoque de compor e arranjar, Pacini sobrepõe e entrelaça diferentes melodias. Como Napra Review disse, "A criatividade de Pacini é exuberante. A extensão do detalhe revela o trabalho de um verdadeiro artesão do som". No mesmo tom, o premiado jornalista John Collinge afirmou: "Pacini tem o toque de Midas que pode fazer música predominantemente eletrônica soar praticamente orgânica".
Você pode ouvir uma música inúmeras vezes e ainda sentir que está ouvindo algo novo. A música parece renovar a si mesma. "A música de Pacini fornece um espaço imaginativo que permite ao ouvinte criar a sua própria visão e ainda partilhar da perspectiva do artista", declarou Suzanne Doucet da Only New Age Music.
Tendo também perscrutado a natureza humana com sua poesia, escritos filosóficos e pinturas, Pacini empresta um elemento de refinada percepção à música. "A música de Pacini proclama a maturação do movimento musical new age", afirmou Napra Review. Dando aí uma conotação que Pacini extrapolou os rótulos New Age.
O crítico do New York Music Guide, Jacob Debrix, afirmou em letras maiúsculas: "PACINI ESTABELECE O NOVO PADRÃO PELO QUAL OUTROS ARTISTAS DEVEM SER JULGADOS... O MAIS ELEVADO PADRÃO QUE ELES DEVERÃO SE ESFORÇAR PARA ALCANÇAR".
Assim fica claro que os nomes os rótulos perdem o sentido, ouça apenas sem nada esperar. Esta é a receita para uma música tão nova, e por isto tão difícil de ser enquadrado em algum gênero. Como vimos as críticas americanas tiveram dificuldades para rotulá-la.
A revista Veja aqui no Brasil não concorda em rotular a música de Pacini como New Age.
O grande maestro de renome Internacional Júlio Medaglia, o intitulou de "Vapor Sonoro" dizia em seguida: "Pacini é um músico fino e talentoso. Sua música sensível flui espontânea: livre, leve e solta. Sem arestas".
[editar] PACINI DEFINE SUA PRÓPRIA MÚSICA
Acreditamos que quem pode melhor definir a sua música é o próprio Pacini. No encarte do CD "O PEREGRINO", em determinado momento, Pacini parece nos explicar a criação de sua música.
"Pois as "minhas composições" nunca foram planejadas antecipadamente. Entendo que a música não pode ser aprisionada, pois tão logo a queremos reter para nós mesmos, ela se torna fugidia, arisca, sem sentimento e, conseqüentemente, sem mensagem. A música é livre como o vento, livre como o espírito. Ela se expressa em sua beleza quando a deixamos vir e ir livremente, como a brisa que traz o seu frescor. Não sabemos de onde vem e para onde vai. Sei apenas que a deixo fluir da sua maneira e a seu modo. Eu não interfiro. Não tenho medo de perdê-la, pois sei que ela não pertence a ninguém a não ser a si mesma. Para registrar esses momentos, faço uso de um artifício: deixo o gravador ligado e me transformo apenas em seu instrumento, deixando-a totalmente livre para se expressar como ela bem entender. Daí eu a chamar indevidamente de "minha" música e, acertadamente, de "Intuitive Music". Eu não interfiro com a minha personalidade claramente inadequada para "aperfeiçoar" aquilo que não sei se pelo menos teve início ou fim. Portanto, toda e qualquer interferência deste pretenso músico-compositor seria fatalmente prejudicial ao frescor, à pureza e à mensagem limpa e cristalina da música em si mesma. Entendo, ainda, que é ela que deve tocar a mim e a todos nós, e não ser alterada pelos meus poucos conhecimentos teóricos, ou pela minha pretensiosa formação erudita que apenas teorizam a música, mas que nunca irá de fato explicá-la ou compreendê-la. Que apenas a sintamos, que apenas a acolhamos em nossos corações. Pois a música, assim como o espírito, tem a sua própria linguagem.
As músicas que "faço" chegam até vocês do mesmo modo que eu as ouvi da primeira vez. O que ela quis me mostrar ou me tocar, ou ainda me ensinar, é conservado com o máximo cuidado, para que não venha a minha defeituosa ou preconceituosa personalidade interferir, transmitindo-vos idéias e conceitos equivocados que possam existir em nossos surrados hábitos, envelhecidos e mofados, sem vida e, assim, imprimir nela a, tão conhecida e companheira de quase todos nós humanos, presunção de poder ser ou criar alguma coisa de bom.
Ouçamos, pois, o que estas músicas têm a nos dizer, porque certamente elas não vieram de lugar algum para lugar nenhum."