Cultura da Alemanha
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As contribuições da Alemanha para o património cultural mundial são incontáveis, o que leva alguns autores a acreditar no "Génio Alemão", celebrado no romantismo, uma das fases da história da arte onde a Alemanha teve uma proeminência invejável. País conhecido por muitos como das Land der Dichter und Denker (a terra dos poetas e dos pensadores), a Alemanha foi o berço de vultos importantíssimos na história da arte, como se pode verificar nas várias secções deste artigo.
A língua alemã e os seus dialetos foram, outrora, a lingua franca da Europa central, oriental e setentrional. Hoje, a língua alemã é uma das línguas que desperta mais interesse por parte dos estudantes de línguas, em todo o mundo. Muitas figuras históricas, ainda que não sendo alemãs, no sentido moderno da palavra "alemão", estiveram imersas na cultura germânica, como é o caso de Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Kafka ou Copérnico.
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[editar] Crítica à cultura alemã
Como foi dito acima, a cultura alemã é indissociável ao romantismo. A esse mesmo movimento a que o ditado "Land der Dichter und Denker" presta o elogio haveria também que acrescentar o outro aforismo menos laudativo "Land der Richter und Henker", (terra dos juízes e carrascos) de Karl Kraus. Ele recorda-nos o lado sombrio desta mesma cultura alemã.
George Clemenceau, nenhum amigo dos alemães, escreve, como nos relata a filha do escritor alemão Thomas Mann, Erika Mann em sua autobiografia "Ausgerechnet Ich" o seguinte sobre esse lado sombrio:
- "Esta nação associa à sua riqueza em cultura intelectual uma carência fundamental em cultura moral".
- A natureza dos homens é amar a vida. A Alemanha não tem este culto. Na alma alemã, na arte, na literatura, na filosofia deste país há falta de compreensão sobre aquilo que a vida verdadeiramente significa, aquilo que é a magia e a grandeza da vida. E há um ímpeto mórbido e atracção pela morte. Este povo ama a morte. A divindade à qual se submete, com um receio que se mistura de volúpia e de êxtase, é a morte. De onde ela ganhou esta divindade eu não sei. Leiam os seus poetas mais uma vez: por toda a parte a morte! A morte a pé, a morte a cavalo, sempre a morte. Pensem bem naquilo que vos digo sobre os alemães. Eles amam a Guerra por si só. A Guerra é um pacto com a morte. Na Guerra vêem os alemães o seu melhor amigo.
Menos de uma década depois da morte de Clemenceu, Erika Mann classifica esta caracterização dos alemães pelo senhor Clemenceu como "sinistramente acertada".
Erika Mann: "Sem dúvida que foi esta atracção mórbida e satânica pela morte de que ele fala, uma das forças que atraíram os alemães para o nazismo. Não é por acaso que o símbolo das tropas de elite de Hitler é um crânio (Totenkopf). E por muito dinâmico e vivo que o movimento nazi se tenha vendido na propaganda, a divindade a que eles se rendiam com êxtase era a morte. O romantismo Nazi não tinha qualquer lugar para a "luz" ou o "luminoso". Os seus espíritos eram sobrios. E no entanto o desastre alemão não foi uma capitulação consciente ou intencional perante a catástrofe, apesar de ter havido uma saudade inconsciente para com ela. Foi antes a pelo senhor Clemenceau desaprovada falta fundamental de cultura moral que arruinou a nação".
[editar] Artes
[editar] Música
Nasceram na Alemanha compositores como Johann Sebastian Bach, Johann Christian Bach, Carl Philipp Emanuel Bach, Georg Friedrich Händel, Carl Maria von Weber, Wilhelm Furtwängler são absolutamente paradigmáticos.
[editar] Artes Plásticas
No renascimento, Albrecht Dürer foi um dos nomes maiores. Max Ernst, no surrealismo; Franz Marc, na arte conceptual; Joseph Beuys no neo-expressionismo Georg Baselitz. Com o advento do nazismo, muitos intelectuais fugiram da Alemanha, devido às suas convicções políticas ou por serem de descendência judia. Os efeitos desta fuga ainda se faz sentir hoje na Alemanha.
[editar] Literatura
[editar] Poesia
Goethe, Schiller e Heine são alguns dos mais importantes poetas alemães. O movimento Sturm und Drang é característico do romantismo alemão na literatura.
[editar] Filosofia
Filósofos, como Kant, Hegel, Marx, Nietzsche, Schopenhauer, Heidegger estão entre, não só os mais importantes filósofos alemães como são destaque também em todo mundo.
[editar] Teologia
Podemos citar Lutero.
[editar] Outros escritores
Entre os romancistas, encontramos Thomas Mann, Heinrich Mann, Klaus Mann, Hermann Hesse e Günter Grass
Os diários de Victor Klemperer e de Anne Frank dão-nos uma visão do horror do período nazista.
Também é relevante a obra dos Jornalistas Kai Hermann e Horst Hieck, que, num julgamento sobre um traficante de heroína em Berlim, em 1978, ficaram fascinados com o depoimento da garota de 15 anos Christiane Vera Felschinov (conhecida mundialmente por Christiane F.), e que deu origem ao livro de sucesso mundial Wir Kinder Vom Bahnhoff Zoo, lançado no Brasil com o título de Eu, Christiane F., drogada e prostituída, que virou um filme com o mesmo nome. O livro e o filme inspirou uma geração inteira, e fez até vários jovens largarem a heroína.
[editar] Ciência
Podemos referir cientistas como Albert Einstein, Max Born e Max Planck.
[editar] Ver também
- Gastronomia da Alemanha
- Música da Alemanha
- Lista de alemães famosos
- Feriados da Alemanha
- Unificação da Alemanha
- Bundesliga
- Instituto Goethe