Daniel Sydlik

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BIOGRAFIA DE Daniel Sydlik
Este Artigo faz parte de uma série temática sobre as TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Membro do Corpo Governante
Naturalidade:	Michigan, EUA
Data de nascimento:	Fevereiro, 1919
Data de falecimento:	18 de Abril de 2006
Outras Biografias
Charles Russell	Joseph Rutherford
Nathan Knorr	Frederick Franz
Milton Henschel	Don Adams
Alexander Macmillan	George Gangas
Grant Suiter	Leopold Engleitner

Daniel Sydlik (Fevereiro de 1919 — 18 de Abril de 2006) foi membro do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová.

Índice

1 Anos iniciais
2 Associação com os Estudantes da Bíblia
3 Actividade alargada na evangelização
4 Experiências na prisão
5 Ao serviço da Sociedade Torre de Vigia
6 Referências para consulta
7 Ligações externas
- 7.1 Sites oficiais das Testemunhas de Jeová
- 7.2 Outras ligações de interesse

[editar] Anos iniciais

Daniel Sydlik nasceu numa quinta na vizinhança de Belleville, Michigan, Estados Unidos da América, em Fevereiro de 1919. Pouco tempo depois, em busca de melhores condições económicas, a sua família de emigrantes polacos, mudou-se para Detroit. O seu pai adoeceu e morreu quando Daniel tinha cerca de três anos de idade. Ele associava-se activamente com os Estudantes Internacionais da Bíblia, conhecidos hoje como Testemunhas de Jeová. A mãe ficou viúva com seis filhos e várias despesas para pagar. Ela se opusera à religião do marido, mas, após a morte dele, tentou descobrir porque a Bíblia o havia fascinado tanto. Vários anos depois, ela também se tornou uma das Testemunhas de Jeová.

Depois da morte do marido, a mãe de Daniel passou a trabalhar de noite como empregada de um restaurante e cuidava da família durante o dia. Isto continuou até voltar a casar-se vários anos depois. O padrasto considerava que o melhor lugar para criar filhos era no campo aberto e assim comprou uma quinta de 22 hectares, perto de Caro, Michigan, EUA, mudando-se para lá em meados do primeiro semestre de 1927.

[editar] Associação com os Estudantes da Bíblia

A mãe influenciou grandemente os filhos quanto às questões religiosas, incentivando-os a orar a Deus, a ler a Bíblia e as publicações adquiridas aos ministros viajantes dos Estudantes Internacionais da Bíblia, tais como "A Harpa de Deus", "Criação" e "Reconciliação".

No início dos anos 30, do Século XX, alguns Estudantes da Bíblia de Saginaw, Michigan, visitaram a família e incentivaram-nos a pregar a outros. Mas, visto que não havia nenhum grupo organizado de estudo da Bíblia ou congregação por perto, os seus esforços de evangelização eram insignificantes. Devido à Grande Depressão dos anos 30, Daniel teve de sair de casa e arranjar emprego em Detroit. A quinta da família estava hipotecada devido a dívidas e Daniel desejava livrar a família desse fardo. No entanto, naquela época, as grandes cidades estavam a abarrotar de desempregados que não tinham outra opção senão recorrer às filas para distribuição gratuita de alimentos. Apesar disso, Daniel conseguiu emprego numa fábrica de automóveis.

Foi somente no final daquela década, quando estava em Long Beach, na Califórnia, que o seu interesse em assuntos religiosos se reavivou. Recebeu um convite para assistir a um discurso público, num domingo, num Salão do Reino. Ali conheceu a Olive e William (Bill) Perkins, Testemunhas de Jeová activas.

Olive Perkins era uma notável instrutora da Bíblia e encorajou a Daniel a ingressar no serviço de pioneiro por tempo integral, o que veio a acontecer em Setembro de 1941.

Outra Testemunha de Jeová, de apelido Wilcox, foi outra pessoa que o ajudou. Apesar de idosa, com mais de setenta anos, participou muitas vezes com Daniel no serviço de evangelização das Testemunhas, especialmente nas áreas comerciais de Long Beach. Diariamente, deixavam dezenas de publicações com pessoas interessadas. O trabalho de Daniel era ligar o fonógrafo sempre que ela pedia para que os ouvintes escutassem a mensagem em disco.

[editar] Actividade alargada na evangelização

Em 1942, recebeu um convite da Sociedade Torre de Vigia designando-o para servir como pioneiro especial em San Pedro, na Califórnia. Naquela localidade foi recebido no lar de Bill e Mildred Taylor. Mais tarde, a Sociedade enviou Georgia e Archie Boyd, junto com o filho e a filha, Donald e Susan, para o ajudar no serviço de evangelização naquele território.

