Colônia Flor da Silva
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A Colônia Flor da Silva foi um pequeno núcleo colonial particular criado no litoral sul do Brasil, na então província de Santa Catarina, às expensas de Manuel Floriano da Silva, sem auxilio governamental.
Em 18 de fevereiro de 1843 Manuel Floriano da Silva obteve do Marechal Antero, então presidente da província, uma concessão de terras incultas, nas cabeceiras do Ribeirão do Moura, a duas léguas de distância da fóz deste rio e cinco mais ou menos da vila de Tijucas.
Em 1844 Manoel Floriano estabeleceu-se na concessão com a familia, composta dos filhos: Domingos Floriano, Florentino José, Laurindo, José Floriano, Romualdo e Mariano Antonio, genro. O sítio era uma brenha, só ocupada pelo gentio e pelas feras.
Foi classificada de temerária tamanho empreendimento, mas Floriano devastou matas, abriu caminhos e construiu casas, de forma a possuir sua colônia em 1862 40 famílias, com 212 pessoas, sendo que 5 escravos.
Ao começar a fundação do núcleo, Manoel Floriano construiu uma estrada de 15 quilometros, transitável para carros de bois, entre o novo arraial e a fóz do ribeirão do Moura. Posteriormente abriu um segundo caminho com extensão de 20 Km que ia até a Limeira, no Itajaí-mirim e cerca de 1 km abaixo de Brusque. Para os habitantes de Tijucas e para os da nascente colônia, essa estrada punha em comunicação direta as colônias estabelecidas naquele rio, quando antes eram obrigados a largo desvio, seguindo pelo litoral até o porto de Itajaí e daí pelo Itajaí-mirim acima.
Em 1861 a colônia contava com 7 engenhos de açucar, 12 de farinha de mandioca, 1 de serrar madeira e 150 animais entre gado vacum e cavalos. No mesmo ano a colônia exportou 7.000 alqueires de farinha, aguardente, açucar, feijão, milho, arroz, pranchões de cedro, taboado de costadinho e de soalho, vigas, caibros, ripas, canoas, remos além de couros de gado, de veado, etc.
O tempo de viagem da colônia à vila de Tijucas era de 6 horas e o mesmo para Brusque.
Em 1862 o Presidente Coutinho, informado por uma notícia do Argos , de 9 de outubro, mandou o capitão de engenheiros Sebastião de Souza e Mello fazer uma visita à colônia, estuda-la e saber de suas necessidades. O oficial encontrou o estabelecimento com relativo desenvolvimento e, de volta, propôs a abertura de estradas e o melhoramento das existentes.
Mais nenhuma referência se encontra em anos posteriores sobre a colônia Flor da Silva, que tendo a vida comum aos demais povoados, com os mesmos confundiu-se.
(fonte: Colonisação do Estado de Santa Catharina)