Chironomidae
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São Dípteras Nematóceras, colonizam todos os ambientes aquaticos como: rios, riachos, alagados, axílas de plantas, poças d´água temporárias, estações de tratamento de esgoto dentre outras. Possuem gêneros com larvas semi-terrestres e terrestres. Consiste em uma das únicas famílias de Insetos que coloniza o Bentos do Litoral Marinho sendo encontrada a até 40 metros de profundidade. Coloniza ambientes com altas altitudes como o montanhas no Himaláia à 4.600 metros até no lago Baikal a 1.000 metros de profundidade. Nas últimas décadas vêm crescendo o estudo da família Chironomidae como causadores de alergias em populações humanas, quando suas núvens entram em contato com olho, boca e nariz, podendo desencadear rinites alérgicas, conjuntivite e urticárias. São conhecidos como pragas em plantações de arroz no Japão e em Veneza o governo sofre e gasta milhões de dólares para controlar a pópulação de Chironomidae longe dos aeropórtos e hotéis. São considerados excelentes bioindicadores, pois em ambientes muito poluidos por matéria orgânica, e com pouco oxigênio dissolvido, as larvas de Chironomidae podem ser as únicas encontradas. Estudos de deformidades em caractéres taxonômicos em larvas, podem indicar a presença de metais pesados no ambiente aquático. A larva de alguns gêneros de Chironomidae possui hemoglobina. Por isto a fixação de oxigênio dissolvido na água ocorre de forma facilitada, dispensando a larva de subir a superfície para respirar. Seu ciclo de vida é holometábolo: Ovo, Larva (4 instars), Pupa e Adulto. O estágio larval corresponde a cerca de 95% de todo o seu ciclo de vida, e neste estágio é que ocorre a alimentação. Suas fêmeas não são hematófagas, e vivem exclusivamente para a reprodução. O ciclo de vida varia de acordo com o gênero, a disponibilidade de alimento, a temperatura e pH. Seu ciclo de vida pode ser de uma semana ou até dois anos. Spie e Reiss 1996, assinalaram que a família Chironomidae está subdividida em 11 subfamílias e apenas 5 destas já teve sua ocorrência registrada para o Brasil e apenas uma não teve a sua ocorrência registrada para a região neotropica. Atualmente as estimativas são que da fauna brasileira apenas 5% é conhecida até o momento.
