Cristina de Pisan
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Cristina ou Christine de Pisan ou Pizan nasceu em Veneza em 1364 e morreu no mosteiro de Poissy, circa 1430). Foi filósofa e poeta francesa, nascida na Itália.
Considerada a primeira mulher de letras que na França viveu do rendimento de sua pena. Sua erudição a distinguia entre os escritores de sua época, tendo composto tratados de política e filosofia e muita poesia. Retirou-se para um convento nos últimos anos e ali escreveu um Ditié de Joana d´Arc. É autora, entre outras, de «Cent ballades d'amant et de dame» e «la Cité des dames». Sua obra principal foi escrita de 1400 a 1418.
Astróloga do rei Carlos V, como seu pai, foi sua secretária. Aos cinco anos, viera para Paris com o pai, Tomás de Pisan, nomeado astrólogo e secretário do rei. Foi educada na corte em linguas antigas e literatura. Aos 14 anos, casou com um nobre da Picardia, Etienne du Castel. Ao enviuvar, tinha três filhos, 25 anos, seu pai e seu protetor o rei tinham morrido. Henrique IV e Galeazzo Visconti, Tirano de Milão, a convidaram, mas ela não quis abandonar a França, onde fora bem tratada e resolveu viver da sua pena.
O que escreveu logo lhe deu fama, pois os contemporâneos comparavam sua eloquência à de Cícero, sua sabedoria à de Catão. Levada pela necessidade, escrevia sem parar. Declarou mais tarde que em seis anos, de 1397 a 1403, escreveu 15 livros importantes, sem mencionar ensaios menores que, compilados, produziram 70 livros grandes.
Entre seus trabalhos:
- Le Livre des Faitz et bonnes Moeurs du Saige Roy Charles, biografia aprofundada escrita por pedido de Filipe, duque da Borgonha, que educava o filho mais velho de Cristina em sua corte como seu próprio filho; é um livro com lições de moral cujo mérito é um pouco prejudicado por excessiva demonstração de erudição e estilo difuso;
- Le Livre de Paix, tratado sobre a educação dos príncipes que devem ser treinados, segundo a autora, em honestidade;
- Trésor de la Cité des Dames
- Lettre à Isabeau de Bavière, na qual tenta reabilitar o caráter de uma mulher difamada pelo Roman de la Rose.
Sua obra poética consiste de longos poemas como :
- Le Livre des Mutations de Fortune,
- Le Chemin de Longue Etude,
- Le Livre des cent Histoires de Troie.
São composições ambiciosas, pesadas. Suas baladas, rondós e poemas menores são mais elogiados pela clareza e graça. Clemente Marot, 80 anos depois de sua morte, a elogia e considera superior a seu mestre, Eustache Deschamps.