Algum tempo mais tarde, junto com a família Boyd, recebeu nova designação, desta vez para Richmond, Califórnia, logo ao norte de São Francisco. Nesse tempo a Segunda Guerra Mundial decorria em pleno. Os estaleiros Kaiser construíam em série várias embarcações militares, conhecidas por "Navios Liberdade". O seu serviço era pregar às pessoas que haviam afluído para lá em busca de trabalho. Desde cedo na manhã até tarde na noite, falavam sobre o Reino de Deus, voltando muitas vezes para casa roucos de tanto falar. Muitos estudos bíblicos foram iniciados com operários interessados na mensagem das Testemunhas.

[editar] Experiências na prisão

Devido à guerra, todos os jovens eram recrutados para as forças armadas. Os seus irmãos, que não eram Testemunhas, ofereceram-se e serviam nas tropas de pára-quedistas e nos corpos de engenharia do exército. Daniel solicitou a isenção, como ministro que, por questões de neutralidade de consciência, se opunha à guerra. A Junta de Recrutamento negou-se a reconhecer a sua alegação de ministro. Foi preso, julgado, e em 17 de Julho de 1944 foi sentenciado a três anos de trabalhos forçados na Penitenciária Federal da Ilha McNeil, no Estado de Washington. Foi mantido durante um mês na prisão do condado, em Los Angeles, aguardando a sua transferência. Em 16 de Agosto, junto com um grupo de outros prisioneiros, foi algemado e preso com cadeias, sendo escoltados através da multidão do meio-dia em Los Angeles até um autocarro ou ônibus e depois transferidos para um comboio ou trem prisão com destino à ilha penal. Na prisão encontrou outras Testemunhas presas pelos mesmo motivos e ficou a saber que se efectuavam reuniões para o estudo da revista A Sentinela, que eram permitidas nas tardes de domingo. As Testemunhas na prisão foram as visitadas periodicamente pore Alexander Macmillan, representante da sede da Sociedade em Brooklyn. Quando vinha, recebiam permissão para usar a sala de reuniões e as Testemunhas, bem como muitos outros prisioneiros, aglomeravam-se para ouvi-lo. Até mesmo funcionários da prisão apreciavam escutar as suas palestras.

As Testemunhas presas organizaram os blocos de celas e os dormitórios num território de pregação. Pregavam sistematicamente nessas áreas, tal como fariam num quarteirão urbano, se estivessem no exterior. A acolhida variava e era difícil de predizer. Mas havia ouvidos atentos e ladrões de bancos e outros criminosos, inclusive guardas da prisão, vieram a ser batizados como Testemunhas de Jeová.

[editar] Ao serviço da Sociedade Torre de Vigia

No início de 1946, terminada a guerra, Daniel foi libertado da prisão. Aguardava-o outra designação da Sociedade como pioneiro especial em Hollywood, na Califórnia. Ao assistir à Assembleia Internacional "Nações Alegres" em Cleveland, Ohio, em Agosto de 1946, Milton Henschel, secretário de Nathan Knorr, o então presidente da Sociedade Torre de Vigia, solicitou-lhe que aceitasse uma nova designação na família de Betel, em Brooklyn. Assim, em 20 de Agosto de 1946, Dan, como era mais conhecido, iniciou novas tarefas na sede das Testemunhas de Jeová.

Trabalhou durante anos no Departamento de Encadernação da gráfica de Brooklyn, realizando uma variedade de serviços que exigiam vigor físico. Mais tarde, foi enviado para o Departamento de Assinaturas. Passou também a escrever textos e a lê-los aos microfones da estação de rádio da Sociedade, a WBBR. Trabalhou também no Departamento de Redacção durante vinte anos. Entretanto, foi nomeado membro das entidades jurídicas da Sociedade Torre de Vigia de Pensilvânia e de Nova Iorque, participou de sessões de gravação de dramas, foi designado a proferir discursos em Congressos de Distrito e Internacionais, além de outras responsabilidades.

Em 1970, Dan casou-se com Marina Hodson, Testemunha de Jeová de origem inglesa.

Em Novembro de 1974, foi convidado a servir como membro do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, designação que cumpriu até ao seu falecimento, ainda em Brooklyn, no dia 18 de Abril de 2006. Como membro do Corpo Governante, cooperava mais de perto com a Comissão de Redacção e a Comissão do Pessoal.

Os que conviveram mais de perto com Dan Sydlik, descrevem-no como uma pessoa simples e acessível, com grande amor pela vida e um espírito positivo, possuindo intenso amor a Deus e às pessoas que o rodeavam.

[editar] Referências para consulta

O número de 1 de Dezembro de 1985 de A Sentinela, nas páginas 26 a 32, contém a história da vida de Daniel Sydlik. A edição de 1 de Janeiro de 2007 da mesma revista, na página 8, publicou o anúncio do seu falecimento.