Dias Gomes

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Alfredo de Freitas Dias Gomes (Salvador, 19 de outubro de 1922 — São Paulo, 18 de maio de 1999) foi um dramaturgo e autor de telenovelas brasileiro.

[editar] Biografia

Teve como esposa Janete Clair, famosa autora de telenovelas da TV Globo falecida em 1983, com quem teve quatro filhos: Guilherme, Alfredo, Denise e um falecido ainda criança. Morreu num acidente de trânsito, ao ser lançado para fora de um táxi que colidira em uma manobra irregular do motorista, que sobreviveu. Um dos temas que desenvolvia com frequência em seus trabalhos era o de uma visão esquerdista de oposição à religião popular, considerada como um instrumento das elites para pacificar e subjugar as massas pobres do país em prol dos interesses dos poderosos como os latifundiários, políticos e coronéis do Nordeste do Brasil, além dos próprios religiosos que se beneficavam desses interesses obscuros. Já havia ganho notoriedade como escritor teatral e projeção nacional devido ao sucesso de sua peça O Pagador de Promessas (convertida em minissérie em 1988).

Estreou como autor de telenovelas em 1969, quando escreveu A Ponte dos Suspiros. Em Saramandaia, sete anos mais tarde, criou o realismo fantástico na telenovela brasileira. Essa idéia seria aproveitada pelo futuro novelista pernambucano Aguinaldo Silva em trabalhos como Pedra sobre pedra (1992), Fera ferida (1993 e A indomada (1997).

A novela Roque Santeiro foi baseada em uma antiga peça teatral sua, O berço do herói, escrita em 1963 e censurada dois anos após, foi censurada às vésperas da estréia. No lugar foi exibida uma reprise compacta de Selva de pedra, de sua esposa Janete Clair, que então escreveria outro grande sucesso: Pecado capital. Roque Santeiro só foi liberada em 1985 com o governo de José Sarney e a novela teve estrondoso sucesso. Em sua reprise de 2000 como parte das comemorações dos 35 anos da TV Globo, não repetiu o estrondoso êxito da exibição original.