Ecomuseu
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Ecomuseu é um novo conceito de museus formulados na década de 1970, na França. A evolução verdadeira do que foi chamado, por Hugues de Varine, de Ecomuseu, se deu primeiramente por uma sucessão de práticas para depois ser colocada em palavras por tantos teóricos, a partir das definições de Rivière em sua famosa "Definição evolutiva do Ecomuseu".
Segundo Jean Clair (1976), o Ecomuseu prolonga e reforça as diversas formas de atividade museológica, acrescentando-lhes uma abertura original nunca vista antes. "Museu do espaço e museu do tempo, ele se ocupa de apresentar, por sua vez, as variações de diversos lugares num mesmo tempo, de acordo com uma perspectiva sincrônica, e as variações de um mesmo lugar em diversos tempos, de acordo com uma perspectiva diacrônica."
O autor comenta ainda que: "Foi a partir de 1936 que Georges-Henri Rivière elaborou os primeiros esboços do que seria futuramente a Ecomuseologia. No início dos anos 50, definiu a teoria do Ecomuseu. As primeiras realizações práticas aconteceram nos anos 60. Antes de mais nada na sua concepção, está a preocupação ecológica."
Esta não é uma idéia nova. Já se pode constatar uma preocupação com o meio ambiente desde o surgimento do capitalismo "selvagem" como ameaça. Em compensação, os diversos tipos de museus que surgiram até então ainda não manifestavam esta preocupação; se conservam testemunhos do passado, se reconstituem conjuntos naturais, e se protegem micro-ambientes naturais, entretanto eles não intervêm jamais diretamente sobre a proteção do meio ambiente natural. Um dos objetivos primordiais do Ecomuseu é, ao contrário, agir para proteger estes conjuntos ambientais.
Clair ainda explica que "além disto, o que o Ecomuseu postula, mais do que uma participação do público, é uma cooperação dos habitantes." Assim os habitantes são chamados a tornar-se atores, mais do que figurantes, e a atuar na construção de um museu que é para eles e que está voltado para sua cultura – independente de qualquer visitante. Como o resultado de uma série de mal-entendidos, pelo que afirma Varine , o termo "Ecomuseu" veio a ser usado tanto para designar esquemas inovadores como para projetos convencionais que pretendem chamar a atenção para o novo vocábulo. Mas para o autor isto pouco importa: museólogos dedicados ao novo movimento facilmente reconhecem ativistas com ideologias neste sentido e seguem a busca por uma "museologia da libertação" que pode ajudar comunidades a se encontrarem com elas mesmas e acharem a força e os meios para viver e atuar como agentes dos seus próprios futuros.
Para Varine , o Novo Museu é diferente do museu tradicional na ênfase dada ao território (meio ambiente ou sítio), em vez de enfatizar o prédio institucional em si; no patrimônio, em vez da coleção; na comunidade, em vez dos visitantes. Em todo caso, é o território que define e comumente nomeia o museu, mais do que o rótulo de "Ecomuseu". Não pode haver um modelo para este Novo Museu (ou Ecomuseu). Ele é um estado mental e uma forma de aproximação que acarreta um processo construtivo enraizado no território.
Ou seja, no Museu Clássico ou Tradicional, a museologia se dá da seguinte forma:
Edifício + Coleção + Público
No Ecomuseu, de acordo com a visão da Nova Museologia, os ingredientes de expandem:
Território + Patrimônio (Material ou Imaterial) + Comunidade
Esta nova forma que o Museu se apresenta, que veio se desenvolvendo na modernidade, seja ela chamada de Ecomuseologia, Nova Museologia, museologia comunitária ou museologia ativa, é a única Museologia que dá suporte ao homem para que este se desenvolva em seu meio, de forma sustentável, a partir de suas relações com o Real.