Domingo Faustino Sarmiento
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Domingo Faustino Sarmiento nasceu em 15 de fevereiro de 1811 em San Juan, capital da província argentina de mesmo nome, no seio de uma família pobre, porém com antepassados ilustres.
Sua infância e formação foram profundamente influenciados por sua mãe Paula Albarracín. Sarmiento foi um autodidata e suas experiências daquela época estão publicadas em seu livro "Recuerdos de Provincia".
Durante a década de 1840, devido à sua oposição ao regime de Juan Manuel de Rosas, Sarmiento padeceu o exílio no Chile, onde ele escreveu seu livro mais famoso: "Facundo o Civilización y Barbarie", publicado em 1845, uma biografia do caudilho argentino Facundo Quiroga. Sarmiento, porém, usando Quiroga como pretexto, realizou neste livro um profundo estudo do fenômeno do Caudilhismo e um verdadeiro libelo contra Rosas e seu regime. No Chile, Sarmiento esteve sob a proteção de Manuel Montt, então ministro do interior, que o encarregou de aprimorar o sistema de educação pública chilena. Sarmiento assim, viajou pela Europa e pelos Estados Unidos, estudando seus sistemas educacionais. Seus relatos de viagem foram publicados em seu livro "Viajes".
Domingo F. Sarmiento é apontado como um dos maiores expoentes do Romantismo argentino, devido ao seu papel relevante na chamada Geração de 1837. Porém, em seus escritos, vê-se profundas influências neoclássicas. Nos últimos anos de sua vida, ele aproximou-se do Positivismo, como bem atesta seu último e mais polêmico livro: "Conflictos y armonías de las Razas de América".
Sarmiento integrou o chamado Ejército Grande que derrubou Rosas em 1852, sob a liderança de Justo José de Urquiza, porém Sarmiento logo rompeu com este. Na década de 1860, tornou-se governador de sua província natal, San Juan e depois, embaixador da Argentina junto aos Estados Unidos. Enquanto exercia tal função, foi eleito presidente da Argentina para o período 1868-1874.
Tomou posse em 12 de outubro de 1868, sucedendo Bartolomé Mitre. Em seu governo, Sarmiento duplicou o número de escolas públicas na Argentina e construiu por volta de 100 bibliotecas públicas. A imigração européia também foi incentivada.
Durante sua presidência, concluiu-se a Guerra do Paraguai, na qual a Argentina anexou às custas do Paraguai, o território que hoje corresponde à província argentina de Formosa. Em 1870, Justo José de Urquiza foi assassinado durante uma revolta contra o governo central. Em 1874, Sarmiento entregou a presidência ao seu sucessor, Nicolás Avellaneda. Posteriormente, Sarmiento iria se opor ao regime conservador e excludente liderado pelo general Julio Argentino Roca e seus últimos anos de vida foram de contestação política e intelectual, a famosa "La Vejez de Sarmiento".
Ele faleceu em 11 de setembro de 1888, em Assunção, capital do Paraguai e hoje encontra-se sepultado no cemitério de La Recoleta, em Buenos Aires.
Sua efígie está estampada nas atuais notas de 50 pesos argentinos e não há cidade argentina que não tenha um logradouro público que leve seu nome.
[editar] Principais Obras
- Mi defensa
- Facundo - Civilización y Barbarie - Vida de Juan Facundo Quiroga
- Viajes
- Recuerdos de Provincia
- Campaña del Ejército Grande
- Conflicto y armonías de las razas en América
- De la Educación Popular
Precedido por Bartolomé Mitre |
Presidente da Argentina 1868 - 1974 |
Sucedido por Nicolás Avellaneda |