Cognição
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A palavra cognição tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles. É o acto ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem.
A psicologia cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. Actualmente é um ramo da psicologia dividido em inúmeras linhas de diferentes pesquisas e algumas vezes discordantes entre si.
Deriva da psicologia cognitiva em que pode haver, pelos indivíduos, uma visão unitária dos processos mentais, onde o aprendizado se dá pela apreensão dos dados e do conhecimento imediato de um objecto mental. A cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
Mas a cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - mas é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registado na nossa memória. A Psicologia Cognitiva afirma que é um processo de interfere no nosso comportamento, o que parece razoável, já que a Cognição, além de ser esse fenómeno de aprendizagem - visa a protecção do nosso "Eu" mais íntimo, para que a nossa matriz interna não seja absorvida completamente pela realidade que nos cerca. Toda a informação vinda do meio, através da captação dos sentidos, é adequada e convertida, tendo o seu efeito adaptado, para que possa fazer parte dos parâmetros do nosso "eu". Ao contrário, não resistiríamos por exemplo, às grandes perdas. A dor da perda é uma reacção cognitiva intensa para preservação da nossa matriz existencial, a fim de que haja uma recuperação mais rápida. Mas como ela não tem vínculo direto com a realidade lá fora, e sim com a realidade interna, muitas vezes nos faz tomar decisões com base em dados convertidos pela nossa própria interpretação interna ou modelos da nossa mente. A defesa do nosso "eu existencial" dá-se por meio das reacções cognitivas. É como se existisse um "Eu Cognitivo" que nos faz reagir com base num processo de defesa da nossa matriz interna. Como não tem vínculo directo com a realidade externa - o que acontece ao nosso redor - mas sim com uma realidade interna, de protecção existencial, é natural que boa parte das nossas reacções cognitivas, seja inadequada ao meio em que vivemos. Daí a importância da Psicologia Cognitiva em buscar esse ajustamento.Tanto a teoria do "Eu Cognitivo"quanto o conceito de matriz interna, foram criadas por Adriano Godoy ( livros: "4 F`s do Varejo" pela editora Qualitymark (RJ) e "Matriz" pela editora Vivali-SP).