Eimeria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Remova este aviso somente depois de todo o texto estar wikificado.
Se tem algum conhecimento sobre este assunto, por favor verifique a consistência e o rigor deste artigo.
A Eimeria é o protozoário (parasitas intestinais unicelulares) causador da coccidiose, esta por sua vês é uma condição patológica que afeta principalmente aves de corte, devido sua característica de criação. Possui uma ocorrência mundial e uma prevalência maior em países de clima tropical, fato relacionado à temperatura e umidade. Esta doença é responsável por perdas econômicas severas nos países com avicultura desenvolvida. Em sua forma aguda, a coccidiose causa elevada mortalidade e em sua forma crônica ocorre uma diminuição acentuada no ganho de peso e elevação da conversão alimentar. Apesar do elevado gasto com medicamentos coccidiostáticos, nos Estados Unidos a coccidiose custa à Indústria Avícola mais de U$ 200 milhões por ano, sendo uma doença freqüentemente diagnosticada na inspeção de abate, respondendo por 6,48% das condenações (ANDREATTI FILHO et al., 1999). Visto isso torna-se importante a avaliação constante dos programas de agentes anticoccidianos para a adequada escolha de princípios ativos e da eficiência no procedimento de eliminação e/ou controle destes parasitas.
[editar] Ciclo da Coccidiose
A Eimeria sp. é um protozoário intracelular intestinal, ou seja, utilizam as células intestinais do hospedeiro para que seja possível completar seu ciclo evolutivo. Este parasitismo intracelular é que promove todas as alterações marcantes no desenvolvimento da ave, podendo leva-la até a morte. O ciclo biológico das eimerias é composto de duas partes, uma assexuada e outra sexuada. O ciclo inicia-se com a ingestão do oocisto, forma latente do parasita e presente de forma telúrica no material de cama. Esta forma é altamente resistente às intempéries do meio, o que dificulta bastante seu controle. A ação mecânica da moela, bem como a atividade enzimática do proventrículo e intestino facilitam o rompimento da membrana deste oocisto liberando os esporozoítos. Estas formas penetram rapidamente nas células intestinais iniciando o primeiro estágio do ciclo assexuado. Os esperozoítos desenvolvem-se no citoplasma celular transformando-se em esquizontes de primeira geração. Após algumas horas ocorre a liberação de centenas de merozoítos de primeira geração no lúmen intestinal que re-infectam novas células entéricas produzindo outros merozoítos de primeira geração, este ciclo de repete por quatro ou cinco vezes. Nesta fase inicia-se a ação dos ionóforos (antibióticos de eleição no combate aos coccídeos), que agem quando os parasitas estão presentes no lúmen intestinal. Se existir o escape de algumas cepas, estas podem penetrar novamente nas células intestinais desenvolvem os esquizontes de segunda geração. Cada esquizonte produz centenas de merozoítos de segunda geração que são liberados novamente no lúmen intestinal. Estes penetram novamente nas células intestinais iniciando a fase sexuada do ciclo. Alguns merozoítos transformam-se em células mononucleadas denominadas de Microgametócitos ou gametócitos masculinos, enquanto outros se transformam em Macrogametócitos ou gametócitos femininos. Após um período de incubação os Microgametócitos se rompem liberando os microgametas no lúmen que fecundarão os Macrogametócitos. O produto desta fecundação são os oocistos que são liberados e excretados pela ave, completando-se assim o ciclo. Este processo inteiro pode ser bem pequeno de 7 dias ou até 14 dias dependendo da espécie de eimeria infectante.
[editar] Principais Eimerias que Parasitam as Aves
Espécies Localização Patogenicidade Eimeria tenella Ceco Alto Eimeria necatrix Intestino principal íleo Alto Eimeria maxima Intestino principal íleo Alto Eimeria brunetti Intestino médio Alto Eimeria acervulina Intestino médio e posterior Moderado Eimeria praecox Eimeria mitis Intestino médio, intestino anterior & posterior Baixo